Estudo Dirigido de Manejo de Bacias Hidrográficas
Por: Magda75 • 1/6/2022 • Resenha • 1.472 Palavras (6 Páginas) • 169 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ- UFOPA
INSTITUTO DE BIODIVERSIDADE E FLORESTAS – IBEF[pic 1][pic 2]
DISCIPLINA MANEJO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
ENSINO REMOTO SEMESTRE 2021.2
DOCENTE: AMANDA FREDERICO MORTATI
DISCENTE: MAGDA DA SILVA COLÉ
ESTUDO DIRIGIDO
Questão 1. O que é o ciclo hidrológico e como funcionam seus principais componentes?
De forma conceitual, o ciclo hidrológico é o fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solar associada à gravidade e à rotação terrestre. Esse conceito está ligado ao movimento e à troca de água nos seus diferentes estados físicos, que ocorre na Hidrosfera, entre os oceanos, as calotes de gelo, as águas superficiais, as águas subterrâneas e a atmosfera. Este ciclo ocorre em sistema fechado, e dessa forma a água dentro do planeta vai sendo ciclada e reciclada através da transferência entre a superfície e a atmosfera, sem perdas e nem ganhos.
Neste ciclo, a água está em constante mudança e passa por todas as fases físicas (líquida, gasosa e sólida) e em todas as localidades, sendo a fase mais importante deste ciclo para o homem a fase líquida, em que ela está disponível para pronta utilização. Os fatores que impulsionam o ciclo hidrológico são a energia térmica solar, a força dos ventos, que transportam vapor d'água para os continentes, a força da gravidade responsável pelos fenômenos da precipitação, da infiltração e deslocamento das massas de água. Os principais componentes do ciclo hidrológico são a evaporação, a precipitação, a transpiração das plantas e a percolação, infiltração e a drenagem, escoamento superficial e subterrâneo, etc.
Dessa forma, esses componentes do ciclo hidrológico atuam da seguinte forma: Primeiramente ocorre a evaporação da água da água dos oceanos formando os vapores de água (evaporação), e sob determinadas condições esse vapor precipita na forma de chuva, neve, granizo, etc (precipitação), sendo que parte dessa precipitação não consegue atingir a superfície terrestre retornando para a atmosfera e outra boa parte atinge a superfície da terra, chega em lagos e oceanos (evaporação). Dessa precipitação que chega a superfície terrestre, um parte é interceptada pela cobertura vegetal (interceptação), onde uma parte evapora e outra escorre pelo solo, outra parcela de água infiltra sub-superficialmente (infiltração), a outra parte escoa até os corpos d’água mais próximos como rios e lagos (escoamento sub-superficial), e da quantidade que é infiltrada, uma parte percola atingindo os aquíferos (percolação), que escoam lentamente (devido ao regime de chuvas baixo) até rios e lagos (escoamento subterrâneo). Ainda quanto à parte da precipitação que atinge o solo, esta vai escoar superficialmente (escoamento superficial), sendo retida em depressões do solo, sofrendo infiltração, evaporação ou sendo absorvida pela vegetação, o “restante” do escoamento superficial segue para rios, lagos e oceanos, obedecendo a gravidade. A vegetação que retém água das depressões do solo e infiltrações, elimina vapor d’água para a atmosfera (transpiração), através do processo de fotossíntese e a água que alcança os rios, seja por escoamento superficial, sub-superficial ou subterrâneo, ou mesmo precipitação direta, segue para lagos e oceanos, governada pela gravidade, sendo que estes também devolvem água para o sistema por evaporação.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, D. F.; MELLO, J. L. P; SILVA, L. D. B. da. Irrigação e Drenagem. Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRRJ. Maio, 2007. Disponível em: Microsoft Word - lica.doc (ufrrj.br)
LIMA, W. P. Hidrologia Florestal Aplicada ao Manejo de Bacias Hidrográficas. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Departamento de Ciências Florestais. São Paulo: Piracicaba, 2008.
TUNDISI, J. G. Ciclo hidrológico e gerenciamento integrado. Ciência e Cultura, v. 55, n. 4, p. 31-33, 2003. Disponível em: Ciclo hidrológico e gerenciamento integrado (bvs.br)
Questão 2. Como a precipitação da chuva está relacionada com a vazão dos rios? Como esta relação se modifica em função do tamanho dos rios? (valor = 5,0)
Quando se trata de precipitação, rapidamente associa-se com a intensidade de chuvas que caem em uma certa região, e a vazão, no entanto, vem a ser o deflúvio ou escoamento dessa água em uma unidade de tempo.
A precipitação ao atingir o solo vai sendo armazenada em depressões do solo, e se infiltra até saturá-lo, e após isso o escoamento superficial aumenta seu fluxo. Tal escoamento passa a constituir a microrrede de drenagem, formando pequenos canaletes de água que procuram seguir caminhos preferenciais no solo, levando em consideração a topografia (relevo), presença de obstáculos, como rochas, raízes, plantas, etc, sob a ação da gravidade, formando pequenos cursos d’água, os córregos, que também irão confluir uns aos outros até alcançarem os rios.
Quando ocorre o período de estiagem, época em que a precipitação é reduzida, a água do solo percola lentamente na direção do aquífero, o qual alimenta o fluxo base da microbacia, e isso significa dizer que o rio está sendo alimentado quase praticamente por escoamento subterrâneo, com vazão mais lenta, sendo a velocidade e profundidade diminuída. Mesmo que os rios e igarapés sejam alimentados pela água dos lençóis freáticos, os igarapés possuem configuração diferente dos rios, e por isso quase não sentem a mudança no regime de chuvas devido a sua extensão ser menor que de um rio, ainda que seja um rio de pequena extensão e um rio de grande extensão. E pelo fato dos lençóis freáticos absorverem o máximo de água no período chuvoso, os igarapés garantem seu regime de água na época de escassez de chuva, por meio do escoamento subterrâneo.
Em contrapartida, quando a precipitação (regime de chuvas) aumenta e excede a evaporação, nesse instante, decresce a taxa de infiltração, que passa a ser inferior à precipitação aumentando o escoamento superficial, e a água que está em excesso escoa sobre a superfície da terra, ocasionando aumento da vazão. Dessa forma, os rios passam a serem alimentados não apenas por escoamento subterrâneo, mas também pelo escoamento superficial, além da precipitação que cai diretamente sobre o rio, mas que é geralmente desprezível. De certa forma, ao iniciar o período chuvoso, não basta chover apenas uma vez para que ocorra escoamento superficial, devendo ocorrer ainda precipitações antecedentes, pois, uma vez que, o solo já esteja úmido devido a chuvas anteriores, maior será a porção escoada. Mediante a isso, começamos a observar mudança na configuração dos rios, se tratando de aumento na sua profundidade e velocidade, que varia em rios que tem maiores extensões por terem esse processo ocorrendo de forma mais lenta, e os igarapés, com profundidade e extensão menor, transborda de forma imediata.
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