Cava Subaquática de Santos
Por: rmay • 12/6/2023 • Relatório de pesquisa • 811 Palavras (4 Páginas) • 105 Visualizações
PORTOS, RIOS E VIAS NAVEGÁVEIS
Cava Subaquática no Canal do Estuário do Porto de Santos
O modelo de cava utilizado no estuário de Santos, foi comparado com a barragem de Brumadinho, porém a cava teoricamente foi planejada e projetada para atender um volume específico e sendo assim não corre o risco de acidentes por excesso de materiais, mas não podemos confirmar a sua eficácia em relação a vazamentos devidos as reações químicas armazenadas.
Conforme consta no documento técnico denominado Contaminated Sediments in Ports and Waterways: Cleanup Strategies and Technologies (Sedimentos Contaminados em Portos e Vias Navegáveis: Estratégias e Tecnologias de Limpeza), a disposição confinada envolve a colocação de material dragado em um Confined Dispsosal Facility – CDF (instalações de disposição confinada) próximos à costa, em ilha ou terrestre. CDF é envolvido por diques ou estruturas de confinamento erguendo-se acima do nível da água isolando o material dragado de águas adjacentes. Os objetivos no projeto e na operação de um CDF é receber sedimentos contaminados fornecendo capacidade de armazenamento adequada e atender aos requisitos de maximizar a eficiência no controle da liberação de contaminantes. Fonte: (National Academy Press, Wasshington, D.C. 1997, p. 130-137). (Diário Oficial de São Paulo, 13/04/22 – vol.132 nº 65).
Os modelos utilizados por outros países, instalação confinada - são criados grandes lagos de contenção, junto à costa ou no próprio litoral onde são depositados os sedimentos e são realizados monitoramentos e tratamento. Nas fotos vemos que os lagos de contenção são aterrados e formam novas áreas costeiras, melhorando a reutilização do espaço.
[pic 1] Fonte: Diário Oficial S.P. Vol. 132, Nº 65
[pic 2] Fonte: Diário Oficial S.P. Vol. 132, Nº 65
[pic 3] Fonte: Diário Oficial S.P. Vol. 132, Nº 65
[pic 4]Imagem 1 - página da Alesp: https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=429705
Os problemas de dragagem e criação da cava, começou em 04 de novembro de 1988, durante a 7ª Reunião da Comissão de Avaliação de Relatórios de Impacto Ambiental. Em junho de 2005 a CETESB emitiu uma licença prévia onde seriam feitas 2 (duas) cavas submersas e 3 (três) cavas confinadas, onde seriam retirados 2.500.00 m³ de sedimentos em uma extensão de 4.500 m no canal da Piaçaguera e 600 m em 2 (duas) bacias de evolução. A disposição de sedimentos na CAD se iniciou em 16/07/2017, tendo ocorrido dois períodos de intervalo com vistas ao adensamento do sedimento depositado em seu interior até o momento. O primeiro entre 01/01/2018 a 04/04/2018. E o segundo, iniciado em 18/09/18 e que segue em curso. Cumpre esclarecer ainda que a previsão inicial do término do segundo período de adensamento era agosto/2019. (Mesquita, J. Lara. Cavas subaquáticas: projeto que proíbe construção avança. 24/08/2019). 2019 fase de decantação e processo de conclusão da Cava, com manutenção do monitoramento permanente para demonstrar a integridade da cava, em 2020 Encerramento da obra com o capeamento (fechamento) da cava.
O projeto levou 10 anos de planejamento, mais de 50 especialistas envolvidos, e também:
- Monitoramento de água superficial ao redor do canal;
- Monitoramento de pescado (análises químicas em tecidos0;
- Monitoramento de sedimento ao redor do canal;
- Monitoramento de avifauna aquática;
- Monitoramento de sedimento manguezal adjacente.
Área da cava
– Cerca de 180 mil m²
– Diâmetro de 480 metros
– Profundidade de 22 metros (abaixo do subsolo).
Volume dragado ao final da obra
Cerca de 2,8 milhões de metros cúbicos de
material.
Fonte: cavasubaquatica.com
Segundo o site criado contra cava (https://contracava.confianti.com.br/o-que-e-a-cava-subaquatica/) a cava nada mais é do que um lixão químico, construído pela VLI e a Usiminas. No site são destacados alguns problemas possíveis:
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