Cálculo IV - Campos Vetoriais
Por: ViniciosHugo • 19/1/2016 • Monografia • 2.028 Palavras (9 Páginas) • 409 Visualizações
CAMPOS VETORIAIS
Dada uma região D do espaço, podemos associar a cada ponto de D uma grandeza vetorial. Por exemplo, num fluido em movimento, a cada partícula corresponde um vetor velocidade [pic 1], neste caso um campo vetorial está definido.
Seja uma região D do espaço e [pic 2]uma função vetorial definida em D. Então a cada ponto [pic 3][pic 4]associa um único vetor [pic 5]A região D juntamente com os correspondentes vetores [pic 6]constitui um campo vetorial.
Exemplo1:
Determine quatro elementos do campo vetorial definido por:
a) [pic 7]
b) [pic 8]
c) [pic 9]
d) [pic 10]
e) [pic 11]
O TRABALHO
Imaginemos uma força constante F atuando sobre um objeto com a intenção de deslocá-lo em linha reta de um ponto A até um ponto B. O comprimento do deslocamento é a distância do ponto A ao ponto B que também é o módulo do vetor d = [pic 12]
[pic 13]
Da física sabemos que o trabalho realizado por essa força para efetuar esse deslocamento é W=|F| |d| cos[pic 14] onde F é o vetor força, d é o vetor deslocamento e [pic 15] é a medida do ângulo entre esses vetores. Lembramos da Geometria Analítica a propriedade do produto escalar de vetores, que afirma v . w = | v | | w| cos[pic 16] sendo [pic 17] a medida do ângulo entre os vetores v e w. Assim, o trabalho realizado por uma força constante F, para efetuar um deslocamento em linha reta d, é dado por
[pic 18]
Como seria feito esse cálculo se o campo de forças não fosse constante e o caminho a percorrer não fosse reto?
Adiantamos que o trabalho realizado por uma força[pic 19], variável, para deslocar uma partícula ao longo de uma curva lisa C dada por [pic 20] ou [pic 21] desde um ponto inicial A até um ponto final B é dado por
[pic 22]
Iniciaremos a pensar no cálculo do Trabalho, aproximando o caminho por uma poligonal.
Consideremos um campo de forças dado pela função vetorial [pic 23]contínua em uma região D no espaço 2D ou no espaço 3D. Seja C uma curva suave ou parcialmente suave contida em D e parametrizada dada pela função vetorial [pic 24]definida no intervalo [a, b].
Uma partícula move-se ao longo da curva C do ponto A até o ponto B. Se realizarmos uma partição do intervalo [a, b] em “n” subintervalos, teremos como conseqüência uma partição na curva C. Então [pic 25]=[pic 26] e [pic 27]=[pic 28]. Desse modo serão introduzidos n-1 pontos “P”, na curva C entre os pontos A e B e obtemos uma partição, A = P0, P1, P2, ... ,Pn-1 , Pn = B, da curva C, que a divide em n arcos .
Vamos então definir n vetores [pic 29] e considerar [pic 30] o valor da força [pic 31] em [pic 32].
Assim teremos
[pic 33][pic 34]
Se o k-ésimo arco for suficientemente pequeno, a força do campo [pic 35] varia muito pouco nos pontos deste arco e podemos considerá-la constante e aproximadamente igual a [pic 36]= [pic 37].
Assim, podemos ter que [pic 38] e com exatidão [pic 39]
[pic 40]
OBS: Podemos encontrar valores positivos, nulo ou negativos para o trabalho W conforme o ângulo entre os vetores [pic 41] e [pic 42]seja agudo, reto ou obtuso nos pontos de C.
Exemplo2:Calcule o trabalho realizado pelo campo vetorial [pic 43][pic 44]para mover uma partícula ao longo da curva de equação y = 1/x do ponto A(1, 1) ao ponto B(2, ½) .
Essa integral indicada acima é também chamada de Integral de Linha (de Campo Vetorial) e apresenta diversas aplicações na Física e na Engenharia.
INTEGRAIS DE LINHA DE CAMPO VETORIAL (Outra forma de apresentação)
Considere o campo vetorial dado pela função vetorial
F(x, y) = ( M(x, y), N(x, y) )
ou
F(x, y, z) = ( M(x, y, z), N(x, y, z), P(x, y, z) )
contínua em uma região D do espaço 2D ou 3D, respectivamente.
Sabemos que M, N e P são funções escalares de duas ou três variáveis, contínuas em D, das quais podemos calcular integrais de linha em relação à x, y ou z ao longo de uma curva limitada C, suave ou parcialmente suave e parametrizada pela função vetorial dada por
r(t) = ( x(t), y(t) ) ou r(t) = ( x(t), y(t), z(t) ) com t[pic 45][a, b].
Analisemos as integrais: [pic 46] que escrevemos simplesmente
[pic 47].
[pic 48]=[pic 49][pic 50] =
=[pic 51]=[pic 52] =
= [pic 53]( M(r(t)), N(r(t))) . r´ (t)dt = [pic 54]F (r (t) ) . r´ (t)dt = [pic 55]F . dr[pic 56]
pois, de r(t) = ( x(t), y(t) ) vem que [pic 57]r = r´ (t) = ( x’(t), y’(t) ), de onde
dr = r´ (t) dt = ( x’ (t), y’ (t) ) dt = ( x’(t) dt, y’(t) dt ) = (dx, dy).
Assim,
[pic 58]
Analogamente, de r(t) = (x(t), y(t), z(t)) temos [pic 59]r = r´ (t) = ( x’(t), y’(t), z’(t) ), de onde dr=r´(t)dt= ( x’(t), y’(t), z’(t) ) dt = ( x’ (t) dt, y’ (t) dt, z’(t) dt ) = (dx, dy, dz). Também,
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