Introdução e Teoria: A transferência de volume
Por: Mariana Borges • 8/10/2018 • Trabalho acadêmico • 1.178 Palavras (5 Páginas) • 531 Visualizações
Introdução e Teoria:
A transferência de volume exato de líquidos é fundamental para vasta maioria dos experimentos em bioquímica. O conhecimento sobre o pipetamento de líquidos, a compreensão de seus limites de precisão, bem como o estudo de sua importância na execução reprodutível de experimentos é de suma importância para a área de bioquímica.
Micropipetas são aparelhos designados para a transferência de pequenos volumes (entre 0,2 a 5000 µl) com máxima precisão. Existem vários tipos de micropipetas: Pipetas monocanal ou multicanal, Pipetas com volume fixo ou com volume variável e Pipetas com deslocamento de ar ou com deslocamento positivo.
A trajetória de botão dispensador tem dois estágios que podem ser percebidos por diferença da resistência de molas que retornam o botão dispensador para posição de repouso após ele ser liberado. Os dois estágios permitem fazer a pipetagem usando duas técnicas diferentes: a pipetagem direta (esgotamento total) ou a pipetagem reversa (esgotamento parcial). A escolha da técnica depende das características do líquido a ser pipetado (viscosidade, volatilidade, hidrofilicidade) e do processo da pipetagem (pipetagem única, titulante ou repetida).
A precisão da pipetagem é influenciada por vários fatores: encaixe da ponteira na haste, ajuste de volume (pipetas com volume variável), a porção imersa no líquido, tensão lateral do líquido e volatilidade do líquido.
Pipetagem direta (esgotamento total) é a técnica de pipetagem mais conhecida. Utiliza-se para transferir volumes únicos de líquidos aquosos ou de líquidos não voláteis, não viscosos e não espumantes. 1) Preparação – segurar a pipeta próximo à posição vertical. Pressionar suavemente o embolo até a posição do primeiro estágio 2) Aspiração – Imergir a ponteira no liquido. Liberar o embolo lentamente até a posição de Repouso. Esperar um segundo para permitir que o liquido se acomode dentro da ponteira. 3) Transferência – Colocar a ponta da ponteira a um ângulo de 10 a 45 contra a parede interna do recipiente. Pressionar o embolo suavemente até o primeiro estágio. 4) Esgotamento – deslocar a ponta da ponteira para outra região da parede interna do recipiente. Pressionar o embalo até o segundo estágio, deslizando a ponteira na parede para remover o restante da amostra. 5) Repouso – liberar o embolo suavemente até a posição Repouso.
Pipetagem reversa (esgotamento parcial) é uma técnica de pipetagem pouco conhecida. Recomenda-se fortemente o uso desta técnica em casos de pipetagem de líquidos viscosos, voláteis e espumantes.
Parte 1: Uso e calibração de micropipetadores
Objetivo:
Aprender o modo de pipetagem direta (esgotamento total) no modo positivo, determinar o limite de precisão de micropipetas e testar a sua calibração (volume real).
Procedimentos:
1. Colocar o béquer seco na balança e zerar
2. Pipetar água com volume máximo, 100%, (nominal) da micropipeta no modo positivo para o béquer. Em seguida, anotar a massa de água numa tabela escrita no caderno de laboratório. Zerar a balança. Repetir esta etapa três vezes
3. Repetir os itens 1 e 2 para água com 20%, 40%, 50%, 60% e 80% do volume máximo (nominal) da micropipeta no modo positivo
Análise de dados:
Fazer uma tabela no caderno de laboratório contendo os valores de massa de cada pipetagem e expressar o valor médio do volume pipetado ± erro padrão. Comparar o volume real (massa da água) com volume ajustado na micropipeta.
- Massa de água (g)
Porcentagem do volume máximo (%) 1 2 3 Valor Médio ± Erro padrão
100 0,9993 1,0076 1,0038 1,0036 0,0024
80 0,8027 0,8019 0,8020 0,8022 0,0003
60 0,5938 0,6134 0,6010 0,6027 0,0057
40 0,4018 0,4006 0,4014 0,4013 0,0004
20 0,2004 0,2006 0,2027 0,2012 0,0007
Fazendo o cálculo do volume real pela densidade da água (1g/ml), o volume real da pipeta considerando o erro é confiável e preciso.
Parte 2: Propriedades físico-químicas da água e formação de micelas
Objetivo:
Estudar as propriedades físico-químicas da água e a formação de micelas aquosas de SDS (dodecil sulfato de sódio, C12H25SO4Na, representação abaixo) influenciadas pela força iônica do meio. Estudar as interações intermoleculares e solubilidade.
Procedimentos:
Colocar os respectivos volumes nos tubos de ensaio, conforme tabela a seguir, usando uma ponteira para cada solução.
Reagentes (µl)
Tubo de ensaio Água destilada Surfactante SDS Solução NaCl 1M Solução CaCl2 1M
1 2000 - - -
2 1925 75 - -
3 1800 200 - -
4 1575 75 350 -
5 1625 200 175 -
6 1575 75 - 350
7 1625 200 - 175
Observações:
Tubo de ensaio Observações
1 Sem
...