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Diesel x Emissão de CO² x Meio Ambiente

Por:   •  27/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.194 Palavras (5 Páginas)  •  162 Visualizações

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5.2 Diesel x Emissão de CO² x Meio Ambiente

A poluição do ar nas grandes cidades hoje em dia é uma das mais graves ameaças ao Meio Ambiente. E os principais responsáveis para essa poluição são os veículos automotores. Os resíduos que saem dos escapamentos são compostos de: óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono, hidrocarbonetos e material particulado (fumaça preta).

De acordo com o 1º inventário nacional de emissões veiculares o diesel tem uma alta concentração de poluentes no Brasil e é responsável por 49% das emissões de gás carbônico o que agrava cada vez mais o efeito estufa.  (MMA, 2011)

5.2.1 O óleo Diesel

De acordo com a CNT (2012) o         diesel é o combustível oleoso mais abundante produzido a partir do refino do petróleo. Ele é composto por hidrocarbonetos (compostos orgânicos que contém átomos de carbono e hidrogênio) e com um pouco de oxigênio, enxofre e nitrogênio. É um combustível pouco volátil, com cheiro forte, inflamável e com um nível médio de toxidade.

É o derivado do petróleo mais utilizado no Brasil em decorrência da grande utilização do transporte rodoviário, tanto de cargas quanto de passageiros.

De acordo com a ANP (2009) conforme artigo 2º da Resolução n. 42, o Diesel de uso rodoviário são classificados em:

I: Diesel A: Produzido por processos de Refino de petróleo e processamento de gás natural e não a adição de Biodiesel.

II: Diesel B: Produzido por processos de Refino de petróleo e processamento de gás natural e adição de Biodiesel.

As despesas decorrentes do uso de diesel são uma das mais altas de todo o setor de transporte, chegando a custar de 30% a 40% de todo o valor de transportes de cargas e até 25% do valor de transporte de passageiros. (CNT,2012)

O Diesel é usado para motores de combustão interna e que são utilizados para diversas aplicações, como: caminhões, veículos utilitários ou de passeio, navios e ônibus, e em motores de ignição por compressão (motores ciclos diesel).

5.2.2 Sequestro de Carbono

Segundo Reener (2004) o sequestro de carbono é o processo de absorção e armazenamento de CO² atmosférico, com o objetivo de diminuir os impactos ao meio ambiente, já que o CO² é um gás que agrava o efeito estufa. Ou seja, a finalidade do sequestro de carbono é reverter ou conter o acúmulo de CO² atmosférico, com a intenção de diminuir o efeito estuda.

2.2.1 Sequestro Florestal de Carbono

Esse tipo de sequestro de carbono visa amenizar a elevação de temperatura no planeta. Isso ocorre pela capacidade fotossintética dos vegetais que fixam o CO² da atmosfera, biossintetizam em forma de carboidratos, e no fim depositados na parede celular (Renner, 2004).

O CO² pode ser retirado da atmosfera pelo crescimento de plantas e quanto mais rápido for o crescimento mais rápido será a absorção do CO² (Baird, 2002).

O sequestro de carbono é uma medida paliativa e não permanente, mas pode trazer outros benefícios ecológicos (Tu, 2004).

2.2.2 Método para cálculo da emissão de CO²

Existem alguns métodos para calcular a emissão de CO² liberada na atmosfera. Entre eles, destacam-se três métodos pela sua aplicabilidade: Top-Down, Botton Up e Ntm.

Neste estudo de caso, usaremos o método Top-Down.

2.2.3 Método Top-Down

Este método baseia-se nas emissões de CO² tendo como item para cálculo o consumo de energia e os dados de produção não levando em conta a forma como a energia foi consumida. O Top-down é composto por seis passos, sustentados por cálculos da emissão real de CO². (Mattos, 2001):

  1. O 1º passo é usado para calcular o consumo de energia (CC), e é demonstrado pela equação:

       (1)[pic 1]

          Onde:

  • CC = Consumo de Energia em TJ;
  • CA = Consumo de combustível (m³);
  • Fconv = Fator de conversão da unidade física de medida da qualidade de combustível para tonelada equivalente de petróleo (TEF), com base no poder calorífico superior (PCS) do combustível. VER OS VALORES NA ANP do ano de 2015 ou o ultimo ano com os dados.
  • Fcorr = Para combustíveis sólidos e líquidos o Fcorr=0,95, conforme Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT.

  1. O 2º passo é calcular a quantidade de carbono (QC), que é determinada pela multiplicação do (CC), pelo Fator de Emissão de Carbono (Femiss) e por  , para se ter o resultado em gigagramas de carbono (GgC).[pic 2]

               (2)[pic 3]

  1. O 3º passo é calcular a quantidade de carbono fixado (QCF), ele é medido quando os combustíveis são usados para itens não energéticos, como por exemplo a fabricação de asfalto (Mattos, 2001). O calculo é feito na multiplicação do QC pela fração do carbono fixado (FCFix), parâmetro que varia de acordo com o combustível empregado.

                  (3)[pic 4]

  1. O 4º passo é o calcular as Emissões Líquidas de Carbono (ELC), que representa um balanço de massa entre o que existe de carbono no combustível menos a quantidade de carbono fixado em usos não energéticos (apresentado no passo 3). Esse cálculo é feito através da subtração da quantidade QC e quantidade QCF.

                                     (4)[pic 5]

  1. O 5º passo é fazer o cálculo das emissões reais de carbono (ERC). A ERC estabelece que nem todo carbono que existe no combustível será oxidado, por isso é necessário realizar a correção da emissão de carbono encontrada. Este fator de correção varia de acordo com o combustível utilizado. Por isso, a ERC é calculada pela multiplicação das emissões líquidas de carbono (ELC) pela fração de carbono oxidada (FCO) do combustível empregado.

                           (5)[pic 6]

  1. O 6º passo é realizar calcular as emissões reais de CO2 (ERCO²). Este cálculo é feito tendo como base a quantidade de carbono existente em uma molécula de CO². Por isso, são multiplicadas as emissões reais de carbono (ERC) pela razão do peso molecular do dióxido de carbono e do carbono.

                 (6)[pic 7]

                           

RENNER, Rosana Maria. Seqüestro de Carbono e viabilização de novos

reflorestamentos no Brasil. Disponível em://www.ufrgs.br/necon/2evavea(3).pdf. Acesso

em 04 de dezembro de 2008.

BAIRD, C. Química ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

YU, Chang Man. Seqüestro florestal de carbono no Brasil – dimensões políticas

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