Educação Integral E Integrada

A Educação Integral no Brasil tem suas origens históricas, ainda que não exclusivamente, nos ideais democráticos do educador Anísio Teixeira, fundador da Escola Parque, em meados do século passado². A Escola-Parque era destinada a atender alunos em atividades de iniciação para o trabalho (para alunos de 7 a 14 anos), nas pequenas “oficinas de artes industriais” (tecelagem, tapeçaria, encadernação, cerâmica, cartonagem, costura, bordado e trabalhos em couro, lã, madeira, metal, etc.), além da participação dirigida em atividades artísticas, sociais e de recreação (música, dança, teatro, pintura, exposições, grêmios, educação física). O horário escolar se estendia por oito horas, divididas entre as atividades de estudo e as de trabalho, de arte e de convivência social.

Anísio Teixeira, um dos mentores intelectuais do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, pensando na implementação de um Sistema Público de Ensino para o país, propunha uma educação em que a escola “desse às crianças um programa completo de leitura, aritmética e escrita, ciências físicas e sociais, e mais artes industriais, desenho, música, dança e educação física, saúde e alimento à criança, visto não ser possível educá-la no grau de desnutrição e abandono em que vivia”. A importância de sua implantação como objetivos comuns entre as diversas esferas de governo e as políticas educacionais aonde, ideais iguais se concretizam.

A educação Integral surge para garantir uma qualidade de educação aos indivíduos, provendo a construção de conhecimento necessária para a inserção deste na sociedade. Institui uma nova visão às escolas como locais geradores de conhecimento, como ativos no processo de ensino/aprendizagem e como ferramentas de acesso à educação, de forma a dotar de organicidade o processo de ensino/aprendizagem em uma realidade que possibilitem ao educando situações, experiências, instrumentos e conceitos à construção sócia cognitiva da aprendizagem, que integra os diferentes saberes, espaços educativos, sujeitos e conhecimentos, ampliando a jornada escolar e criando possibilidades para uma nova organização curricular nas escolas públicas de educação básica, a partir da ampliação dos tempos e espaços de aprendizagem.

Nos anos 90, pronuncia-se com força legal através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBN/1996, que propõe de início uma educação com pelo menos quatro horas de aula, o Plano Nacional de Educação amplia a jornada escolar para pelo menos sete horas. Essas tentativas de ampliação da jornada escolar pretendem melhorar a qualidade do ensino em todos os espaços escolares. Os marcos legais que podem ser apontados são, a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente; LDB; Plano de Desenvolvimento da Educação; Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação; Plano Nacional de Educação e o Programa Mais Educação, todas essas ações viabilizam o melhor desempenho do processo de ensino e de aprendizagem por meio de atividades que envolvam o aluno enquanto ser ativo e participativo. O objetivo e o reconhecimento da necessidade de estabelecer acordos para que se alcance a educação de qualidade; trabalham com rigor metodológico e valorizam o ambiente escolar como sendo um conjunto compartilhado de percepções sobre os usos dos espaços e do tempo para organizar o processo de ensino e de aprendizagem, a fim de que todos tenham acesso à educação de qualidade por meio de atividades socioeducativas. Visando