Geração de Energia elétrica no Brasil

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL, EM ESPECIAL NA REGIÃO SUL

Rafaell Soares Borba

Engenharia Mecânica – Universidade Feevale

RESUMO

Este documento apresenta informações sobre a geração, distribuição, consumo, e fontes de energia no território brasileiro, com enfoque maior na região sul do país. As informações aqui dispostas são baseadas nos dados fornecidos pela Eletrobrás, pelo governo do estado do Rio Grande do Sul e pelo BNDES.

Palavras-chave: Geração, distribuição, hidrelétrica, termelétrica, eólica.

A ESTRUTURA DE ENERGIA ELÉTRICA NA REGIÃO SUL E NO BRASIL

No brasil, temos como principal fonte de energia a energia gerada pelas usinas hidrelétricas, seguida pelas usinas termelétricas.

A energia hidrelétrica é muito conveniente no Brasil devido a sua riqueza de rios com grandes desníveis. Entao em alguns destes grandes rios são instaladas represas para controlar a água e aproveitar sua energia para girar as turbinas geradoras, gerando assim energia elétrica de maneira limpa e econômica.

A usina de Itaipu, no rio Paraná, é a segunda maior usina hidrelétrica do mundo em potência instalada, com 14 mil megawatts de capacidade de geração, e é um exemplo das usinas que detemos no nosso país, apesar de ser dividida com o Paraguai, ela é muito importante para o país.

A energia termelétrica é uma solução para regiões com poucos recursos hidrográficos, mas com boas reservas de combustíveis, pois ela utiliza a energia da combustão para girar os turbogeradores.

Como as usinas são construídas, geralmente, longe dos grandes centros de consumo, a energia tem que viajar longas distâncias, através de um complexo sistema de transmissão. Saindos das usinas a energia é conduzida por cabos aéreos, revestidos por camadas isolantes e fixados em grandes torres de metal. Esse conjunto de cabos e torres pode ser chamado de rede de transmissão. Durante o caminho ainda temos isolantes de vidro ou porcelana que impedem que ocorram descargas elétricas durante o trajeto da corrente. Ao longo do caminho temos as subestações transformadoras de tensão, pois a energia é transmitida em alta tensão, para que haja menor perda, e para ser consumida, deve ser reduzida esta tensão. Entao a partir das subestações formam-se outras redes de distribuição por cabos aéreos ou subterrâneos, chegando até os transformadores dos postes e posteriormente aos consumidores.

O sistema de transmissão brasileiro é considerado o maior do mundo e mantem o pais inteiro interligado eletricamente, permitindo o intercâmbio de energia elétrica entre as regiões brasileiras.

Apesar da maior parte do pais estar interligado, temos alguns sistemas isolados, com geração independente, como por exemplo algumas localidades na região Norte e Nordeste.

No Rio Grande do Sul, mais de 71,4% da capacidade de geração provém das usinas hidrelétricas, 22,6% das termelétricas e 6% das eólicas.

A capacidade de geração no estado cresceu muito na ultima década, passando de aproximadamente 2000MW para mais de 9000MW atualmente, o que indica um aumento na capacidade de crescimento, não só do estado como do país.

A energia eólica vem crescendo com a busca a diversificação de energias, principalmente por ser uma energia limpa, e também há projetos para aumento de energia solar e de aproveitamento de gás natural e bio combustíveis, a fim de tornar o estado mais auto-suficiente energeticamente.

O sistema de distribuição do estado faz parte do sistema interligado brasileiro e está conectado também com o sistema argentino. As redes de transmissão de alta tensão atingem tensões superiores a 138kV e são operadas em sua maioria pela CEEE (Companhia Estadual de Energia Eletrica). No total o estado dispõe de mais de 100 subestaçoes.

A região sul detém 23% da capacidade de geração do pais, com mais de 80% proveniente das hidrelétricas. O estado do Paraná é o mais impressionante, pois fica com aproximadamente 60% da capacidade total da região, principalmente em função do seu potencial de geração hidrelétrico.

Os principais rios geradores da região são o rio Paraná e o rio Iguaçu, no Paraná, rio Uruguai e rio Pelotas, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, rio Paranapanema, na divisa de São Paulo e Parana, rio Canoas, em Santa Catarina e o rio Jacuí, no Rio Grande do Sul.

A geração termelétrica na região é bem diversificada quanto a fonte primaria, com destaque para o carvão mineral e o gás natural. As principais fontes renováveis de energia termelétrica são o bagaço de cana, o licor negro da indústria de celulose e os resíduos de madeira.

As principais empresas que operam as termelétricas na região são a Tractebel e a CGTEE, com diversas usinas espalhadas pela região.

Na região também vem crescendo a energia eólica, estando maior parte concentrada no Rio Grande do Sul (72%), totalizando aproximadamente 850MW.