Introdução à Drenagem Urbana Eng. Civil
Por: Lucas Kendy Yaguinuma • 1/12/2018 • Trabalho acadêmico • 1.215 Palavras (5 Páginas) • 184 Visualizações
INTRODUÇÃO
A existência das primeiras cidades a terem um sistema de drenagem aconteceu no Egito Antigo, onde as primeiras civilizações se instalavam em torno dos rios, e a partir disso, essa ferramenta da engenharia se tornou de suma importância para os centros urbanos.
Com o aumento da população e com o êxodo rural, as cidades cresceram desordenadamente se tornando um grande emaranhado de concreto sem a existência (ou quase nula) de áreas de infiltração de água. Com isso, o problema de drenagem de urbana volta a causar transtornos e prejuízos aos cidadãos.
Para este trabalho foi escolhida a cidade de Batayporã em Mato Grosso do Sul (MS), a fim de relatar um grave problema de drenagem devido à existência de uma lagoa no centro da cidade, que causa inundações quando ocorre intensa precipitações.
BREVE HISTÓRICO DE DRENAGEM URBANA.
Antes mesmo de discorrer sobre o surgimento, desenvolvimento e melhoramento da drenagem urbana com passar dos séculos desde seu surgimento é preciso definir e entender o que é drenagem urbana. A drenagem no início era apenas um complemento da irrigação, onde aos poucos foi evoluindo, sempre com o propósito de recuperar grandes extensões de terrenos inundados e principalmente evitar essas inundações antes mesmo de acontecer, sempre com o objetivo de minimizar os riscos que a população está sujeita e diminuindo assim os prejuízos. Assim drenagem é um termo que provém do francês drainage e que faz referência a ação e ao efeito de drenar. Este verbo, por sua vez, significa assegurar a saída de líquidos ou da excessiva humidade através de canos.
Voltando ao surgimento da drenagem, basicamente por volta de 8500 A.C a população era nômade e os homens perambulavam de uma região para outra quando a que estavam já tinha se esgotado todos os recursos necessários para a sobrevivência, esses primeiros grupos apareceram ao norte e ao leste da mesopotâmia, logo então por volta de 7000 A.C estes já estavam mais inteligentes, aprendendo a domesticar animais e cultivar alimento os tornando mais sedentários e fixados numa região por mais tempo, então é nesse cenário que surge a drenagem pois com a agricultura eles tiveram que criar técnicas de drenagem e irrigação independentemente das chuvas, com essas técnicas foi possível o aparecimento das primeiras cidades. Um exemplo é umas das primeiras cidades bíblicas chamada Jerico onde suas plantações eram irrigadas desviada de uma nascente, mesmo assim essas primeiras cidades concentrando números significativos de habitantes o futuro destas era restrito.
Coube aos sumérios em 3500 A.C, com acesso aos rios Tigres e Eufrates em desenvolver a agricultura irrigada verdadeiramente grandiosa, desviavam as aguas dos rios tornando possível o cultivo de vastos trechos de deserto aluvial e transformaram a planície antes estéril em terras férteis. Tendo em vista com o crescimento das cidades cada vez mais próximos aos rios, desenvolveram técnicas de drenagem e controle de inundações, como instalação de diques fluviais e escavação de canais de drenagem.
FIGURA 1 : Canal de Drenagem nas cidades antigas
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FONTE: AQUA FLUXUS,2017
FIGURA 2: Galeria nas cidades antigas
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FONTE: AQUA FLUXUS, 2017
Dando saltos nos séculos D.C, chega-se a pratica moderna da drenagem urbana, a partir do século XIX, quando muito se avançou no campo de materiais e métodos construtivos e na área da hidrologia urbana, permitindo um melhor entendimento da relação entre chuva e formação dos escoamentos superficiais. Nesta fase, o esgoto era disposto em fossas ou diretamente nas ruas, sem coleta ou tratamento. As pessoas jogavam tudo pela janela mesmo, sendo perigoso andar pelas ruas. As consequências dessa lógica foram grandes epidemias e doenças com alta taxa de mortalidade da população residente nas cidades, principalmente os mais pobres, que tinham mais contato com os poluentes das ruas e se concentravam cada vez mais em espaços menores. Muito conhecida como a fase Tout à l’égout, que traduzindo do francês significa “tudo ao esgoto”, a ideia nessa época era transportar o esgoto junto às águas pluviais, por canalização dos escoamentos, afastando o mais longe e rápido possível as águas contaminadas, recém-descobertas como “causa” principal das grandes epidemias.
Essa concepção resultou na redução das doenças e da mortalidade, mas, por outro lado, também gerou uma maior degradação dos corpos d’água e consequente contaminação dos mananciais, pela própria eficiência em transportar os esgotos das cidades, que chegavam rapidamente nos rios e lagos. Quando perceberam que apesar de terem “tornado” os centros urbanos mais salubres, também comprometeram a qualidade das fontes de abastecimento das cidades, decidiram por criar o sistema separador absoluto, o qual separava a coleta da água de chuva do sistema de esgotamento sanitário, com posterior tratamento dessas águas servidas. Hoje, as técnicas modernas de drenagem exigem projetos pormenorizados, compostos de dispositivos coletores, coletores de transporte ou galerias e emissários, conforme sua função. Essa drenagem é um método eficaz para manter a salubridade de áreas urbanas ou a urbanizar, sujeitas a alagamentos e que podem converter-se em lodaçais e alagadiços.
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