MANEJO ATENUANTE DOS IMPACTOS DO EMPREENDIMENTO MINERÁRIO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EAD

ESPECIALIZAÇÃO EM MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE

MANEJO ATENUANTE DOS IMPACTOS DO EMPREENDIMENTO MINERÁRIO NO MUNICÍPIO DE OUROLÂNDIA – BA.

Discentes: Murilo Santos Itamar Oliveira Marx Marques Rafael Barbosa

POLO - SÃO FRANCISCO DO CONDE - BA

OUTUBRO DE 2017

        A mineração de Rochas Ornamentais apesar de ser menos agressiva que as minerações convencionais, apresentam impactos que podem ser atenuados com medidas simples, de fácil manejo e com alta eficácia.

        Nesse trabalho será apresentado os impactos que são identificados visualmente na mineração desse seguimento e suas respectivas formas de atenuação.

1 - Ao isolamento e à sinalização da área:

        

        Um ponto comum às áreas em situação de abandono é a frequente ausência de isolamento (cerca e sinalização), o que acaba colocando animais e população em risco (Figura1).

Figura 1: Área abandonada de extração de Rocha Ornamental.

[pic 1] 
Fonte: (MPF, 2016)

        Dessa maneira se faz necessário a instalação de cercas para que animais não ultrapassem os limites da área pastável, bem como a presença de sinalizações para que a população vizinha a mineração não venha a ficar exposto a riscos.

2 - À drenagem adequada da área de lavra e vias de acesso:

        

        A falta de estruturas de drenagem, tanto da área de lavra quanto das vias de acesso, provoca a aceleração de processos erosivos e, consequentemente, degradação ambiental da área.

        Para o controle específico da erosão, de acordo com Corrêa (2009), práticas mecânicas de controle da erosão devem ser realizadas em contorno, ou seja, seguindo as curvas de nível e cruzando perpendicularmente a direção de declividade do terreno (terraceamento). Além disso, outras estruturas, tais como caixas de contenção de enxurradas (Figura 2) ou bacias de infiltração (Figura 3) também podem ser eficientes no controle de processos erosivos.

        Outra técnica que pode ser utilizada é a revegetação, sempre que possível, de áreas com solo exposto, preferencialmente com espécies de rápido crescimento. No entanto, devem ser evitadas plantas consideradas como invasoras e que dificultem uma revegetação definitiva com espécies nativas após o fechamento da mina. Todas essas práticas reduzem a perda de sedimentos e a fragilização dos solos; diminuem a concentração dos fluxos de água por escoamento superficial; e atenuam os efeitos de assoreamento nos cursos d’água próximos.

Figura 2: Caixas de contenção de enxurradas construídas ao longo de estrada rural.

[pic 2]

Fonte: (http://www.manhuacu.mg.gov.br, 2014)

Figura 3: Bacia de infiltração (“barraginha”) construída para reter as águas e sedimentos

de escoamento superficial.

[pic 3]

    Fonte: (http://agua.org.br, 2015)

3 - À disposição adequada dos rejeitos:

        

        Um outro ponto muito presente em todas as áreas em situação de abandono, onde há extração, é a disposição irregular de rejeito e estéreis. Sobre esse tema, deve-se considerar o que prevê a NRM – 19, que trata da disposição de estéril, rejeito e produtos.         Segundo essa norma, deve ser apresentado um projeto técnico para o depósito de substâncias sólidas.