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Impacto da Produção do Tomate ao Meio Ambiente

Por:   •  23/5/2019  •  Resenha  •  1.257 Palavras (6 Páginas)  •  360 Visualizações

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

TOP ESP EM SUSTENTABILIDADE EM NEGÓCIOS

4PRD30A

Grupo:

Lucas dos Santos Lessa Chaves (20151102287)

 



IMPACTOS DO PROCESSO PRODUTIVO DO TOMATE AO MEIO AMBIENTE

Professora: Flávia Targa Martins

2019

INTRODUÇÃO

        O PIB do agronegócio é de 2%, conforme a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O setor representa quase 23% do total produto interno nacional. O Brasil está entre os dez maiores produtores do tomate no mundo. O tomateiro tem grande adaptabilidade climática, podendo ser cultivado em climas tipo tropical de altitude, subtropical e temperado, o que permite o Brasil ser uma potência na produção do tomate. 

IMPACTOS DO TOMATE AO MEIO AMBIENTE

        O tomateiro é um alimento extremamente sensível a doenças, por isso há a necessidade de utilizar agrotóxicos em seu cultivo de forma elevada, doenças causadas por fungos, bactérias ou insetos. O controle deve ser realizado de preferência a partir de métodos integrados de manejo, os quais incluem rotação de culturas (evitar espécies da mesma família do tomateiro, como pimentão, batata e berinjela em cultivos sucessivos), plantio de mudas sadias, uso de barreiras físicas ou biológicas, controle da irrigação e monitoramento da incidência de insetos praga e inimigos naturais.

        Segundo dados do Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários – AGROFIT (2014), base de dados do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), existem 471 ingredientes ativos registrados no Brasil para uso agrícola, sendo que destes ingredientes, 143 deles estão liberados para o uso na cultura do tomate. Dos ingredientes ativos liberados para a cultura do tomate são produzidos 435 tipos de agrotóxicos e produtos agrícolas que podem ser acaricidas, inseticidas, fungicidas, ativadores de plantas, inseticidas microbiológicos, formicidas, cupinicidas, nematicidas, reguladores de crescimento, bactericidas, herbicidas e feromônios sintéticos.

        Desde 2008, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo de agrotóxicos, movimentando 19% do mercado. O problema, no entanto, se encontra quando os produtores não respeitam a cota aceitável dos produtos aplicados em suas propriedades. Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que atualmente mais de um terço das frutas, legumes e verduras que chegam à mesa do consumidor estão contaminados com superdoses de agrotóxicos. Desse total, 22% eram tomates.

        Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Anvisa relatam um estado de preocupação, pois os agrotóxicos oriundos do tomate causam, anualmente, 70.000 intoxicações agudas e crônicas. Os agrotóxicos poluem o meio ambiente e os alimentos e muitas vezes são utilizados sem qualquer regulamentação ou controle. De modo geral, mais de 30% dos alimentos consumidos pelos brasileiros não são próprios para alimentação por apresentarem altos níveis de resíduos de agrotóxicos.

        A Organização das Nações Unidas (ONU) revela que aproximadamente 70% de toda a água disponível no mundo é utilizada para irrigação. No Brasil, esse índice chega a 72%. Pelas análises dos últimos relatórios divulgados pela ONU, o uso da água tem crescido a uma taxa duas vezes maior do que o crescimento da população ao longo no último século. A tendência é que o gasto seja elevado em até 50% até 2025 nos países em desenvolvimento; e em 18% nos países desenvolvidos.

MEDIDAS PREVENTIVAS PARA A DIMINUIÇÃO DO USO DO AGROTÓXICOS E DIMINUIÇÃO DO CONSUMO DA ÁGUA

  • TOMATEC

        O Tomatec, desenvolvido pela Embrapa Solos, foi implantado no Sítio Rio Negro, em São Sebastião do Alto, RJ. O sistema Tomatec consiste em seis princípios diferenciados de produção do fruto. Um dos focos é a conservação do solo com plantio direto e rotação de culturas, ou seja, com manejo adequado para não degradar o solo. O sistema prioriza também a eficiência no uso de água. É usado um sistema de irrigação que utiliza somente a água que a planta precisa, sem desperdício algum, por meio de gotejo.

        A adubação é feita por meio da fertirrigação: aplicação de fertilizantes na água de irrigação. Com isso, a planta recebe o nutriente de que necessita, ao mesmo tempo em que é irrigada. A produção do tomate ecológico envolve também o manejo integrado de pragas. Outro principio é o plantio vertical, em substituição ao método tradicional de plantio em forma de pirâmide, que facilita uma eventual pulverização em 100% da lavoura.

        O Tomatec também desenvolveu uma medida simples para diminuir as pragas. Os agricultores estão adotando essa técnica para garantir a produção sem o uso de defensivos químicos. Além de ter uma estufa que cobre os pés de tomate, as plantas ganham ainda outro tipo de proteção: um saco de papel que envolve as flores do tomateiro no estágio inicial de crescimento. A medida é para prevenir contra o ataque de doenças.        

        Sem gastar com defensivos agrícolas, agricultores dizem que os custos de produção ficaram mais baixos. O engenheiro agrônomo Fábio Leonardo Tomas em sua dissertação de mestrado desenvolvida na Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) afirma que Tomate agroecológico custa 84% menos para ser produzido. E como o tomate livre de veneno é mais valorizado no mercado, eles recebem mais pelo produto. Segundo os agricultores, o preço é excelente, chegando a 200% de lucro em relação ao tomate convencional.

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