Desafio Profissional

1. MAPEAMENTO DO PERFIL DOS OPONENTES

O senhor Carlos Henrique, administrador, representante da Associação dos Moradores de um bairro do interior do Estado de São Paulo, em concomitância com os associados, está a tentar o impedimento da construção de uma gravadora, pois o mesmo crê veementemente que o bairro não necessita dos progressos advindos deste empreendimento, a considerar que a mesma traria para a comunidade perturbação da ordem pública, tendo em vista que as pessoas que residem na área prezam pela tranquilidade, são - em maioria - de idade avançada, além de que argumenta que o implemento de tal obra afetaria negativamente na segurança do local, causaria muito barulho e alteraria a infraestrutura acerca do trânsito para pior.

O gerente de negociações e porta-voz do presidente da gravadora, senhor Jorge Andrade, um estrategista de negócios com experiência em negociações mediante conflitos, deseja obter a liberação do empreendimento e instalar a gravadora no bairro sob a alegação de que o progresso é inevitável, o mesmo traz como argumento o fato de que a iniciativa pode contribuir para benfeitorias no bairro, desde que, a negociação seja com benefícios para todos, sendo que o bairro tem poucos anos de existência e ainda necessita de melhorias em áreas específicas como iluminação e sinalização – a mesma encontra-se as margens de uma rodovia.

2. MAPEAMENTO DAS HABILIDADES ESSENCIAIS DOS NEGOCIADORES SEGUNDO JUNG

GRAVADORA

ESTILO CARACTERÍSTICAS TÁTICAS USADAS NA NEGOCIAÇÃO

Qual é o estilo da gravadora? Quais são as suas características? Quais as táticas utilizadas na negociação?

Estilo confrontador Cooperativo e questionador Busca da equidade, ou seja, de forma a favorecer as duas partes; e o acordo global dadas as circunstancias

ASSOCIAÇÃO DE MORADORES

ESTILO CARACTERÍSTICAS TÁTICAS USADAS NA NEGOCIAÇÃO

Qual é o estilo da gravadora? Quais são as suas características? Quais as táticas utilizadas na negociação?

Estilo restritivo Não cooperativo e age de acordo com interesses próprios Ameaças, coercibilidade, temor

3. ANÁLISE E PLANEJAMENTO

A gravadora, munida de argumentação plausível, baseada no progresso e na criação de empregos, bem como na geração de renda e melhoria de infraestrutura da área onde o empreendimento pretende funcionar, através de seu representante elabora projeto a ser apresentado em assembleia no prédio da associação na primeira reunião, a fim de que deliberem sobre a proposta e possam opinar sobre a mesma junto aos moradores, com intento de chegarem a um acordo, mesmo que para isso sejam necessárias algumas concessões. É sabido que as principais preocupações dos moradores é com a perturbação que geraria o implemento do negócio anteriormente citado, a par de tais dados a empresa tentará amenizar os efeitos que incomodam a comunidade e fazer o possível para que possam “coexistirem”.

4. CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL

Após manifesto e o documento entregue pelos moradores à prefeitura rejeitando a construção da gravadora, a cúpula governamental mostrou-se receosa devido reação “agressiva” da sociedade ali residente (pois o projeto já havia sido aprovado) e; como já é de conhecimento, solicitou à empresa que enviassem alguém para dirimir a situação e que fossem abertas “mesas de negociação” entre as partes. O fato gerou possibilidade de embargo do empreendimento, o que causou um clima de tensão e insegurança por parte dos colaboradores da empresa, sabendo que já havia sido gasto orçamento definido com a parte burocrática do negócio e o marketing necessário para início das atividades, bem como alguns contratos com artistas, o temor pela queda das ações e reputação da mesma poderiam ser irreversíveis. A incerteza na negociação fez despencar os índices de produtividade dos funcionários e acarretar o absenteísmo dos mesmos a partir daquele momento, além de ter de encarar os questionamentos pessimistas de boa parte dos acionistas e cotistas que tinham poder de decisão sobre os que eram feitos pela gravadora, pois, não preocupados com a opinião pública, esperam o retorno dos investimentos feitos por eles.

5. FEEDBACK

É chegada a primeira reunião e o sr. Jorge apresenta o projeto com todas as vantagens que o empreendimento poderia gerar para a região e para os moradores ali residentes, tanto estrutura quanto economicamente falando (benfeitorias citadas anteriormente), os moradores permanecem irredutíveis quanto às condições apresentadas para a construção da gravadora, devido à perturbação causada pelo barulho e grande movimentação nos arredores da comunidade. O gerente de negociações da gravadora explica aos comunitários que legalmente eles já tem todo o aparato para dar seguimento ao empreendimento, mas que a política da empresa sugere bom relacionamento e a equidade entre as partes, sendo assim estaria ele, em nome da gravadora, disposto a discutir as questões que afligem àqueles que ali habitam para tentarem chegar a um “meio termo”, prometendo levar ao conhecimento do presidente da gravadora e seus colaboradores as possíveis mudanças que se façam necessárias para que possam iniciar as obras. Sugeriu aos comunitários que façam uma visita às suas instalações para tomarem conhecimento de que, devido à tecnologia que a empresa possui, o problema com o barulho já estaria sanado, visto que possuem estruturas acústica que não propagam o som além do ambiente determinado. Após deliberação entre as partes ficou pré-formatado possíveis alterações por parte da empresa: no quesito segurança estariam dispostos a instalar câmeras em todo o bairro, numa ação conjunta com a prefeitura, para monitoramento do mesmo,