Conceitos de Forças
Por: Dyego Aryan • 17/11/2016 • Resenha • 1.389 Palavras (6 Páginas) • 270 Visualizações
No livro Conceitos de Força, do autor Max Jammer, ele busca mostra de forma histórica, e organizada de forma cronológica, a origem do conceito relacionado à Força. Partindo dos capítulos abordados antigas civilizações, até chegando ao século XVII com John Kepler. Desta forma irei aborda alguns pontos em destaque do livro de Jammer.
O livro de Jammer, tenta explica o quanto é difícil de criar um julgamento, a respeito da ciências físicas. Vale frisar que o livro tem uma linguagem rebuscada, que para um leitor leigo no assunto, fica complicado a compreensão do texto.
“Por isso é natural presumir que também os conceitos de científicos têm origem e fundamentação ultima nas concepções oriundas da experiência do dia a dia... também os conceitos do pensamento pré-científicos resultam de decomposições arbitrárias do substrato coerente e continuo da experiência sensorial... intuição espontânea[...] com as concepções da experiência comum[...] Na etapa pré-científica, ideia de força era formada, muito provavelmente pela do esforço que despendemos nas ações voluntárias, como na experiência imediata de movimentar os membros, ou pela sensação de resistência a ser superada quando levantamos um objeto pesado do chão e o carregamos de um lugar para outro.” (JAMMER, 2011, p. 37-38)
Basicamente, eu imagino que Jammer, tentou explica que nos primórdios da civilização não havia, um conceito ainda estabelecido a respeito das forças exercidas ao redor. Essencialmente havia uma noção que estava incorporada, com o movimento ou ação que o individuo essência em um determinado objeto, em relação ao seu corpo. Por meio do seu cotidiano, e pela sua capacidade de raciocino intuitivo, eles percebiam que havia algo exercendo naquele movimento.
“Os primeiros comoslogos[...] concebia a natureza, a substância primaria, como um ser vivo, com movimentação autônoma[...] O movimento, até então presumido como característico do corpóreo e inerente á natureza, tornou-se objeto da análise filosófica[...] Uma das primeiras concepções dinâmicas da natureza foi a doutrina de Heráclito das tensões opostas[...] A força era uma espécie de substancia fluida, embora diferente de todas as outras coisas materiais[...] forças antagônicas distintas[...] Terra, água, ar e fogo[...] o fluxo e refluxo do sanguíneos[...] ” (JAMMER, 2011, p. 47-50)
Acredito que busca na Grécia antiga, dos filósofos de acharam maneiras de explicar acontecimentos de seu cotidiano. Foi crucial para a criação, das primeiras doutrinas que explicavam a onde é que a ‘força’ estava incorporadas. Logo subjugou que os elementos naturais, de certa forma tinham uma força ‘viva’. Presumo que deste ponto, eles deduziram que todas as matérias tinham uma ‘alma’, que estava relacionada a força no seu interior. Porem a teoria de Platão em certos pontos não explicavam as ações do dia a dia, como a gravidade, e a ‘tendência do semelhante a se unir ao semelhante’.
“[...]pois, quando duas coisas são simultaneamente elevadas pelo mesmo poder, o corpo menor deve necessariamente ceder ao poder superior com menos relutância do que o maior; e diz-se que o corpo maior e tende para baixo, e que o corpo menor é leve e tende para cima[...] Em geral, o termo usado por Platão para denotar essa ideia de força é a palavra dynamis[...] Só quando algo externo move uma coisa ou coloca em repouso, contrariando a tendência interna desta, dizemos que acontece por causa de força[...] O problema que deu inicio a esse novo avanço foi a busca de uma explicação para ligação entre as marés e o movimento do Sol e da Lua. Era um problema antigo. Aristóteles, Dicearco e Píteas haviam tentado resolvê-lo[...] ” (JAMMER, 2011, p. 55-64)
Uma clara alusão à primeira lei de Newton, que elementos com massa maior, exigiram mais força para deslocá-lo de sua posição, pois sua inércia é maior, do que o corpo de massa menor. Posteriormente citou algo que remete o conceito de força peso (P=m*g). Platão um dos primeiros que evidenciaram a força com o termo de dynamis que foi ligado uma ação transitiva e também a uma receptividade. Já para Aristóteles, era um termo técnico para designar qualquer tipo de ação de empurrar ou puxar e também uma força de tração. Ele tinha como base a força inerente à matéria, e a força que deriva do elemento, basicamente ele só considerou a ação de puxa e empurrar. Ele considerou o peso como um movimento natural, e não a causa do movimento, nesta época não havia considerado o atrito como forma de força, mesmo sendo considerado um agente externo. Em seguida Papus, introduziu a gravitação, e presumiu que havia uma força sendo exercida no corpo.
“Embora Buridan tenha sido um dos primeiros a se rebelarem contra a concepção neoplatônica de força como um ser divino, foi Newton quem deferiu o golpe de misericórdia na doutrina das forças astrológicas. Pois sua lei da gravitação universal suplementou outra lei natural diferente, que tivera longo reinado na vida intelectual do homem, uma lei universal que também operava com força: a astrologia, que discorria sobre as influências celestes exercidas pelos astros superiores no mundo vulgar inferior...” (JAMMER, 2011, p. 81)
No período pre-classico a astronomia viva seu auge, filósofos estavam voltados a explicar força exercidas pelo o universo, na terra, e nos outros corpos celestes. Neste período os filósofos mudaram seu conceito, desconsiderando o conceito da divina. Nesta época a astrologia árabe ganhou força, e foi ricamente difundida, que se baseavam em concepções aristotélicas.
“Os objetos do Universo, embora formados por substância distintas umas das outras, uniam-se numa imensa rede de ações e reações recíprocas, acionadas pela infusão de virtudes celestiais nos corpos inferiores[...] um corpo de grande massa, volumoso e pesado, deveria mover-se com menor, presumindo-se que a resistência ao movimento fosse proporcional[...] A velocidade do movido era uma função da relação entre a força motriz e a resistência[...] Não há dúvidas de que especulações ópticas [...] levaram Bacon a tratar matematicamente as forças [...] Mas o simples movimento descendente reto, presumido pelos peripatéticos, é o movimento do peso, de coacervação separadas na proporção de sua matéria, por meio de linha retas em direção ao centro da Terra, poi estas tedem para o centro pelo o caminho mais curto ” (JAMMER, 2011, p. 86-105)
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