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Por:   •  5/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.255 Palavras (10 Páginas)  •  175 Visualizações

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Microeconomia 1: Prova Bimestral

  • Mercados: A teoria microeconômica é dedicada às interações (comportamento) entre consumidores e produtores em um determinado mercado. As unidades de consumo são representadas pelos indivíduos e/ou famílias e as unidades de produção são as empresas, suas respectivas produções e custos e a geração e preços dos bens, serviços e fatores produtivos.
  • Função de demanda: a função de demanda relaciona as “quantidades demandadas” por um bem e cada “nível de preço”, de forma inversa (à oferta). Essa função expressa os desejos dos consumidores (agente da função) de adquirir um bem dado alguns fatores.
  • Os fatores determinantes da demanda são: preço, pois de acordo com a lei da demanda, quanto maior o preço de determinado produto em um mercado, menor a demanda por esse produto ( e vice-versa), renda do consumidor, pois, no caso de bens superiores e normais, quanto maior a renda dos consumidores, maior será a demanda por esses produtos no mercado e menor será a demanda por bens inferiores (como carne de segunda, carros populares etc).
  • Bens substitutos: se o aumento do preço de um bem aumentar a demanda por outro bem, esses bens são chamados de substitutos, ou seja, consome-se um ou outro; o consumo de um pode substituir o consumo de outro. Por exemplo: a manteiga e a margarina, o transporte por trem e por avião etc.
  • Bens complementares: se o aumento do preço de um bem ocasionar a queda de demanda por outro bem, esses bens são chamados de bens complementares. Esses são, geralmente, consumidos conjuntamente. Por exemplo: o pão e a manteiga, a gasolina e o automóvel, etc.
  • Função de oferta: a função de oferta relaciona positivamente a variável “preço” e a variável “quantidade ofertada”. Essa função expressa o desejo/necessidade do produtor (agente da função) de levar seus produtos para a venda nos mercados. Quando os preços estão mais elevados no mercado, existe maior possibilidade de os produtores, de custos diferentes, determinarem o preço de seus produtos.
  • Quantidade ofertada: a quantidade ofertada individualmente é a quantidade do bem que o produtor quer ou pode oferecer no mercado e a quantidade ofertada de mercado é a quantidade do bem que um conjunto de produtores oferece. O “esquema de oferta” é um quadro que relaciona as quantidades ofertadas aos preços praticados.
  • Lei da oferta: Coeteris paribus (“mantidas inalteradas todas as outras coisas”-utilizado para fazer uma analise de mercado da influencia de um fator sobre outro, sem que as demais variáveis sofram alterações), a lei da oferta diz que as variáveis positivas nos preços correspondem a variações positivas nas quantidades ofertadas.
  • Função de oferta individual:  é uma expressão matemática que relaciona a quantidade ofertada individualmente e os preços praticados. Essa relação é direta, pois o aumento do preço praticado gera o aumento da quantidade ofertada (e vice-versa).
  • Os fatores determinantes da oferta são: o preço, pois quanto maior o preço praticado, maior a quantidade ofertada (a variação do preço se da com o deslocamento ao longo da função de oferta), os preços dos insumos, pois o aumento do custo desses desloca a função de oferta na vertical (diminuição dos custos dos insumos desloca a função de oferta para baixo), a tecnologia, pois a tecnologia, seja maquinas, ferramentas, equipamentos ou melhores insumos, permite substituir uma parcela da mão-de-obra, então o aumento da tecnologia proporciona a redução de custos, deslocando a função para direita e para baixo (redução de custos, aumento da oferta) e as expectativas, pois dependendo da expectativa, a oferta aumenta ou diminui (ex: verão muito quente aumenta a oferta de sorvete).
  • Equilíbrio de mercado: os custos totais são compostos de custos fixos mais custos variáveis. Os custos variáveis (que variam de acordo com a quantidade produzida) de um produtor são: matéria prima, energia, impostos, trabalho e os fixos (que não variam) são: aluguel, seguros, propaganda. Os custos totais marginais são os custos variáveis marginais mais os custos fixos marginais. A função de oferta é mais inclinada porque os custos marginais são crescentes, então o custo para produzir unidades a mais é crescente.
  • Curto prazo e longo prazo dependem do tipo de produção (produto). Curto prazo: decisão de produção; ocupação da capacidade produtiva, quanto de matéria prima, quanto de energia etc. Longo prazo: decisão de investimento, ampliação ou redução, decisão de saída ou entrada em um ramo; horizonte de planejamento.
