Curva ABC

Em uma gestão de estoques, o principal objetivo, é evitar o excesso ou a falta de suprimentos para a produção, porém ter produtos suficientes para fornecer à demanda de mercado. Para isso, o gestor utiliza de ferramentas a fim de realizar um controle mais apurado de seus produtos estocados.

Dentro dos princípios supracitados, a empresa pode optar por modelos de gestão ativos ou reativos - onde o primeiro se baseia em previsões de demanda, e o segundo não – e, assim, utilizar dos métodos que melhor a convém. Entre os recursos ao alcanço de um administrador, temos a curva ABC (ou análise de Pareto), em que esse identifica os produtos em classes, como uma estatística, onde destaca-se a relevância daqueles utilizando de suas quantidades e preços, ressaltando a ideia onde 20% dos itens contemplam 80% do valor total do estoque.

No que diz respeito à análise, pode-se utilizar produtos como queijos, por exemplo, e classifica-los de A, os mais importantes do estoque, a C, os com baixo retorno de faturamento e giro, deixando B aos intermediários com boa margem de contribuição ao lucro. Isso ocorre, mesmo cada um desses possuindo um preço unitário diferente, dependendo de quantos litros de leite utilizados e os insumos que foram necessários para a sua produção (incluindo a energia para refrigeração, custo de armazenamento, enzimas, dentre outros).

Logo, nem sempre o queijo mais vendido ou o mais caro no estoque será classe A - o “carro-chefe” da empresa, já que depende de sua margem de lucro no preço final, demanda e facilidade de fabricação, assim como a reposição de seus materiais básicos e insumos.

Dessa forma, a curva ABC identifica quais itens realmente são os de maior valia dentro do estoque e viabilizando um planejamento estratégico melhor para cada categoria de produtos. Possibilitando aplicar do marketing para auxiliar na ascensão dos produtos de classes inferiores para uma superior, ao exemplo daqueles classificados em B, ou, até, reanalisar a necessidade de produção de itens como em C.