CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE BRASIL E COLÔMBIA
Por: Nadyne Alencar • 14/7/2021 • Artigo • 4.878 Palavras (20 Páginas) • 169 Visualizações
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CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE
BRASIL E COLÔMBIA1
NADYNE PEREIRA DE ALENCAR ARAÚJO
(Graduanda no Curso de Pedagogia - Licenciatura pela Universidade Federal de Sergipe - UFS)
nadyne.alencar@hotmail.com
Bolsista CNPq
MARIA BENIGNA SANTOS DE JESUS
(Graduanda no Curso de Ciências Biológicas - Licenciatura pela Universidade Federal de Sergipe – UFS)
benignasantos123maria@gmail.com
Bolsista CNPq
CARLOS ALBERTO VASCONCELOS
(Prof. da Universidade Federal de Sergipe e Orientador da Pesquisa. Líder do grupo de estudos e pesquisas em formação de professores e tecnologias da informação e comunicação – FOPTIC/CNPq/UFS) geopedagogia@yahoo.com.br
RESUMO
A presente investigação com abordagem qualitativa desenvolveu-se em escolas do ensino fundamental ou equivalente, tendo como objetivo principal analisar concepções e práticas sobre Educação Ambiental (EA) no Brasil e na Colômbia. Os dados foram coletados a partir de questionário semiestruturado, com estudo de caso e método comparativo, buscando entender como os professores estão praticando a Educação Ambiental nas escolas nos países investigados. O referencial teórico foi embasado em autores como Talamoni (2018), Marques (2014), Layrargues (2018), Reigota (2006), os PCN, a BNCC, entre outros. Na conclusão, enfatizamos a importância de uma formação que envolva a EA, a necessidade de políticas públicas, indicamos a concepção adotada em cada país, assim como apresentamos possíveis soluções para os problemas que foram elencados no decorrer da pesquisa.
Palavras Chave: Educação Ambiental; Concepções de Professores; Prática Pedagógica.
ABSTRACT
The present research with a qualitative approach was developed in elementary schools or equivalent, with the main objective to analyze conceptions and practices about Environmental Education (EE) in Brazil and Colombia. Data were collected from a semi-structured questionnaire, with a case study and comparative method, seeking to understand how teachers are practicing Environmental Education in schools in the countries investigated. The theoretical framework was based on authors such as Talamoni (2018), Marques (2014), Layrargues (2018), Reigota (2006), os PCN’s, a BNCC, among others. In conclusion, we emphasize the importance of training that involves AE, the need for public policies, the concept adopted in each country, as well as presenting possible solutions to the problems that were listed during the research.
Key words: Environmental Education; Teachers' Conceptions; Pedagogical Practice.
INTRODUÇÃO
A relação do homem com o espaço natural é pensada desde a Antiguidade, de tal forma que já se acreditava que o ser humano seria parte da natureza e deveria utilizá-la a fim de realizar-se em sua vida. Mas, com o passar dos séculos, foram acarretados inúmeros problemas ambientais, principalmente pela negligência e ganância frente a uma enorme quantidade de recursos disponíveis ou mesmo por pouca informação do homem, que não pensou na necessidade de cuidados em sua relação com o meio, desencadeando uma intensa crise socioambiental, diante da qual tornou-se imprescindível discutir meios para sua resolução e promoção de políticas públicas em todo o cenário mundial.
Com essa premissa, emerge o conceito de Educação Ambiental (EA), que tem tido uma crescente evolução de significado ao longo dos tempos. No início assumia um caráter mais naturalista, atualmente, adota uma postura mais crítica que evidencia a importância e a necessidade de mudanças cada vez mais urgentes frente ao surgimento de problemas socioambientais que ameaçam a vida no planeta e a relação que o homem estabelece com o meio em que vive, pois a EA surge como um desafio para mudar as formas de agir e de pensar em torno da questão ambiental, apresentando-se ainda como uma estratégia importante na formação de indivíduos mais participativos e atuantes na construção de uma sociedade justa e ambientalmente sustentável.
Antes a Educação Ambiental era considerada monolítica. No final do século XX, passou a ser entendida como plural, ao passo que os educadores ambientais notaram que, da mesma forma que existem várias concepções acerca da educação, sociedade, política e natureza, também podem existir outras concepções de EA.
A partir desse período, começou a acontecer a classificação e diferenciação das concepções ambientais baseadas nos contextos sociais e nas mudanças ao longo dos anos. Ao analisarmos os propósitos da EA, sejam eles culturais, saberes e práticas, notamos que apresentam originalidade e características próprias do campo ambiental. É justamente por sua originalidade e suas multifacetas que podemos dizer que ela está presente em várias instituições e possui autores das mais diversas áreas, todavia as instituições e autores podem apresentar concepções ambientais e abordagens diferentes.
Dessa forma, a EA trabalha com a formação de indivíduos críticos, independentes e com bons valores sociais e ambientais. Numa visão conservacionista, podemos dizer que ela chegou para mudar a forma de nos relacionarmos com o outro e com a natureza. Além disso, a EA apresenta vários objetivos para desenvolver nos sujeitos habilidades e consciência social e ambiental, entre eles estão o objetivo da conscientização e do conhecimento partindo do campo da ciência, fonte que pode despertar nas pessoas o desejo de aprender.
Assim, as questões ambientais têm sido discutidas com maior intensidade a partir da década de 70. Durante esse tempo, houve grandes avanços no campo educacional com a inserção da EA no currículo, ainda que em forma de tema transversais. Isso possibilitou, com o passar dos anos, uma formação de professores com mais conhecimento sobre a temática. No entanto, é preciso sempre aperfeiçoar as práticas dos professores e, além disso, trabalhar as concepções baseando-se em pesquisas e fatos concretos, pois é a partir das concepções ambientais dos professores que serão construídos os valores dos sujeitos pertencentes de uma sociedade cada vez mais consumista.
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