MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E SERVIÇOS
Por: Felipe Caparroz Ferraz de Camargo • 8/2/2019 • Resenha • 1.107 Palavras (5 Páginas) • 203 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E SERVIÇOS
Fichamento de Estudo de Caso
Felipe Caparroz Ferraz de Camargo
Trabalho da disciplina Logística Avançada (Supply Chain Management),
Tutor: Prof. Audemir Leuzinger de Queiroz
Fernandópolis
2018
Estudo de Caso de Harvard: ZARA: moda rápida
Referência: GHEMAWAT, Pankaj; NUENO, José L.; HAVARD BUSINESS SCHOOL, 710-P02. REV. 21 de Dezembro de 2006.
Texto do Fichamento:
O texto começa apresentando o grupo espanhol Inditex (Indústria de Diseño Textil), que é proprietária da Zara, além de outras cinco redes. Seu dono e fundador, Amancio Ortega, conseguiu enorme sucesso com a Inditex, o transformando no homem mais rico da Espanha entre 2001 e 2002.
A Index produzia e vendia peças de vestuário, calçados e acessórios. Suas primeiras lojas, abertas em 1975, vendia roupas de média qualidade com preços baixos, e tinham a ideia que suas roupas seriam commodities perecíveis, sendo consumidos e não guardados em armários. Operava 1.284 lojas pelo mundo, incluindo a Espanha, com uma área de venda de 659.400 m², empregando 26.724 funcionários. Além disso, consegue elaborar em torno de 20.000 novos desenhos por ano, com pelo menos 2 novos modelos por semana por loja e garante que entrega em qualquer lugar do mundo em 24 a 48 horas.
A produção era em pequenos lotes, com integração vertical da fabricação dos itens mais próximos ao prazo. Na central de distribuição, todas os produtos eram enviados duas vezes por semana para as lojas mais atraentes e bem localizadas da Zara. Devido a integração vertical, o “efeito chicote” foi reduzido. A Zara tinha capacidade de criar um desenho e ter os produtos finais nas lojas em quatro a cinco semanas. Enquanto isso, o modelo tradicional do setor envolvia ciclos de até seis meses para o design e três meses para a produção. A Zara consegue ter essa capacidade devido ao seu estoque ser totalmente centralizado na Espanha, onde cada uma de suas marcas possui uma única central onde são definidas todas as decisões de desenho, fabricação e distribuição.
Juntamente com esse modelo, a empresa realizou investimentos na logística de produção e tecnologia de informação. Foi estabelecido o sistema de produção Just-in-time, e um sistema que conectava a empresa e as localidades de fornecimento, produção e vendas. Esses investimentos e o curto prazo do ciclo de produção da Zara, permitiu que a empresa conseguisse uma produção continua de mercadorias, mesmo durante os períodos de vendas, e com isso, sua linha de produção para determinada estação, poderia começar muito mais tarde que seus concorrentes.
A equipe de design da Zara era responsável não somente pelo desenho em si das peças, mas também de coletar informações do mercado, olhar as tendências e de testar diferentes peças produzidas. A organização do setor era bastante horizontal, dando prioridade para o trabalho em equipe, sem grandes mestres liderando. Essas equipes faziam uma ponte entre merchandising e a parte final do processo de produção, eles estão sempre avaliando as tendências de determinadas estações e apresentando novos designs de acordo com os dados coletados. Quando havia tempo, eram produzidos pequenos volumes de determinados designs para serem testados em algumas lojas chaves, e caso esses itens fizessem sucesso absoluto eram liberados para produção em larga escala. Com isso, o fracasso de novos produtos era apenas de 1%, enquanto a média do setor era de 10%. Cerca de 40% das peças finalizadas eram fabricadas internamente, 40% eram trazidos da Europa e do norte da África, e 20% da Ásia.
O sistema de distribuição da Zara consistia em uma instalação de aproximadamente 400 mil metros quadrados em Arteixo e outros centros-satélites na Argentina, Brasil e México. Todas as mercadorias (tanto internas como externas), passavam pelo centro de distribuição de Arteixo. Esse centro possui um sistema de rastreamento móvel, que era responsável por embarcar as peças corretamente, todas devidamente identificadas e registradas. Conforme disse Lorena Alba, diretora de logística da Inditex, o depósito não era um lugar onde as mercadorias eram armazenadas e, sim, transferidas, visto que elas ficavam lá apenas algumas horas, e nunca nenhuma peça ficou mais de 3 dias. As remessas partindo do depósito eram feitas duas vezes por semana para cada loja, através de serviços terceirizados. Apesar do êxito desse sistema, alguns observadores começaram a especular que somente aumentar o depósito talvez não seria suficiente a longo prazo, assim, a Zara começou a construção de um segundo centro de distribuição, em Saragoça, Madrid, a ser iniciado no verão de 2003.
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