DESCRIÇÃO DO AMBIENTE - JACAREACANGA

DESCRIÇÃO DO AMBIENTE - JACAREACANGA

Clima

Segundo a classificação climática Köeppen, a área requerida está inserida na faixa de clima tropical chuvoso de savana (Aw).

Conforme descrito no Mapa Climatológico do Pará, disponibilizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará – SEMAS, este sub-tipo climático, em conjunto com sua formação geográfica – que abrange altitudes entre 100 e 300 metros, inferem características megatérmicas, com temperaturas médias anuais próximas a 25°C com máximas aproximadas de 32,5°C e mínimas orbitando por volta de 20°C.

A precipitação média anual varia entre 2.000 e 2.500 mm. O período chuvoso se estende de dezembro a fevereiro. Os meses de abril e outubro são de transição. De junho a agosto ocorre o período de estiagem.

Solos

Conforme dados cartográficos digitais disponibilizados no sítio eletrônico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS, correm no município de Jacareacanga solos do tipo (Imagem 02):

• Neossolo quartzarênico: Toda a área de requerimento está inserida nessa classe, que é a mais abundante em Jacareacanga, em especial na região sul e central do município. Esta classe de solo ocorre em relevo plano ou suave ondulado, apresenta textura arenosa ao longo do perfil e cor amarelada uniforme abaixo do horizonte A. Considerando-se o relevo de ocorrência, o processo erosivo não é alto, porém, deve-se precaver com a erosão devido à textura ser essencialmente arenosa. Por serem profundos, não existe limitação física para o desenvolvimento radicular em profundidade, mas a presença de caráter álico ou do caráter distrófico limita o desenvolvimento radicular em profundidade, agravado devido a reduzida quantidade de água disponível (textura essencialmente arenosa). Os teores de matéria orgânica, fósforo e micronutrientes são muito baixos. A lixiviação de nitrato é intensa devido à textura essencialmente arenosa.
• Argissolo vermelho-amarelo: Terceiro solo mais abundante em Jacareacanga. Esses solos apresentam horizonte de acumulação de argila, B textural (Bt), com cores vermelho-amareladas devido à presença da mistura dos óxidos de ferro hematita e goethita (EMBRAPA, 2018). São solos de profundidade variável, mas frequentemente pouco profundos e profundos (IBGE, 2007).[pic 1]

[pic 2]

• Latossolo vermelho-amarelo: segundo tipo de solo mais abundante em Jacareacanga, concentrados principalmente ao norte do município, apresenta cores vermelho-amareladas, são profundos, com boa drenagem e normalmente baixa fertilidade natural (IBGE, 2007).
• Neossolo litólico: estes solos poucos evoluídos possuem contato lítico ou lítico fragmentário dentro de 50 cm a partir da superfície, apresentando horizonte A ou hístico assente diretamente sobre a rocha ou sobre um horizonte C (EMBRAPA, 2018). São característicos de relevos acidentados de morrarias e serras (IBGE, 2007.
• Gleissolo háplico: solo de área alagada ou sujeita a alagamento, ocorrem principalmente às margens do Rio Tapajós e do Rio Cururu. São caracterizados por apresentarem cores acinzentadas, azuladas ou esverdeadas.

Geomorfologia

A partir de dados obtidos no Manual Técnicos de Geomorfologia (IBGE, 2009) e do Mapa Geomorfológico do Estado do Pará (IBGE, 2008) nota-se a incidência de3 domínios morfoestruturais:

• Depósitos Sedimentares Quaternários: Pouco incidente em Jacareacanga, ocorre apenas em trechos de margens de alguns corpos hídricos como o Rio Tapajós, Rio Tropas, Rio Cururu, Rio São Sebastião e Rio Teles Pires.
• Crátons Neoproterozóicos: Distribuidos: Abrange quase toda a área do município de Jacareacanga, apresenta-se através das unidades geomorfológicas Planalto do Tapajós, Planalto dos Apiacás, Depressão Interplanática Juruena, Planalto do Crepori e Chapadas do Cachimbo.

Caracterizando as unidades geomorfológicas presentes, tem-se:

• Planícies Amazônica: Tratam-se de estreitos terraços fluviais por vezes associados a planícies recentes geradas por rochas cristalinas ou sedimentares cortadas por rios. A alteração da rocha gerou solos do tipo latossolos associados a gleissolos nos terraços com planícies (ZEE, 2010).
• Planalto dos Apiacás: Predominam formas dissecadas e com topos tabulares conservados, com altimetrias de até 450 metros. Nesta unidade, o rio Teles Pires corta os relevos conservados, o que resulta na ocorrência de trechos de quedas concentradas em corredeiras. Localiza-se ao sul de Jacareacanga, em espacial as margens do Rio Teles Pires.

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• Depressão Interplanaltica Juruena – Teles Pires: Unidade geomorfológica onde está inserido o requerimento  se apresenta com relevo dissecado em topos tabulares, com rampas suavemente inclinadas e lombas esculpidas em coberturas sedimentares inconsolidadas.
• Planalto do Tapajós: Com altitudes variáveis entre 100 a 250 metros, esta unidade geomorfológica, posicionada ao norte de Jacareacanga, está representada por litologias predominantemente paleozoicas. Dispõe de extensa superfície tabular com fraca declividade. Apresenta também níveis altimétricos mais rebaixados, com dissecação em colinas de topos aplainados, interflúvios e mesas.
• Planaltos do Crepori: Concentrado no extremo norte de Jacareacanga, apenas na divisa com o município de Itaituba, esta unidade geomorfológica é composto por escarpas desdobradas direcionadas no sentido dos alinhamentos geológicos NW-SE, esculpidas principalmente pelo rio Crepori que se referem a escarpas monoclinais (chevrons) com reversos dissecados em interflúvios tabulares e colinas.
• Chapadas do Cachimbo: Constituem relevos aplainados em rochas pré-cambrianas com estruturas controladas por falhas e fraturas, com eventuais dissecações em cristas e vales. Apresentam considerável fragilidade ambiental.

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