Comentarios nbr 6118

COMENTÁRIOS DA NORMA 6118:2002 E O ARTIGO “INTRODUÇÃO DA DURABILIDADE NO PROJETO DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO”

Exercício de Patologia das Construções 

Exercício apresentado ao Curso de Engenharia de Produção Civil como requisito parcial para aprovação na disciplina Patologia das Construções.

Aluno: Aniel de Melo Dias

Professor: Weber Guadagnin Moravia

Belo Horizonte, setembro de 2015

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Em relação a NBR 6118:2002, observemos os capítulos 6 e 7, que estabelecem parâmetros em relação a durabilidade do concreto. Este assunto é abordado também no artigo.

O Capítulo 6 da norma citada tem como principal objetivo garantir que a estrutura de concreto seja durável, mantendo suas funções de segurança, estabilidade e capacidade de serviço durante a previsão de vida útil determinada em seu projeto. Para isso, esse capítulo, estabelece diretrizes para a durabilidade das estruturas de concreto armado.

O capítulo apresenta os tipos de envelhecimento e deterioração e descreve os relacionados ao concreto, a armadura e a estrutura como um todo. Em relação ao concreto, tem-se a lixiviação, a expansão por exposição a sulfatos, a expansão por reação álcali-agregados e reações deletérias decorrentes da transformação de produtos ferruginosos. Já à armadura, são a despassivação por carbonatação e a despassivação por íons de cloro. E, por fim a estrutura como um todo apresenta-se como uma relação as ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas, retração, fluência e relaxação.

Em seguida, é destaca a agressividade do meio como um fator importante para o dimensionamento de estruturas de concreto armado. É apresentado um quadro que relaciona a classe de agressividade, classificação do tipo de ambiente e o risco de deterioração. Quanto maior a classe de agressividade, ou seja, quanto mais agressivo o meio, mais cuidados serão exigidos do projeto.

O Capítulo 7 estabelece critérios de projeto que visam a durabilidade da estrutura. Os critérios abordados são: a drenagem, formas arquitetônicas e estruturais que visem a durabilidade, a qualidade do concreto de cobrimento, detalhamento da armadura, controle de fissuração, medidas especiais e inspeção e manutenção preventivas. Dentre esses critérios, o cobrimento se destaca por apresentar uma tabela que determina a relação água/cimento e a classe do concreto com a classe de agressividade. Também é determinado em outra tabela o cobrimento mínimo para nos elementos construtivos de acordo com a classe de agressividade.

Diante do crescimento de patologias em estruturas de concreto armado provocadas pelos mecanismos de deterioração, a artigo “Introdução da durabilidade no projeto das estruturas de concreto", escrito por Paulo Helene, comenta os parâmetros de durabilidade das estruturas de concreto armado. Antes estabelecida com base na experiência do profissional de engenharia, a determinação da durabilidade das estruturas, hoje, é baseada em procedimentos técnicos estabelecidos por normas.

Devido aos estudos sobre deterioração das estruturas, sabe-se que os agentes agressivos têm comportamentos diferentes nos concretos e na armadura. Com isso, é necessário o estudo dos ambientes agressivos ao concreto e a armadura, com o objetivo de determinar traços de concretos que resistam tanto a agentes agressivos ao próprio concreto, tanto a armadura, obtendo uma estrutura durável. Helene afirma que é imprescindível o estabelecimento do grau de agressividade do meio ao qual a estrutura está exposta, conforme classifica a norma NBR 6118:2002.