  • O ponto de equilíbrio, quando se analisa a curva de oferta e a curva de demanda em conjunto, é representado por coordenadas que pertencem a ambas as funções (oferta e demanda). Portanto, é o ponto onde ambas se interceptam. O sentido econômico desse ponto é que, (1) a esse nível de preço, os consumidores estão satisfeitos e os produtores ofertam todo o nível de produto que desejam/podem e (2) o preço de equilíbrio é aquele capaz de compatibilizar os desejos e possibilidades dos consumidores (expressos na função de demanda) com as possibilidades dos produtores em ofertar os bens/serviços em questão (expressas na função de oferta). Obs: Equilíbrio parcial estuda um mercado isolado e equilíbrio total estuda todos os mercados.
  • Excesso de oferta: supondo que o preço praticado seja maior que o preço de equilíbrio, a quantidade ofertada é maior do que a quantidade demandada. Assim, o produtor não consegue escoar a produção, então o preço cai. Na medida em que esse excesso pressiona pela baixa dos preços, há uma convergência das quantidades demandadas e ofertadas.
  • Excesso de demanda: supondo que o preço praticado seja menor do que o preço de equilíbrio (ou preço competitivo), então a quantidade demandada é maior do que a ofertada. Há pressão de demanda sobre o nível de preço praticado, que, portanto, é aumentado.
  • Fatores de produção: matéria prima, bens de capital, trabalho.
  • Função de produção: relação que mostra qual a quantidade de produto obtida, com base na quantidade utilizada dos fatores de produção.
  • Função produto total: indica a quantidade do produto que se obtém da utilização do fator variável, mantendo-se fixa a quantidade dos demais fatores (fatores fixos). O produto depende do fator variável, e, irá se modificar em função de cada nível em que for fixado o fator fixo. Existe certa proporção de combinação entre o fator fixo e o variável, pois, à medida que se incrementa o nível de utilização do fator fixo, reduzem-se as quantidades de fator variável na função. Insumo fixo: não importa a quantidade, ela é sempre a mesma (ex: terra), insumo variável: trabalho. Exemplo: numero de trabalhadores em certa extensão de terra.
  • Lei dos rendimentos decrescentes: aumentando-se a quantidade de um fator variável, permanecendo a quantidade dos demais fixa, a produção, inicialmente, crescera a taxas crescentes; a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variável, passará a crescer a taxas decrescentes; continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção decrescerá.
  • Elasticidade: medida de sensibilidade dentro de uma relação funcional da variável dependente com a variável independente, ou seja, a mudança de uma variável dependente provoca mudança na variável independente, coeteris paribus. Quanto menos inclinada for a função de demanda, será mais sensível à variação de preço.
  • Elasticidade-preço da demanda: trata-se da medida da sensibilidade da quantidade demandada quando o preço do produto sofre variações (percentuais). Essa elasticidade traduz a sensibilidade de demanda individual (bem ou serviço que um consumidor deseja adquirir) ou de mercado por certo produto. A demanda de mercado é muito mais sensível do que a demanda individual (curva menos inclinada), e dois fatores que influenciam a maior sensibilidade da demanda de mercado são: gostos ou preferências dos consumidores e rendas individuais.
  • Existem demandas relativamente inelásticas, na qual o aumento do preço do produto no mercado não gera variação na demanda desse produto. Um exemplo de demanda de mercado bastante preço-inelástica  é o mercado de bens e serviços de caráter essencial como remédio e gasolina. Uma demanda de mercado extremamente inelástica é a de drogas, tabaco e álcool.
  • Elasticidade-renda da demanda é a medida de sensibilidade da variação percentual da quantidade demandada de um bem quando se varia a renda do consumidor. Normalmente, quando se tem aumento da renda, se espera que aumente a quantidade demandada de qualquer bem. Entretanto, a elasticidade-renda de bens inferiores será negativa.
  • Elasticidade da oferta: mede a variação da oferta quando ocorre a variação dos preços do produto ou serviço. Ao contrário da elasticidade da demanda, a elasticidade da oferta é positiva. Isso ocorre porque as variações de preço e quantidade ofertada são no mesmo sentido. Ao aumentar o preço, aumenta a quantidade oferecida.
  • Concorrência perfeita: é uma estrutura ideal para descrever o funcionamento econômico de uma realidade complexa. Descreve um mercado com elevado número de compradores e vendedores, em que nenhum participante tem tamanho suficiente para ter o poder de mercado para definir o preço de um produto homogêneo. As condições para que um mercado possa ser considerado de concorrência perfeita são:
  • Atomicidade: a existência de um elevado número de compradores e vendedores faz com que nenhum deles tenha capacidade de fixação de preço.
