Controle e programação do sistema de produção: Um estudo de caso na fabricação do sabão em barra.
Por: Cícera Natália da Silva • 18/1/2016 • Artigo • 2.497 Palavras (10 Páginas) • 615 Visualizações
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Controle e programação do sistema de produção: Um estudo de caso na fabricação do sabão em barra.
Da Silva, Cícera Natália(1); Silva Moura, Valéria(2); Silva, Francisco Camilo(3)
Autor(1); Aluna IFCE, campus de Cedro; natalia_combs@hotmail.com.
Autor(2); Aluna IFCE, campus de Cedro; vm-cilva@hotmail.com.
Autor(3); Professor IFCE, campus de Cedro; camilo@ifce.edu.br.
1. RESUMO Este trabalho tem o propósito de analisar a produção, funcionalidade e reorganização do funcionamento de uma fábrica que produz sabão em barra, propondo um layout mais adequado para a empresa desenvolva de forma coerente e organizada suas atividades produtivas. Foi realizado um estudo sobre a fabricação do sabão em barra e de sua aceitação no mercado consumidor, posteriormente, realizou-se o estudo de caso da empresa em questão, no intuito de levantar dados e apresentar os aspectos gerais daquele ambiente, bem como sugerir propostas para otimizar o processo produtivo através da implantação de um setor de planejamento e controle da produção. Por fim, após todas as informações colhidas, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre as funções operacionais, como uma forma de reforçar o que havia sido dito com relação às mudanças que devem ocorrer na linha de produção da fábrica visitada.
PALAVRAS-CHAVE: PCP. Produtividade. Eficiência.
2. INTRODUÇÃO
A crescente globalização tem incentivado as empresas a repensarem sobre como estão se portando diante dos contínuos avanços. Uma das principais preocupações das micro e pequenas empresas é manter-se neste mercado tão competitivo, que exige constante inovação em todas as áreas, principalmente no setor produtivo.
A programação trata-se do detalhamento do plano de produção, para que ele possa ser executado de maneira integrada e coordenada pelos diversos órgãos produtivos e demais órgãos de assessoria (CHIAVENATO, 1991). Conforme Russomano (1979), essa fase, denominada de planejamento da produção, consiste no acerto do programa de produção para um determinado período a partir das perspectivas de vendas, da capacidade de produção e dos recursos financeiros disponíveis.
Tubino (1997) considera que o planejamento de controle da produção (PCP) é responsável pela coordenação e aplicação de recursos produtivos de forma a atender da melhor maneira possível os planos estabelecidos em níveis estratégico, tático e operacional. Segundo Chiavenato (1991), a função PCP é que planeja e programa a produção e as operações da empresa, bem como as controla adequadamente, objetivando aumentar a eficiência e a eficácia através da administração da produção.
Trata-se do setor responsável pela coordenação dos vários departamentos da fábrica, como vistas ao bom atendimento das solicitações de vendas que lhe são encaminhadas, cabendo-lhe providenciar que as mesmas sejam atendidas no prazo e quantidade exigidos (RUSSOMANO,
2000). Apesar de não haver um conceito único e globalizado para o PCP todos seguem na mesma direção, ou seja, indicam que constitui-se num sistema de informações que comanda e coordena o processo produtivo, tudo com o objetivo de atender aos requisitos de qualidade,
[pic 2]quantidade e tempo. Vale ressaltar que a utilização do PCP promove satisfação aos clientes, evita ao máximo as perdas de tempo, interrupção dos processos produtivos, e mantém os menores níveis possíveis de material seja em estoques, seja em operação, procurando sempre cumprir no tempo certo os programas determinados.
São três as etapas desenvolvidas pelo PCP, a primeira é chamada de planejamento estratégico da produção, que efetua o plano de produção, e este sofre influência na previsão de demanda realizada pelo departamento de marketing. Logo após é realizado o planejamento mestre da produção, em médio prazo, que continua influenciado pela previsão de vendas, porém nessa ocasião já existe alguns pedidos em carteira. A terceira etapa é onde é feita a programação da produção, quando ocorre gerenciamento de estoques, o sequenciamento e a emissão e liberação de ordens. Por fim é feito o acompanhamento e controle da produção, que acontece por meio da coleta e análise de dados, buscando garantir que o programa de produção emitido seja executado a contento.
O controle e programação do sistema da produção é sintetizado em três etapas, segundo Tubino (2000). A primeira constitui o grau de padronização dos produtos, a segunda, tipos de operações e a terceira, a natureza do produto.
A etapa do grau de padronização dos produtos está vinculada como uma subclassificação de sistemas que produzem produtos padronizados, que são bens ou serviços que mostram em alto grau de padronização, sendo produzidos em grande quantidade e encontrados com grande disponibilidade no mercado, feitos para clientes específicos e, por isso, é o tipo de produto que não se estoca, pois só é feito quando solicitado pelo cliente (TUBINO, 2000).
Os tipos de operações são divididos em dois grupos: processos contínuos que é quando se dá a produção de bens e serviços que não podem ser reconhecidos um a um, sendo empregados quando existe um grau de coerência elevada na produção e demanda de bens ou serviços. E os processos discretos que como o próprio nome sugere é o tipo de produção em que a realização de bens e serviços são isolados em lotes ou por unidades, onde cada lote pode ser reconhecido individualmente, comparado aos demais (TUBINO, 2000).
A natureza do produto é distinguida como tangível ou intangível. Quando o produto produzido é algo tangível, é dito que é algo que podemos tocar como carro, uma bola ou uma barra de sabão, como também podemos ver é uma manufatura de bens. Já o produto intangível é o tipo de produto que não podemos tocar, pois apenas sentimos como, por exemplo, uma consulta médica, pois é tido como uma prestação de serviços (TUBINO, 2000).
Segundo Tubino (2000), para alcançar os objetivos, os sistemas produtivos devem exercer uma série de funções operacionais, desempenhadas por pessoas, que vão desde o projeto dos produtos, até o controle dos estoques, recrutamento e treinamento de funcionários, distribuição dos produtos etc. O mesmo autor ressalta que, quanto mais rápido os problemas forem identificados, mais efetivas serão as medidas corretivas visando ao cumprimento do programa de produção.
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