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Estudo Sobre o Mercado do Niquel no Brasil

Por:   •  13/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  4.798 Palavras (20 Páginas)  •  164 Visualizações

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Universidade Federal de Minas Gerais[pic 1][pic 2]

Departamento de Engenharia de Minas

Níquel

Matheus Gonçalves Peixoto da Silva

Professor:         Michel Melo Oliveira

Trabalho apresentado à disciplina de Avaliação Econômica como parte dos processos avaliativos da Disciplina

Maio – 2019

Sumário

1        Introdução        3

2        Reservas de Níquel        5

3        Depósitos de Níquel;        6

3.1        Características dos Depósitos Sulfetados        6

3.2        Características dos Depósitos Lateríticos        7

4        Exemplos de jazidas brasileiras e suas características geológicas        8

4.1        Niquelândia, GO        8

4.2        Canaã dos Carajás        10

5        Minas        12

5.1        Complexo Buriti/Niquelândia        12

5.2        Complexo de Barro Alto/Niquelândia        12

5.3        Complexo de Fortaleza de Minas        13

5.4        Mina Santa Marta        13

6        Cenário Econômico da Mineração de Níquel no Brasil        15

6.1        Visão Atual        21

7        Utilização        22


  1. Introdução

Níquel é um elemento químico de símbolo Ni, número atômico 28 (28 prótons e 28 elétrons) e de massa atômica 58,7 uma. É um elemento de transição localizado no grupo 10 (8 B) da Classificação Periódica dos Elementos. Classifica-se como um metal, encontra-se no estado sólido à temperatura ambiente.

O níquel está presente em nosso corpo em pequena quantidade, cerca de 1 mg em uma pessoa de peso médio. O metal se relaciona ao crescimento e a estimativa é que consumimos 150 mcg de níquel por dia. Os vegetais que contém a enzima uréase, como por exemplo, vagem e feijão, são as principais fontes.

Pode ser encontrado em minerais como nicolita (NiAs), pentlandita ((Fe, Ni)9S8), pirrotita (Fe, NiS) e garnierita ((Ni, Mg)6(OH)6Si4O10.H2O).

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Os primeiros registros de uso do níquel pelo homem foram observados na composição de moedas japonesas de 800 anos a c., nas gregas de 300 anos a c., e em armamentos de 300 ou 400 anos a. c.. Remonta aproximadamente ao século IVa.c., manuscritos chineses sugerem que o “cobre branco” era utilizado no Oriente desde 1400-1700 a.c., entretanto a facilidade de confundir as minas de níquel com as de prata induzem a pensar que, o uso do níquel foi posterior, a partir do século IV a.c. A sua aplicação industrial em larga escala aconteceu no fim do século XIX, quando foram descobertos relevantes depósitos minerais de níquel no Canadá .

O níquel se destaca na melhora das propriedades da maioria dos metais e ligas a que se associa. São mais de três mil ligas oferecidas pelo níquel e que são utilizadas na indústria ou de forma doméstica. Metade dessa produção é utilizada em ligas de ferro. Atualmente, aproximadamente 65% do níquel consumido é empregado na fabricação de aço inoxidável e outros 12% em superligas de niquel. O restante 23% é repartido na produção de outras ligas metálicas, baterias recarregáveis, reações de catálise, cunhagens de moedas, revestimentos metálicos e fundição. As principais aplicações deste metal na indústria são para fabricação de aços de resistência mecânica, e nas ligas metálicas.

Os minérios de níquel podem ser sulfetados (primários) ou lateríticos (oxidados). Os minérios lateríticos constituem a principal fonte de Ni desde o final do Séc. XVIX, quando foram descobertos os primeiros depósitos na Nova Calcedônia. Os sulfetados passaram a dominar o mercado a partir do século XX com a descoberta dos depósitos de Sudbury, Canadá, possuem em sua composição, além do níquel, sulfetos de cobre, cobalto e ferro, assim como alguns metais valiosos (platina, prata e ouro). No Brasil apesar de em Fortaleza de Minas – MG produzir níquel de minério sulfetado, a maior parte da produção atual, e a quase totalidade dos projetos em implantação no Brasil, são desenvolvidos sobre minério laterítico.

Com o níquel encontrado em dois tipos radicalmente diferentes de minério, não é de surpreender que os métodos de mineração sejam diferentes. Depósitos de sulfeto são geralmente extraídos por técnicas subterrâneas de maneira similar ao cobre, embora alguns depósitos tenham sido extraídos usando Open Pit nos estágios iniciais. A mineração de lateritos é basicamente uma operação de movimentação de terra, com pás grandes, draglines e carregadeiras extraindo os estratos ricos em níquel e descartando grandes pedras e resíduos. O minério é carregado em caminhões, como seria o caso no Open Pit, e transportado para a smelter.

  1. Reservas de Níquel

É possível notar que as reservas notáveis de Ni pelo mundo estão distribuídas principalmente em 13 países. Geralmente apresentam valores de teor superior a 1%. No Cenário mundial se destacam o Brasil, a Australia, a Nova Caledônia e a Russia, como as quatro nações com as maiores massas em reservas provadas, a imagem 1 representa esses dados. Houve uma queda na quantidade total das reservas mundiais entre 2016 e 2017 devido a uma complicação governamental em Nova Caledônia, o que fez com que o depósito não fosse mais considerado como reserva e sim recurso.

[pic 9]

Imagem 1 – Reservas mundiais de Ni

Fonte: USGS, 2017

No cenário brasileiro se destacam as cidades de Niquelândia(GO), Barro Alto(GO), Canaã dos Carajás(PA) como reservas atualmente exploradas Itagibá(BA) e Fortaleza de Minas(MG) que no momento estão paralisadas por questões econômicas, além das cidades de São Felix do Xingu(PA), Comodoro(MT), Montes Claros de Goiás(GO) e Conceição do Pará(PA) que apresentam reservas provadas necessitando de estudos complementares e licenças ambientais para inicio das atividades minerárias. A imagem 2 representa a localização das principais reservas brasileiras no território brasileiro.

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