Engenharia de tráfego - análise praça Gastão Vidigal
Por: Daniel Fernandes • 5/6/2020 • Trabalho acadêmico • 1.373 Palavras (6 Páginas) • 118 Visualizações
- INTRODUÇÃO
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(Google Street View – 2011)
A praça Gastão Vidigal (vulgarmente chamada de “Praça da Hípica” – por estar próxima à Sociedade Hípica de Bauru), sofreu grandes alterações no tráfego local e consequentemente nas adjacências pelo intenso aumento de trailers de lanche no local. A praça, que reúne milhares de pessoas nos finais de semana, não possuía estrutura para comportar tantas pessoas e o grande aumento do tráfego noturno. Além disso, os trailers que nela se instalaram, invadiram em 2,00 metros laterais as vias que delimitam a praça, reduzindo a mobilidade dos veículos que ali passam.
Assim sendo, abordaremos as características físicas, sociais e de planejamento que envolvem a praça a fim de analisar sua condição atual.
- ANÁLISE DO ESPAÇO URBANO
Escolheu-se de acordo com os critérios do trabalho, ou seja, escolher em um bairro, para estudo e análise, uma avenida (rua principal do bairro, corredor de comércio e serviços), uma rua local (trechos de 100 m no mínimo), que contenha uma praça.
Local escolhido: Para o estudo e análise foi escolhido na Vila Popular a Avenida José Henrique Ferraz entre a Rua Bolívia e Rua Paraguai no munícipio de Bauru – SP com trecho de 220 m aproximadamente.
Identificou-se através do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano:
LOCALIZAÇÃO E DIMENSÕES DA PRAÇA GASTÃO VIDIGAL
O presente estudo é direcionado a analisar quantitativa e qualitativamente os aspectos inerentes a praça Gastão Vidigal, localizada entre a Avenida José Henrique Ferraz, Rua Prof. José de Moraes Pacheco e Rua Nícola Constantino, na Vila Popular.
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Foto 1 – Localização da praça Gastão Vidigal.
A posição georreferenciada da praça possui de latitude 22°50’50’’ S e longitude de 49°05’44’’ W, possuindo elevação de 576 metros em relação ao nível do mar. Referente a dimensões, a praça de estudo possui perímetro total em torno de 500 metros, e área total de aproximadamente 11.000 m², que equivale a 1,1 hectare ou 2,72 acres.
PLANEJAMENTO URBANO
Basicamente, em Bauru não há a existência de UPs (unidade de planejamento), e como a maior parte das cidades do interior paulista, toda a parte de planejamento físico e orçamentário fica a cargo da secretaria de Planejamento e Urbanismo (SEPLAN), sendo esta responsável diretamente em coordenar as atividades ligadas ao planejamento orçamentário, urbanístico e administrativo, acompanhando e controlando o Plano Diretor Participativo, o qual envolve todas as ações e serviços executados por todas as secretarias, a mesma é comandada por Maurício Pontes Porto.
CLASSIFICAÇÃO DA AREA DE ACORDO COM A FUNÇÃO SOCIAL
“A elaboração do Plano Diretor Participativo de Bauru contou com uma equipe interna formada por funcionários da Prefeitura coordenados pela Arquiteta Maria Helena Carvalho Rigitano. O Grupo de Trabalho foi nomeado pelo Sr. Prefeito através do Decreto 10.039/05 e juntou-se a este o Grupo de Apoio com representação de todas as secretarias, pois a elaboração de um Plano Diretor requer equipe multidisciplinar com profissionais de todas as áreas”. O Plano Diretor Participativo, que tem como objetivo principal ordenar e formar estratégias para o uso e ocupação de solo, observando sua função social e uso da propriedade urbana para fins de desenvolvimento da região, salientando pontos importantes como:
- Realização das funções sociais da cidade e cumprimento da função social da propriedade.
- Priorizar o transporte público de passageiros.
- Garantir a acessibilidade e mobilidade.
- Participação da população no planejamento, decisões estratégicas e controle do desenvolvimento urbano.
Em Bauru, as zonas são separadas nas seguintes seções:
ZR1 - Parque Residencial; ZR2 - Zona estritamente residencial; ZR3 - Zona predominantemente residencial; ZR4 - Zona preferencialmente residencial; ZM - Zona mista; ZC - Zona predominantemente comercial; ZCC - Zona estritamente comercial; ZS - Zona predominantemente de serviços; ZI - Zona industrial; DI - Zona do Distrito Industrial; ZIU - Zona de interesse urbano; ZRU - Zona rural (Obs.: Alterada pela Lei 4126/96: Plano Diretor de Bauru); ZE - Zonas especiais, compreendendo:
- ZE-1/Terminal Rodoviário;
- ZE-2/Parque das Nações;
- ZE-3/Parque do Castelo;
- ZE-4/Reserva Florestal (Horto e Parque Ecológico);
- ZEXP-Zona de expansão urbana;
No caso da praça Gastão Vidigal, a mesma esta inserida em uma zona preferencialmente residencial, sendo está a ZR4.G, conforme mapa abaixo:
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Foto 4 – Mapa de delimitação para parcelamento de solo.
Por definição, as ZR4s são zonas destinadas unicamente ao uso residencial, institucional, comercial e de prestadoras de serviços, portanto, as atividades que geram grande impacto sonoro e no tráfego, devem ser desestimuladas nessas regiões.
Nestas regiões também é expressamente proibido a instalação de indústrias, pois estas podem causar grandes impactos ambientais.
DIRETRIZES URBANISTICAS
Na construção de novas edificações ou registro de novos lotes nas zonas preferencialmente residenciais (ZR4.G), as seguintes diretrizes urbanísticas devem ser seguidas (conforme plano diretor):
- Taxa de ocupação máxima de 0,75 (décimos);
- Coeficiente de aproveitamento básico deve estar entre 0,5 e 3;
- Área mínima do lote igual á 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados);
- Testada mínima do lote igual a 5 (cinco) metros lineares;
- Recuo frontal mínimo de 3 (três) metros lineares;
Abaixo consta tabela com resumo dos referidos coeficientes e valores.
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Tabela 1 – Valores da diretriz urbanística para a ZR4.G.
CLASSIFICAÇÃO DA AREA DE ACORDO COM O MACRO ZONEAMENTO
Conforme a lei complementar no 75, de 2006, que versa sobre o Plano Diretor Participativo, classifica as macro zonas em Macrozona Rural e Macrozona Urbana.
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