Diagnosticando A Corrosão Em Aço - Patologia De Construções

SOUSA, Patricia T.V.S.

Diagnosticando a corrosão em aço – Patologia de construções.

Pergunta problematizadora

Em uma vistoria realizada em uma cidade litorânea, verificou-se que a armadura da laje superior da sala do reservatório inferior de água potável do prédio apresentava deterioração, conforme a imagem abaixo. Esta sala estava abaixo do nível do solo, ou seja, enterrada, e não possuía ventilação ou exaustão. Ainda observou que a temperatura interna estava 8°C acima da externa.

De acordo com o que você estudou sobre degradação do aço, discorra sobre qual o diagnóstico mais próximo da realidade, que ensaios não destrutivos podem ser especificados para comprovar sua teoria e que recomendações você faria para prevenir essa falha em futuras edificações?

Patologias em construções são muito mais que simples falhas, elas representam os desafios e as interações entre materiais, as técnicas de construção e o ambiente. Cada patologia tem todo um universo de causas, consequências e possíveis futuros associados. Dentre as patologias encontradas em construções, temos as corrosões em concreto armado, esse fenômeno pode comprometer significativamente a segurança das construções, por esse motivo é importante conhecer as causas e como preveni-las na engenharia civil.

Segundo Da Cunha,et all (2020), estudos mostram que a principal causa de patologias está associada à falta de cuidados pertinente ao uso do imóvel, assim como abandono e descaso. Além disso, tem os fatores atmosféricos que contribuem de forma significativa para a deterioração estrutural, como: a acidez da chuva que vai lixiviando o concreto e, por conseguinte a armação que entra em processo de corrosão; o vento; as altas temperaturas que levam a dilatação; as intempéries; a infiltração causada por ações naturais.

A corrosão de armaduras em concreto armado é um exemplo de patologia que compromete a integridade estrutural e a segurança das construções. Por este motivo é importante identificar as causas e os mecanismos subjacentes da corrosão, enfatizando a importância de estratégias de prevenção e manutenção. A corrosão ressalta a necessidade de vigilância e conhecimento técnico para garantir a longevidade das estruturas.

Através da passagem do tempo o concreto tem sido utilizado como importante elemento da construção civil, por ser uma substância simples composta de água, areia, brita e cimento, que se tornou um material amplamente utilizado na construção civil (SOARES, et all, 2015).

De acordo com Estacechen e Cormin (2017), as armaduras de aço são amplamente utilizadas como complemento em estruturas de concreto armado, pois, tem como função principal absorver as cargas que geram esforço de tração nas barras, ou colaborando na absorção dos esforços aplicados no concreto, cujo papel é absorver as cargas de compressão.

Conhecendo a importância da utilização do aço na construção civil, ao empregá-lo, o material deve estar em perfeitas condições, pois, quando se trata da corrosão do aço e da deterioração do material. No caso da ferrugem, esta é uma patologia que indica que algo está errado com o produto utilizado, e esse erro gera graves consequências, como o enfraquecimento da estrutura e aumento no custo da obra por conta de possíveis reparos (ESTACECHEN, CORMIN, 2017).

Segundo Estacechen (2020), a corrosão seca ou oxidação é causada por uma reação gás metal, com formação de uma película de óxido. É um processo lento e não provoca deterioração substancial das superfícies metálicas.

No que diz respeito aos impactos causados pela corrosão, eles variam desde a redução na aderência entre aço e concreto até a diminuição significativa da resistência mecânica das estruturas.  A corrosão diminui a seção transversal das armaduras, reduzindo sua capacidade de suportar cargas.

Observando a imagem apresentada e utilizando os conhecimentos adquiridos, ao aplicá-los aos dados fornecidos pode-se aplicar alguns métodos de ensaios não destrutivos, como o método do Ultrassom, que se emprega através de uma onda sônica aplicada em materiais condutores ou não, este sinal é captado de volta por meio de um transdutor acoplado ao equipamento. O tempo de duração para o som ir e voltar permite a determinação da profundidade do material. O objetivo desta técnica é detectar falhas internas, subsuperficiais e superficiais (DA CUNHA, et all, 2020).