Determinação da Resistência de Aderência à Tração em Revestimento de Argamassa - ABNT NBR 13528
Por: Caio Reis • 16/9/2021 • Trabalho acadêmico • 1.095 Palavras (5 Páginas) • 243 Visualizações
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
CAIO CAETANO DOS REIS CAIO HENRIQUE MENDES ELDIO ALVES BARBOSA GABRYEL ALVES
VITOR FARINA
REVESTIMENTO DE PAREDES DE ARGAMASSAS - DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA À TRAÇÃO
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São Paulo – SP 2018
INTRODUÇÃO
Para a caracterização de materiais de construção civil é necessário realizar ensaios para fazer análises que podem ser destrutivas ou não – destrutivas. Os ensaios destrutivos são aqueles que deixam algum sinal na peça ou no corpo de prova, ainda que estes não fiquem inutilizados. São eles: tração, compressão, flexão, torção, dureza, impacto, fadiga, entre outros. Já os ensaios não – destrutivos ocorre o oposto, não deixam sinal ou marca nos corpos de prova e jamais inutilizam a peça (ultrassom, radiografia, líquido penetrante).
Neste relatório será apresentado o ensaio de determinação da resistência de aderência à tração nas argamassas de revestimento de paredes, de acordo com a norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 13528, que tem como finalidade garantir a interação entre as camadas do revestimento através da tração máxima suportada pelo mesmo.
Esse teste tem grande importância para a determinação da qualidade dos materiais empregados, bem como determinar diferenças entre os mesmos com relação aos lotes e as marcas disponíveis no mercado.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Aderência é a propriedade do revestimento de resistir às tensões atuantes na interface com o substrato – superfície sobre a qual está aplicado o revestimento - e a resistência de aderência à tração é a tensão máxima suportada por uma área limitada de revestimento quando submetido a um esforço normal de tração. (NBR 13528/2010).
Para a realização deste ensaio, será necessário a utilização dos seguintes materiais e ferramentas:
- Dinamômetro de tração;
- Pastilha;
- Serra copo;
- Paquímetro;
- Cola.
O ensaio deverá ser realizado com o corpo de prova seco, visto que, segundo a norma, a umidade do revestimento influência nos valores de aderência e nos coeficientes de variação.
Inicialmente, devem ser extraídas 3 amostras do revestimento no local que irá ser realizado o ensaio para determinação da umidade, seguindo o procedimento previsto em norma: extrair com serra copo de 50 mm; identificar e acondicionar em cada umas das amostras um saco plástico; selar a boca desse plástico para que não ocorra trocas de umidade; em laboratório fazer a pesagem de cada umas das amostras (saco plástico + amostra); colocar essas amostras em estufa a 105°C até atingirem massa constante; com ajuda de um dessecador resfriar as amostras e em seguida pesar novamente; calcular o teor de umidade em porcentagem de massa de cada amostra através da equação:
[pic 1]
Onde: U é a porcentagem de umidade;
mu é a massa saco plástico + amostra (em g); mi é a massa do plástico (em g);
ms é a massa saco plástico + amostra após estufa e resfriamento (em g).
Procedimento do ensaio:
- Faz-se a distribuição do local dos corpos de prova de forma aleatória (desde que seja no mesmo local que foi feita a retirada das amostras para determinação da umidade), contemplando as juntas de assentamento, além dos cantos e das quinas. Cada ensaio é composto por 12 corpos de prova de mesma característica.
- Utilizando a serra copo de 50 mm de diâmetro, executa-se o corte do revestimento. Esse corte deverá ter de 1 a 5 mm de profundidade. Utiliza-se um gabarito para auxiliar essa furação.
- Após realizar a limpeza da superfície, sobre cada furo é colada uma pastilha (de seção circular de 50 mm de diâmetro com dispositivo no centro para acoplar o equipamento de tração), utilizando a cola (base de resina epóxi, poliéster ou similar).
- Ao término da secagem da cola, instala-se o equipamento de tração (Dinamômetro) para realizar a ruptura. Esse equipamento deverá conter dispositivo para a leitura da carga aplicada nas pastilhas.
[pic 2]
[pic 3]
Fonte: autoria própria Fonte: autoria própria
Fig.1: serra copo Fig.2: gabarito para aux. furação
[pic 4]
[pic 5]
Fonte: autoria própria Fonte: autoria própria
Fig.3: dinamômetro Fig.4: pastilhas coladas no revestimento
[pic 6][pic 7]
Fonte: autoria própria Fonte: autoria própria
Fig.5: CP Umidade (extraído) Fig.6: CP Umidade (extraído)
Após a ruptura, para cada furo, anota-se a resistência de aderência à tração de cada corpo de prova, através da seguinte equação:
[pic 8]
Onde: Ra é a resistência de aderência à tração (em Mpa); F é a força de ruptura (em N);
A é a área do corpo de prova (em mm²).
Os resultados são anotados em planilhas como mostrado na NBR 13528.
[pic 9][pic 10]
Fonte: NBR 13528
Fig.7: planilha para resistência (revestimento sem chapisco)
[pic 11][pic 12]
Fonte: NBR 13528
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