Construção Civil - Ponte Rio-Niterói
Trabalho Escolar: Construção Civil - Ponte Rio-Niterói. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AnaMD • 7/11/2014 • 675 Palavras (3 Páginas) • 1.455 Visualizações
Em 1968 dá-se início a umas das maiores obras já realizadas no Brasil, a ponte Presidente Costa e Silva, popularmente chamada Rio-Niterói. Esta que é responsável por ligar os múnicipios do Rio de Janeiro e Niterói, passando pela baía de Guanabara.
Finaliza-se a obra em 1974.
“A ponte bateu alguns recordes notáveis, como o de maior vão livre com viga reta, com 300 metros de largura e 72 metros de altura”.
Contando também com 13km de extensão.
Oficialmente, o regime militar, contabilizou 33 mortes durante a obra. Mas há quem faça uma conta de 400 baixas, tornando os pilares uma sepultura de concreto quando não havia tempo a perder com resgates. Pela imprensa escrita, é possível concluir que, de dezembro de 1968 a novembro de 1972, foram registrados oito acidentes fatais, com um total de 18 mortos e mais de 30 feridos. A lista começa em 5 de novembro de 1969, quando uma explosão em uma das instalações de ar comprimido no final da Avenida Rio de Janeiro matou o operário Domício Barbosa Lima e feriu dos trabalhadores.
Os perigos não eram poucos. Trabalho nas alturas e sobre águas com 20 metros de profundidade, canteiros de obra em ritmo frenético, onde os cuidados com a segurança do trabalho eram detalhe dispensável, e operários sem qualquer instrução faziam parte da rotina do canteiro de obras.
Fotos da construção exibem trabalhadores com sandálias de borracha, bermudas, sem camisa, fumando enquanto martelavam ou carregavam objetos. Capacetes e botas eram raridade.
O engenheiro Carlos Henrique Siqueira se lembra de um caso que considera curioso, de um operário que caiu no mar, ao tropeçar no vão entre as duas pistas, e foi resgatado com vida por uma lancha. Porém, um colega dele, ao demonstrar onde o operário havia caído, também tropeçou e caiu. E esse morreu.
Em 4 de janeiro de 1974, a construção da Ponte registrou o último acidente grave: o rompimento de um cabo de aço provocou a queda de uma passarela onde estavam 8 homens trabalhando a 32 metros de altura. Eles faziam o acabamento do pilar número 21. Dois conseguiram se agarrar ao andaime e se salvaram.
"Se alguém morria, a gente esquecia rápido e continuava a obra". O relato é do aposentado Raimundo Miranda, um dos funcionários que ajudaram a levantar a Ponte. Homem de confiança dos engenheiros, ele conta que, ao passar mais tempo no trabalho (quase 15 horas por dia), tinha a garantia de um bom salário no fim do mês.
“O pessoal vinha rápido para retirar (os corpos). Aí a gente seguia em frente”.
O mecânico observou, certo dia, que siris subiam aos montes no casco de uma grande embarcação que carregava brita e areia. Preso embaixo dela, estava um cadáver em decomposição há mais de cinco dias. Segundo a suposição da época, um "peão", epilético, teria tido uma convulsão e caído na água. Esquecido, ficou no local.
Capacete
Óculos de segurança
Luvas de segurança
Respiradores de fuga
Cinturões
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