Impactos Ambientais

Impactos ambientais causados pela construção da Hidrelétrica Binacional de Itaipu

1. Introdução

A engenharia civil teve grande desenvolvimento na década de 1970. Neste período grandes obras foram realizadas sucessivamente para atender as necessidades das cidades que estavam em desenvolvimento com alto índice de urbanização. As obras em questão, segundo Thaumaturgo et al (2013), visavam a construção de grandes reservatórios de água, controle de enchentes e, principalmente, geração de energia.

Com o aumento da demanda, os projetos de construção de usinas termoelétricas, hidrelétricas e nucleares se tornaram prioridade para o governo federal e transformaram o Brasil em um canteiro de obras com a finalidade de desenvolver e produzir energia.

Para a implantação dessas grandes obras, áreas de preservação foram destruídas e, com isso, causando impactos tanto ambientais como sociais. A comunidade não foi consultada, uma vez que não se tem registro de nenhuma audiência pública para discutir o assunto com a população que seria afetada. O que os registros mostram é que grandes obras, como a hidrelétrica de Itaipu, foram executadas com total liberdade e sem nenhum plano de avaliação dos impactos ambientais.

Para a construção da usina hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, foi modificado todo conjunto patrimonial natural do rio Paraná. Como resultado, houve um grande alagamento de uma área aproximada de 1050km² de terras produtivas, trazendo para a região um grande prejuízo ambiental.

Na década de 1970, Foz do Iguaçu era uma cidade com características de cidade do interior. Atendia alguns turistas que vinham em função das Cataratas do Iguaçu e das Sete Quedas, em Guaíra, e também por causa da cidade vizinha, Ciudad Del este, no Paraguai, para fazer compras. Com o início das obras da usina, chegaram aproximadamente 40.000 operários com suas famílias, que se instalaram na cidade e começaram a usufruir de toda a infraestrutura disponível. Ou seja: a cidade não teve tempo de se preparar para esse aumento significativo da população, e isso também causou alguns impactos ambientais na região.

A construção civil gera diversos impactos no meio onde é executada. Eles podem ser tanto ambientais, sociais ou econômicos, uma vez que a execução das obras ocupa espaço no meio, geram resíduos e interferem diretamente na vida das pessoas que vivem ou transitam na área, bem como na economia do local pois geram empregos, aumentam o tráfego, interferem no valor imobiliário daquela região, entre outros. Também deve ser levado em conta que, a longo prazo, a construção civil pode gerar adensamento populacional.

O foco da presente pesquisa é fazer um levantamento dos principais impactos ambientais gerados pela construção da hidrelétrica binacional de Itaipu entre os anos de 1875 e 1982 e as medidas que foram tomadas para minimizá-los.

1.   METODOLOGIA DA PESQUISA

Para escolher os melhores métodos de pesquisa para abordar o tema a autora pesquisou na literatura existente os diferentes métodos baseados em: método de pesquisa, modo de abordagem, objetivo geral e procedimentos técnicos. Terminada a busca pela melhor metodologia, a autora definiu os seguintes métodos que serão utilizados:

• Método de pesquisa: a autora busca levantar dados e trazer informações para que o leitor possa tirar suas próprias conclusões e, por isso, o método de pesquisa pode ser classificado como indutivo, pois conforme Miranda Neto (2005) o método indutivo é aquele que induz ao leitor buscar uma conclusão com base na pesquisa apresentada pelo autor. As soluções que a autora encontrou, ou que irá sugerir, ao problema da pesquisa podem ser derrubadas ou substituídas por outras soluções, encontradas por outros pesquisadores. Por isso a presente pesquisa também pode ter o método de pesquisa classificado como hipotético-dedutivo, pois de acordo com Prodanov e Freitas (2013) todos os resultados encontrados para um problema, são soluções provisórias, pois todos as respostas podem ser falseadas e derrubadas.
• Modo de abordagem: o tema que a autora traz é baseado em acontecimentos reais e é baseado em impactos ambientais e sociais do mesmo. Sendo assim o método de abordagem utilizado é a abordagem qualitativa, pois segundo Gerhardt e Silveira (2009), a abordagem qualitativa considera aspectos reais que não permitem sua quantificação e prioriza a explicação das relações sociais buscando compreender como as mesmas funcionam.
• De acordo com o objetivo geral: o objetivo geral da presente pesquisa é identificar os principais impactos ambientais da construção da usina de Itaipu e quais as soluções encontradas para minimizá-los. Em função disso, a metodologia enquanto ao objetivo geral pode ser classificada como método descritivo, uma vez que Gerhardt e Silveira (2009) cita Triviños, que diz que para a pesquisa descritiva o investigador precisa de várias informações sobre o objeto de pesquisa, pois o objetivo deste tipo de estudo é a descrição dos fatos e fenômenos baseados na realidade. E, ainda, e acordo com Oliveira (2011), a pesquisa é classificada como descritiva quando tem por objetivo principal descrever as características do objeto de estudo ou ainda, relacionar as variáveis.
• De acordo com os procedimentos técnicos: a autora buscou informações sobre o tema da pesquisa em artigos, livros e publicações relativas ao tema. Assim a pesquisa pode ser classificada como bibliográfica, pois Segundo Fonseca (2002), a pesquisa bibliográfica procura publicações com referenciais teóricos, para buscar conhecimento e informação sobre o problema pesquisado. Candeloro e dos Santos (2006) também afirmam que a abordagem bibliográfica é aquela que busca informações, sobre o objeto de pesquisa, em matérias impressos ou eletrônicos.

1. IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA CONSTRUÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE ITAPU

Ao abordarmos os impactos da construção da usina hidrelétrica de Itaipu, devemos levar em consideração tanto os impactos ambientais como os sociais e econômicos.

Ao levantar os aspectos ambientais, os elementos que sofrem diretamente com os impactos dessa grande obra são a fauna, a flora e os recursos naturais da região, como águas, solos e minérios, pois os impactos sobre estes elementos podem ser irreversíveis. Além da transformação da paisagem, que é o primeiro impacto percebido pelo homem, também são transformadas a exploração destes recursos naturais, e como consequência disso, também muda a forma como é feita a exploração econômica pelo homem e como o mesmo se organiza nesse espaço transformado.