FÍSICA DA RADIAÇÃO
Tese: FÍSICA DA RADIAÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: felieeeeepeeeeq • 6/5/2014 • Tese • 1.506 Palavras (7 Páginas) • 194 Visualizações
.1.1 - FÍSICA DAS RADIAÇÕES
O átomo é uma complexa combinação de componentes ainda menores. A bem da
simplicidade, se constrói uma configuração esquemática para o átomo, chamado
modelo. O modelo que geralmente pode ser usado para representar o átomo, é o
sistema solar em miniatura. Essencialmente o átomo consiste de um núcleo (a
semelhança do sol) bastante pequeno, com carga elétrica positiva, e onde
está a maior parte da massa do átomo. Ao redor desse núcleo está uma
configuração de partículas com carga elétrica negativa, denominada elétrons
(7).
2.1.1.1 - O NÚCLEO E SUAS RADIAÇÕES
Uma das primeiras descobertas após a identificação dos elétrons, foi a dos
Raios-x por Roentgen em 1895. Essa tem sido considerada a pedra fundamental
na estrada que leva a física de nossos dias (3).
Roentgen observou a produção de um novo tipo de radiação quando um feixe de
elétrons incidia num alvo sólido.
Ao investigar suas propriedades, verificou que atravessava substâncias como
vidro, papel e madeira, e chamou esses raios de raios-x (3).
Raios-x produzem ionização dos gases que atravessam, apresentam trajetória
retilínea, e não se desviam pela ação de campos elétrico e magnético, não
sendo então constituídos por partículas carregadas. Eles sofrem reflexão,
refração e difração , sendo isso prova convincente de que consistem de
radiação eletromagnética como a luz, porém com comprimento de onda menor
(3).
Em 1896, o físico francês Henri Becquerel investigou o relacionamento entre
raios X e o escurecimento de filmes fotográficos, através de materiais
compostos de urânio. Uma parte desse sal de urânio foi colocada numa gaveta
com placas fotográficas virgens. Após a remoção dos filmes, becquerel
observou que eles tinham sido exposto, embora ainda estivessem embalados em
papel a prova de luz. Ele então sugeriu que o urânio emitia uma energia, que
após penetrar a camada de papel, ainda era capaz de escurecer as placas
fotográficas. Ele se referiu a essa energia como radiação ativa. Em 1898,
Marie Curie voltou sua atenção a esse novo fenômeno, e lançou o termo
radioatividade para descrever essa forma de energia. Já em 1904, cerca de 20
elementos naturalmente radioativos eram conhecidos. Apesar de muitos
pesquisadores terem estado envolvidos no processo de entendimento do
fenômeno radioativo, as contribuições mais significativas durante os
primeiros 30 anos do século 19 foram feitas por Ernest Rutherford e seus
colaboradores (5).
Esses experimentos descobriram que a radioatividade tem algumas propriedades
interessantes: escurece filmes, ioniza gazes, produz cintilação (flashes de
luz) em certos materiais, penetra na matéria, mata tecido vivo, libera
grande quantidade de energia com pequena perda de massa, e não é afetada por
alterações químicas e físicas no material que está emitindo. Esta última
característica é de particular importância, já que se a radioatividade é
suposta ser originada dentro do átomo, e se ela não é afetada por alterações
químicas, então ela não deve ser associada aos elétrons, pois, estes estão
envolvidos nas reações químicas. Isso sugere que a radioatividade se origina
no núcleo, e que deve ser possível a obtenção de informações sobre ele
através de seu estudo (5).
A análise da radioatividade começa com uma consideração sobre sua natureza.
Ela é uma onda (como a luz) ou uma partícula? Tem carga elétrica ou não tem?
A experiência que revela mais completamente a natureza da radioatividade é
aquela em que a radiação é dirigida através de um campo elétrico produzido
por duas placas paralelas carregadas. O resultado dessa experiência é
surpreendente. Um único feixe de radiação é desdobrado em 3 pela ação do
campo. A deflexão (desvio) em direção à placa carregada negativamente indica
um feixe carregado positivamente , e a direção a placa positiva indica um
feixe negativamente carregado. O feixe que não se desvia não tem carga.
Desde que a natureza desses 3 feixes não era conhecida naquela época, eles
foram simplesmente identificados como raios alfa (carga positiva), raios
beta (carga negativa) e raios gama (carga nula) (5).
Experiências posteriores revelaram que os raios gama são os mais
penetrantes, enquanto os raios alfa são os de menor penetração. A natureza
exata de cada um desses 3 tipos de radiação somente foi conhecida muitos
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