IMPACTOS AMBIENTAIS NA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JACUÍPE, PONTE DO MASSAMBÃO ENTRE OS MUNICÍPIOS DE MIGUEL CALMON E PIRITIBA, BAHIA.
Por: rf_leandra • 27/4/2016 • Artigo • 3.864 Palavras (16 Páginas) • 780 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB[pic 1][pic 2]
UNIVERSIDADEABERTA DO BRASIL
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
IMPACTOS AMBIENTAIS NA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JACUÍPE, PONTE DO MASSAMBÃO ENTRE OS MUNICÍPIOS DE MIGUEL CALMON E PIRITIBA, BAHIA.
Leandra dos Santos Souza[1]
Luane Ramos Gomes[2]
Maíra Ferreira de Almeida Santana³
RESUMO:
O processo de uso e ocupação do solo, associado à ausência de informações sobre os meios de conservação e preservação ambiental, leva a população da comunidade da Ponte do Massambão principalmente os fazendeiros a romper o obstáculo das fronteiras agrícolas, contribuindo para evolução de impactos ambientais, afetando a qualidade da água da microbacia hidrográfica, desrespeitando os seus limites geográficos e deixando uma visão de atos de preservação à natureza altamente negligenciada.
Palavras-chave:Microbacia. Impactos Ambientais. Povoado Ponte do Massambão. Rio Jacuípe.
- Introdução
Nos dias atuais, a população do Povoado de Ponte do Massambão que reside às margens do Rio Jacuípe, vem sofrendo com algumas alterações naturais e em sua maioria provocada pelo próprio ser humano, causando danos irreversíveis ao local afetado. Esses danos estão ligados diretamente a ação antrópica, resultando vários impactos ambientais. Destacamos assim a degradação como consequência de um fenômeno complexo que começa com o uso incorreto do solo pelo ser humano, visando à produção de alimentos e a pecuária, principais fontes econômicas da região.
O processo de uso e ocupação do solo, associado á ausência de informações sobre os meios de conservação e preservação ambiental, leva a população local e principalmente os fazendeiros a romper o obstáculo das fronteiras agrícolas, contribuindo para evolução dos impactos ambientais afetando a qualidade da água da microbacia hidrográfica, desrespeitando os seus limites geográficos e deixando uma visão de atos de preservação à natureza altamente negligenciada.
O presente estudo tem por objetivo identificar e analisar os impactos ambientais causados à microbacia do Rio Jacuípe, Povoado Ponte do Massambão, divisa dos municípios de Miguel Calmon e Piritiba, ambos na Bahia, onde a questão de faz relevante devido a importância de se compreender os riscos ambientais associados a degradação dos ecossistemas aquáticos e terrestres.
Percebemos na prática a verdadeira interação do homem com a natureza, pois tudo que ele necessita é retirada dela e as consequências dessa degradação são óbvias e futuras. Sendo assim, recuperar, manejar ou ao menos conservar uma microbacia hidrográfica, inclui primeiramente a verificação em seu interior, os seus limites políticos administrativos, principalmente porque a microbacia fica localizada entre dois municípios, a concentração de plantios de ciclos curtos e perenes, criação de gado e por fim a existência de alguns balneários, que servem como lazer aos fins de semana.
Conhecer detalhes sobre as condições existentes na área é o ponto crucial e inicial para avaliação de todas as atividades praticadas naquele local, sobre tudo no que se refere à relação entre os sistemas de uso da terra e a exploração que se faz dos recursos naturais, principalmente da água.
Portanto, um diagnóstico sobre o estado atual e as tendências de disponibilidade e qualidade de água é visto como uma forma científica e prática para avaliar a interação dos fatores antrópicos com os naturais, nas possíveis ameaças à integridade ecológica e a sustentabilidade social e econômica da área como um todo.
- Impactos ambientais em microbacias hidrográficas
Segundo a Resolução Conama nº 237/97, Impacto Ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais.
A criação das cidades e a crescente ampliação das áreas urbanas têm contribuído para o crescimento de impactos ambientais negativos, provocando uma série de mudanças ambientais alterando as propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente. Os fatores mais inquietantes do século XXI é a utilização inadequada da água seguindo assim a escassez. (GUERRA & CUNHA, 2003).
A grande maioria de atividades econômicas implica um impacto ambiental de indústrias energéticas e mineradoras. Podemos conceituar também como uma poderosa influência exercida sobre o meio ambiente, provocando o desequilíbrio do ecossistema natural. O que distingue o impacto ambiental, não é qualquer alteração nas propriedades do ambiente, mas as alterações que provoquem o desequilíbrio das relações constitutivas do ambiente, tais como as alterações que excedam a capacidade de conquista do ambiente considerado. (GUERRA E CUNHA, 2003).
Portanto, entendem-se o ambiente urbano como afinidades dos homens com o espaço edificado com a natureza, em afluências de população e atividades humanas, constituídas por fluxos de energia e de informação para nutrição e biodiversidade. O impacto ambiental é uma consequência das nossas atitudes, e por esse motivo é crucial educar a sociedade para que possam ter iniciativas responsáveis que causem menos impactos negativos no meio ambiente.
Destacamos assim, na tabela seguinte alguns dos considerados impactos ambientais naturais e antrópicos:
Tabela 1 – Impactos ambientais naturais e antrópicos
Impactos Naturais | Impactos Antrópicos |
Erupções vulcânicas | Diminuição da matéria orgânica |
Terremotos | Compactação |
Inundações | Impermeabilização |
Tornados | Salinização |
Furacões | Desabamento de terras |
Maremotos | Contaminação |
Desmatamento das matas ciliares | |
Crescimento demográfico | |
Queimadas | |
Irrigação | |
Mineração | |
Erosão | |
Desertificação |
Fonte: Comissão das Comunidades Européias, Bruxelas, 2006.
Podemos então destacar que de acordo com a tabela apenas alguns impactos antrópicos podem ser associados ao que aconteceu na microbacia hidrográfica de Ponte do Massambão, sendo eles: desmatamento das matas ciliares, crescimento demográfico, queimadas, irrigação e erosão.
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