ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ARGAMASSA POLIMÉRICA E ARGAMASSA CONVENCIONAL PARA ASSENTAMENTO DE BLOCOS E TIJOLOS
Por: gustavolaube • 20/11/2019 • Trabalho acadêmico • 2.636 Palavras (11 Páginas) • 288 Visualizações
TRABALHO DE PROJETO INTERDISCIPLINAR[pic 1]
INSTITUTO POLITÉCNICO – Centro Universitário UNA
TEMA: COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ARGAMASSA POLIMÉRICA E ARGAMASSA CONVENCIONAL PARA ASSENTAMENTO DE BLOCOS E TIJOLOS
Curso: Engenharia Civil
Autores: Gabriel Augusto de Souza Menezes Gustavo Enrique de Araújo Laube
João Victor Dutra Brandão Lúcio Henrique Batista Pinheiro
Professor PI Orientador: Gerson Amorim de Castro
Professores Co-orientadores:
Alexandra Regina Rainha de Almeida Maia Ricardo Antônio da Silva Rodrigues
Sérgio Augusto Rodrigues Alves Affonso
INTRODUÇÃO
Acredita-se que a argamassa surgiu na Pérsia antiga, onde era usada alvenaria de tijolos secos ao sol, com assentamento de argamassas de cal, entretanto seu desenvolvimento ocorreu no Império Romano, onde homens tiveram a ideia de misturar um material aglomerante, a pozolana (cinzas vulcânicas), com materiais inertes. Então, assim, este material vem sendo utilizado há mais de 2000 anos tanto para pavimentar as edificações, como para unir e revestir os blocos que formam as paredes e os muros das mesmas. Deste modo, com o avanço das tecnologias, vem sendo criado novos tipos de argamassas na qual pode se ter uma economia de tempo e dinheiro. Dentre estas, existe a argamassa polimérica, que é comercializada em estado pastoso e pronto para a utilização, sem necessitar a adição de água ou aditivos no momento da aplicação.
JUSTIFICATIVA
O avanço da tecnologia tem demandado não apenas a atualização profissional, como também a inovação nos produtos utilizados pela construção civil. As argamassas têm papel fundamental na execução de obras e, tal como qualquer
outro componente, estão sujeitas a inovações na produção ou no mercado. Além disso, segundo Silva et al. (2013), em termos ambientais, os impactos provocados ao longo dos anos pela indústria da construção civil são enormes. Dentre os principais poluentes destacam-se os grandes volumes de materiais de construção nos canteiros de obras, gerando elevado índice de resíduos nas áreas urbanas, salientando para os fins deste corpo escrito os resíduos provenientes de argamassas: cimento, cal e os agregados. Neste trabalho será apresentado um estudo exploratório e comparativo sobre a utilização e o comportamento mecânico de argamassas industrializadas ensacadas e argamassas poliméricas para assentamento e blocos de vedação.
OBJETIVOS
- OBJETIVO GERAL
O objetivo geral do trabalho é fazer um estudo comparativo entre a argamassa polimérica e a argamassa convencional, no âmbito de assentamento de blocos e tijolos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos deste trabalho são:
- Efetuar uma pesquisa de campo visando destacar o conhecimento de profissionais da área de construção civil referente à argamassa polimérica;
- Verificar a disponibilidade do material em Belo Horizonte;
- Avaliar financeiramente qual produto é mais viável;
- Resistência do produto.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Argamassa de assentamento tem por objetivo ser o elemento que une os blocos de uma parede ou muro. Segundo a NBR 13.281(2005), a argamassa polimérica é definida como “argamassa indicada para ligação de componentes de vedação (como blocos e tijolos) no assentamento em alvenarias com a função de vedação”.
Ramalho et al (2003, p.7) afirma que:
‘’A argamassa de assentamento possui as funções básicas de solidarizar as unidades, transmitir e uniformizar as tensões entre as unidades de
alvenaria, absorver pequenas deformações e prevenir a entrada de água e de vento nas edificações” (Ramalho et al, 2003 e p.7).
Aumentar a velocidade da mão de obra, reduzir custos, melhorar a resistência das paredes e ainda responder a um apelo ecológico. Nisso pensou a FCC ao ressuscitar uma fórmula dos anos de 1980 para criar a argamassa polimérica “Dundun”, inicialmente elaborada para a colagem de revestimentos cerâmicos. Segundo a empresa, a argamassa convencional se utiliza de 30 a 50 quilos por metro quadrado de parede construída, enquanto a inovação usa somente um quilo e meio. Além disso, a proposta é que a massa seja utilizada por qualquer pessoa, sem habilidades específicas. Por se valer de uma composição química diferente da tradicional, que não leva cimento, cal e areia, e sim é feita à base de resinas sintéticas e agregados minerais, o fator ecologicamente sustentável orgulha a empresa. Além disso, a resistência de colagem é superior por ser um material polimérico, ou seja, que tem certa flexibilidade (FUENTEFRIA; 2011).
Conforme a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção, 2011), a argamassa polimérica não utiliza cimento em sua composição, empregando assim polímeros, nanotecnologia e agregados minerais provenientes de rochas calcárias. A tecnologia desenvolvida aplica-se a sistemas de vedação vertical com blocos de concreto, tijolos e blocos cerâmicos, blocos de concreto celular auto-clavado, vedação de peças pré-moldadas, blocos sílico-calcário e tijolos de solo-cimento. As composições químicas das argamassas poliméricas de assentamento existentes no mercado variam, pois existem diferentes formulações, tipos, quantidades e qualidades de matérias primas empregadas na composição. Normalmente contém resinas sintéticas, cargas minerais e diversos aditivos com espessantes e estabilizantes, resultando em diferentes desempenhos mecânicos e durabilidade. A argamassa polimérica de assentamento é livre da emissão de gases poluidores e reduz o uso de areia na construção civil, diminuindo o impacto ambiental nos leitos de rios (SILVA; et al, 2013). Segundo o FCC (2013) as propriedades da tecnologia empregada são: acomodação das tensões, resistência à infiltração de umidade, resistência ao fogo, esforços transversais à alvenaria, acomodação de dilatações estruturais e isolamento acústico. A argamassa é indicada para obra de alvenaria de vedação e refratária. Ainda segundo a CBIC (2011), a argamassa polimérica atende a todos os requisitos da norma NBR 15.575 (2013), sua comercialização está focada
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