  • Os indivíduos são “price-takers”, pois tem de vender ao preço que prevalece no mercado: se o vendedor colocar um preço mais elevado do que o de seus concorrentes para um mesmo produto, nenhum consumidor comprará; e se tentar vender a um preço mais baixo, sofrerá prejuízo, o que será inviável em longo prazo. Uma firma “price-taker” pode alterar seu ritmo de produção e venda sem afetar o preço de mercado de seu produto; ela enfrenta uma curva de procura totalmente elástica.
  • Homogeneidade do produto: os produtos são substitutos perfeitos entre si; dessa forma, não pode haver preços diferentes no mercado, pois o consumidor compara e faz a sua escolha.
  • Conhecimento perfeito (transparência de mercado): existe informação completa sobre o preço do produto.
  • Decisões dos agentes são independentes
  • Livre mobilidade de fatores de produção (capital e trabalho). A entrada e saída de firmas no mercado, ou mudança de ramo, são livres, não havendo barreiras. Isso permite que firmas menos eficientes saiam do mercado e que nele ingressem firmas mais eficientes.
  • Concorrência perfeita no curto prazo: horizonte de decisão de produção . A firma ocupa uma capacidade produtiva, ou seja, tem decisão sobre a quantidade de produção, mas não sobre o preço, o qual é dado pelo mercado. A firma é adimensional, ou seja, não influencia o preço do produto no mercado. A função da demanda é infinitamente elástica (horizontal); a demanda é hipersensível a variação de preço. Na concorrência perfeita, o produtor individual escolhe seu nível de produção para o qual sua demanda equaliza sua oferta, onde o preço é igual ao custo marginal. O lucro é máximo quando o lucro marginal é zero.
  • Concorrência perfeita no longo prazo: o longo prazo de uma firma é o horizonte de planejamento, no qual ela toma decisões sobre investimento e, portanto, visa ampliar a capacidade produtiva, investir em novas plantas, entrar em novo setor, sair de um setor onde a firma operava inicialmente, encerrar suas atividades.
  • A curva de custo marginal a longo prazo surge a partir da seguinte lógica: primeiramente, se considera pelo menos 3 possibilidades de escala produtiva, associadas as três plantas: para uma dimensão muito pequena, o custo marginal é elevado, para uma planta média, os custos marginais são intermediários e, em plantas grandes, os custos marginais são baixos. Depois, tomando todas as possibilidades de escalas intermediárias de produção entre as plantas pequena, média e grande, tomam-se seus respectivos pontos de mínimo como “lugar geométrico” da curva envoltório. E, em terceiro, surge a curva marginal, que representa os pontos de mínimo das infinitas plantas produtivas, associando ao aumento da escala produtiva, um certo comportamento dos custos médios.
  • Economia de escala: fenômeno que relaciona custos unitários menores (de longo prazo) a plantas produtivas de escala progressiva (tamanho), ou seja, o custo médio do produto diminui por meio do aumento da quantidade produzida. À medida que o produto cresce, o custo médio da produção tende a cair, pelo menos até certo ponto. Isso pode acontecer porque operando em maior escala os funcionários podem se especializar em trabalhos específicos, a administração tem mais flexibilidade e os insumos podem ser obtidos por menor preço em grandes quantidades. Após certo ponto, esse custo médio tende a aumentar junto com a produção, pois os funcionários podem não se adaptar mais, fica mais complexo administrar em escalas muito grandes e já não se pode negociar mais os insumos a preços menores. O Caminho da expansão não é uma linha reta. Dizemos então que uma empresa apresenta Economia de Escala quando ela é capaz de dobrar sua produção com menos que o dobro do custo médio. E a empresa operará em Deseconomia de escala quando dobrar sua produção com mais que o dobro do custo médio. Algumas explicações econômicas para a economia de escala são: aumento da mecanização de processos produtivos, melhor qualidade profissional, uso de tecnologias de informação e comunicação, gestão da oferta de produtos, logística, relações com fornecedores, ganhos e retornos crescentes da publicidade e marketing institucional.
  • A regra da maximização de lucro da firma no curto prazo é: custo marginal=receita marginal=preço. A firma não pode definir o preço; ela decide apenas a quantidade que produzirá para maximizar o lucro.
  • A empresa que oferta em concorrência perfeita não tem lucro; tem uma remuneração de capital. Todos os fatores de produção estão sendo remunerados a uma taxa normal. O lucro normal é suficiente para manter a empresa de tal modo que não facilite os entrantes no mercado e não deixe a empresa sair do mercado.

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