DISCIPLINA : FÍSICA 2 EXPERIMENTAL
Por: Murloc Alo • 7/4/2019 • Seminário • 1.319 Palavras (6 Páginas) • 281 Visualizações
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE FÍSICA
DISCIPLINA : FÍSICA 2 EXPERIMENTAL TURMA F
2º SEMESTRE 2017
RELATÓRIO DO EXPERIMENTO 1
DATAS DE REALIZAÇÃO: 15/08/2017
GRUPO: 6
ALUNOS: PAULO JOSÉ VALÉRIO CRUZ - 17/0020321
MATEUS BERARDO DE SOUZA TERRA - 17/0018806
RAFAEL MASCARENHAS DAL MORO - 17/0021041
VINÍCIUS CARVALHO GOMES - 17/0023494
MOVIMENTO ONDULATÓRIO: ONDA NA CORDA
- Objetivo
Estudar conceitos e relações de grandezas de ondas reais a partir de experimentos com ondas estacionárias em uma corda. Com isso, espera-se coletar dados que garantam o cálculo da velocidade de propagação da onda e que comprovem as seguintes proposições teóricas: a frequência da onda propagada tem valor equivalente ao inverso do comprimento de onda da própria e a velocidade de propagação da onda varia com a raiz quadrada da tensão.
- Introdução
As ondas são fenômenos físicos causados por perturbações que se propagam no espaço ou em qualquer outro meio, realizando transferência de energia sem transferir massa. A propagação de ondas é dividida em 3 categorias: ondas transversais, longitudinais e mistas. A primeira define-se como uma oscilação perpendicular ao sentido de propagação; a segunda, como uma oscilação que possui a mesma direção que a propagação da onda e a mista, que contém ambas características das últimas categorias citadas. Neste experimento, se buscará estudar fenômenos ondulatórios utilizando uma corda elástica esticada, gerando uma onda transversal, cuja velocidade pode ser calculada a partir de uma decomposição da força total radial em um segmento infinitesimal de comprimento, relacionando-a com a densidade linear deste. Assim, poderá se projetar os conhecimentos adquiridos para praticamente qualquer fenômeno ondulatório, uma vez que estes, em sua maioria, são universais.
A fórmula que calcula a velocidade de propagação da onda, demonstrada pela linha de raciocínio citada acima é:
[pic 1]
em que é a tração e representa a densidade linear da corda.[pic 2][pic 3]
Além disso, analisaremos ondas estacionárias de forma a comprovar o modelo teórico que descreve seu comprimento de onda em função do harmônico(n) e do comprimento de corda que vibra (L):
[pic 4]
- Procedimentos
Primeiramente aferiu-se, com uma trena, o comprimento da corda elástica e do fio de nylon não distendidos bem como as massas do fio, da corda, dos pesos e do suporte de pesos utilizando uma balança digital. Em seguida, amarrou-se uma das extremidades da corda no excitador de ondas e a outra no suporte de pesos. Estabeleceu-se, assim, uma tensão na corda, cujo valor é igual ao peso do conjunto de 3 pesos (de aproximadamente 100 gramas cada) com o suporte de pesos. Depois, a distensão da corda foi medida. O excitador então foi acionado, sendo controlado pelo gerador, e teve a frequência gradativamente aumentada até que se atingisse diferentes harmônicos de ondas estacionárias.
Uma vez anotadas as frequências dos harmônicos, substituiu-se a corda pelo fio de nylon e aferiu-se a frequência do segundo harmônico para diferentes tensões, que variavam a partir do peso de 100g até 450g, aumentando-o de 50 em 50 gramas.
- Análise dos dados
4.1. A primeira etapa do experimento consiste no cálculo da velocidade de propagação da onda por meio da relação . O termo no denominador da fração é a densidade linear do segmento de corda utilizado no experimento. Como a tensão T realiza uma distensão na corda, sua densidade linear é alterada, pois uma mesma massa é distribuída em um comprimento maior. A grandeza descrita pode ser calculada a partir da fórmula , O termo sendo a densidade linear total da corda e sendo a distensão, em porcentagem, que a corda sofre. A tração, por outro lado, é a força reativa, logo, de mesmo módulo e sentido oposto à força peso realizada em uma das extremidades da corda. Podemos calcular a tensão (T) com a fórmula Como tanto a tensão (T) quanto a densidade linear são constantes nesta etapa do experimento, podemos inferir que a velocidade (V) também é. [pic 5][pic 6][pic 7][pic 8][pic 9][pic 10]
Tabela 1: dados obtidos a partir da aparelhagem fornecida
[pic 11] |
[pic 12] |
[pic 13] |
[pic 14] |
[pic 15] |
[pic 16] |
Segue que:
[pic 17]
[pic 18]
Dessa forma podemos calcular a velocidade:
. [pic 19][pic 20]
4.2. A segunda etapa é constituída pela verificação da proporcionalidade entre a frequência (f) e o comprimento de onda . Utilizando a fundamentação teórica mencionada na etapa anterior, torna-se simples realizar tal procedimento, uma vez que, como já inferido anteriormente pela relação , a velocidade (V) nestas três primeiras partes do experimento é constante. Pode-se também realizar tal verificação de acordo com a fórmula , por meio da qual se observa que, dentro de uma margem de erro esperada, o produto da frequência pelo comprimento de onda é sempre constante. Realizando algumas manipulações matemáticas simples, temos que .[pic 21][pic 22][pic 23][pic 24]
Tabela 2: Relação frequência - comprimento de onda;
f (em Hertz) | n (adimensional) | 𝜆 (em metros) |
11,5 土 0,1 | 1 | 2,4367 土 0,0848 |
23,1 土 0,1 | 2 | 1,2130 土 0,0369 |
34,7 土 0,1 | 3 | 0,8075 土 0,0234 |
46,1 土 0,1 | 4 | 0,6078 土 0,0171 |
57,5 土 0,1 | 5 | 0,4873 土 0,0136 |
69,5 土 0,1 | 6 | 0,4032 土 0,0111 |
80,9 土 0,1 | 7 | 0,3464 土 0,0095 |
92,3 土 0,1 | 8 | 0,3036 土 0,0083 |
Representação gráfica dos dados contidos na tabela acima:
[pic 25]
4.3. Nesta etapa procuramos mostrar que, em ondas estacionárias, o comprimento de onda pode ser escrito como uma função da distância entre o oscilador e a polia (L) e o número do harmônico (n).[pic 26]
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