Determinação de Colesterol
Por: Rebeca Gonçalves • 27/10/2015 • Relatório de pesquisa • 1.333 Palavras (6 Páginas) • 1.088 Visualizações
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos
Curso de Engenharia de Biossistemas – Bioquímica
Determinação do Colesterol por Espectrofotometria
Caroline Furtado
Mateus Flores
Maraísa Silva
Rebeca Gonçalves
Orientador: Prof. Dr. Fernando Gustavo Tonin
Pirassununga – SP
Janeiro de 2015
INTRODUÇÃO
O Colesterol é o mais importante esterol dos tecidos animais, é anfipático, com um grupo-cabeça polar (o grupo hidroxila em C-3) e um corpo hidrocarbônico não-polar (o núcleo esteróide e uma cadeia lateral hidrocarbonada em C-17) de comprimento igual a um ácido graxo de 16 carbonos na sua forma estendida (LEHNINGER; NELSON; COX, 2002)
As concentrações plasmáticas de triglicérides e colesterol estão relacionadas a alguns fatores como: absorção de lipídeos através da dieta; utilização como fonte de energia e capacidade de armazenamento. Após um período de alimentação ou frente a uma condição em que se necessite a utilização de gordura dos estoques de tecido adiposo, ocorre a liberação de glicerol e ácidos graxos livres (AGL) na circulação. Esses AGL são transportados, via albumina sérica, até o fígado e/ou outros tecidos metabolicamente ativos, sendo usada para produção de energia, cetona, colesterol e/ou triglicérides, dependendo da demanda metabólica (SALDANHA, 2004).
A composição do colesterol é insolúvel em água e, consequentemente, insolúvel no sangue. Para ser transportado na corrente sanguínea o colesterol liga-se com algumas proteínas e outros lipídeos, em um complexo chamado lipoproteína (LUDKE, 1999).Existem vários tipos de lipoproteínas e estas podem ser classificadas de diversas maneiras. Está classificação é baseada em sua densidade como, por exemplo, a "Low-Density Lipoproteins", ou LDL, que é ruim ao ser humano sendo capaz de transportar o colesterol do sítio de síntese, o fígado, até as células de vários outros tecidos. Outra classe de liproteínas, as "High Density Lipoproteins", ou HDL, que transportam o excesso de colesterol dos tecidos de volta para o fígado, onde será aproveitado na síntese do ácido biliar (LUDKE, 1999).
Para determinar colesterol em algum composto pode-se utilizar espectro eletromagnético. A luz emitida no equipamento é uma forma de radiação eletromagnética que pode ter diversos tipos de ondas com comprimentos de onda distintos, chamada depolicromática. O comprimento de onda é representando pelo símbolo ƛ(gama) que é medido em nanômetros () e indica longinquidade entre dois picos ou vales da onda (DE MOURA et. al., 2010).
Um espectro eletromagnético apresenta diferentes classes de radiação de acordo com o tamanho e a frequência de onda. A freqüência é omovimento oscilatório da onda que pode ser medido em Hertz(Hz). Em um espectro eletromagnético as ondas mais intensas e com maior afinidade ficam localizadas à esquerda raios gama e raios-X, enquanto as radiações menos intensas ficam à direita (DE MOURA et. al., 2010).
Os métodos espectrofotométricos em bioquímica residem basicamente sobre duas leis, que combinadas são conhecidas como a Lei de Beer-Lambert. (GORE, 2000). A parcela de luz consumida por um meio é independente da intensidade da luz incidente e cada parcela sucessiva que passa pelo meio absorve a mesma proporção de luz passando. A quantidade de luz dissipada é proporcional à quantidade de moléculas presente no feixe que representa a concentração do substrato (GORE, 2000).
Sabe-se que a concentração de colesterol padrão determinada para o plasma da ovelha é de 200mg/dL. Dessa forma, ao comparar essa quantidade com a encontrada em plasma sanguíneo de ovinos é possível saber se está acima ou abaixo do que é considerado normal para esses animais (GONZÁLEZ, 2003).
OBJETIVO
Determinar a concentração de colesterol em amostras biológicas através da espectrofotometria.
RESULTADO E DISCUSSÕES
As colorações obtidas com a adição das substancias, reativo padrão nos tubos de 2 a 4 e da amostra nos tubos de 5 a 7 em ambos já contendo reativo de trabalho e após o aquecimento em banho maria por 10 minutos a 37ºC estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Coloração obtida pelo aquecimento dos tubos .
Tubos | Coloração antes do aquecimento | Coloração após o aquecimento |
1 | amarelo | amarelo |
2 | rosa | rosa escuro |
3 | rosa | rosa escuro |
4 | rosa | rosa escuro |
5 | rosa claro | rosa claro |
6 | rosa claro | rosa claro |
7 | rosa claro | rosa claro |
Segundo a empresa Bioclin (2012) Os ésteres de colesterol são hidrolisados pelo colesterol esterase (COE) a colesterol livre + ácidos graxos.
O colesterol livre é oxidado pelo colesterol (COD) a colesterol 3 ona + peroxido de hidrogênio.
Na presença da Peroxidase (POD) reage com a 4 Aminoantipirina e Fenol, formando um cromógeno vermelho cereja cuja intensidade de cor é proporcional à concentração de Colesterol (BIOCLIN, 2012).
De acordo com Roassone (2008) as equações (1), (2), (3) que ocorrem podem ser demonstradas como a seguir:
Esteres do colesterol ------colesterol esterase----> Colesterol + Ácidos Graxos eq.(1)
Colesterol + O2 ---Colesterol Oxidase→ Colest-4-en-ona + H2O2 eq.(2)
2H2O2+ Fenol+ 4-Aminoantipirina ---Peroxidase---> Antipirilquinonimina + 4 H2O eq.(3)
Em seguida a leitura de absorbância para glicose apresentou os resultados, representados na tabela 2.
Tabela 2. Absorbância de cada tubo.
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