MEDIDAS DE TENSÃO E FREQUÊNCIA COM UM OSCILOSCÓPIO
Por: Jota Tê • 14/2/2016 • Trabalho acadêmico • 1.580 Palavras (7 Páginas) • 1.489 Visualizações
Universidade Federal do Maranhão
Centro de Ciências exatas e tecnológicas
Medidas de tensão e frequência com um osciloscópio
- Introdução
A tensão elétrica é a diferença de potencial (d.d.p) responsável pela geração de corrente elétrica e a mesma pode ser continua ou alternada.
A tensão se classifica como continua quando não há mudança de sua polaridade com o tempo, sub classificando-se como continua constante e continua variável. A corrente continua constante mantem o seu valor com o passar do tempo, já a corrente continua variável altera o seu valor em um ciclo de mesmas características a cada intervalo de tempo ao qual definimos de período (T), o tempo de duração de um ciclo completo; a frequência (f) é definida como sendo o número de ciclos que se repete em 1 segundo.
Para uma tensão com características periódicas existe a necessidade de se estabelecer um valor que indique a componente DC da forma de onda. Este valor é chamado valor DC ou valor médio e representa a relação entre a área resultante da figura, em um intervalo de tempo igual a um período, dividido pelo próprio período. O valor DC é medido por um voltímetro nas escalas VDC e pelo osciloscópio.
A corrente alternada é aquela que muda de polaridade com o tempo e obedece a seguinte função:
V(t) = Vmáx sen (ω t + θ).
Onde, V (t) é o valor da tensão em função do tempo, Vmax é o valor máximo que a tensão pode atingir chamado de amplitude ou valor de pico, o “ω” é a velocidade angular (2πf), “t” o tempo qualquer e “θ” o ângulo de defasagem inicial.
Como o gráfico dessa função é uma onda senoidal, a mesma vai possuir um ponto de máximo chamado de valor de pico (Vp), e existe também o valor de pico a pico (Vpp) que é a variação máxima entre os ciclos positivos e negativos, ou seja, a distância entre o valor máximo e mínimo da onda senoidal.
O Vmed (Tensão média) ou VDC de uma onda alternada são as mesmas coisas, isso porque a tensão média de uma onda alternada senoidal é a tensão equivalente a uma tensão contínua de tal valor e pode ser calculado utilizando a formula. .[pic 1]
- Objetivos
- Medir tensões alternadas, continuas e frequências com o osciloscópio.
- Verificar, utilizando o osciloscópio, as formas de ondas senoidal, triangular e quadrada.
- Material Utilizado.
- Uma fonte DC Variável;
- Um Osciloscópio;
- Um gerador de sinais;
- Um voltímetro.
- Procedimento.
- Primeiramente fez-se a calibração do osciloscópio para que os dados coletados posteriormente não apresentassem erros, feito isto pegou-se uma fonte DC ajustável e conectou-se em um multímetro para certificação de que estávamos trabalhando com a voltagem correta e evitar erros por parte dos aparelhos.
Com o osciloscópio calibrado e a fonte DC ajustável fornecendo a voltagem desejada conectou-se o osciloscópio na fonte e se observou, no osciloscópio, a alteração ocorrida na posição do atenuador vertical e o número de divisões do deslocamento em relação a chave GND. Esse procedimento foi feito para uma fonte DC gerando 2-5-8-10 e 17,5 V, sempre conferindo com um multímetro a voltagem gerada pela fonte. Os valores observados estão escritos no Quadro 1.
Substituiu-se a fonte por um gerador de sinais, conectou-se a ponta do cabo de prova no de saída do gerador a justou-se o gerador de sinais em frequências especificadas nos Quadros 2 e 3 com uma amplitude máxima para as formas de onda senoidal e quadrada. Mediu-se cada frequência com o osciloscópio ajustando respectivamente a posição da varredura e o número de divisões ocupadas pelo período e anotou-se nos Quadros 2 e 3.
Por último ajustou-se o gerador de sinais para a frequência de 50 Hz, onda senoidal, e com o multímetro na escala Vac, ajustou-se a saída do gerador para 3 valores escolhidos na hora do experimento e anotado no Quadro 4. Mediu-se para cada caso com o osciloscópio e anotou-se os valores de tensão para Vp e Vpp e calculou-se o valor de Vef utilizando a formula .[pic 2]
- Resultados e Discursões.
- Quando se conectou a fonte DC ao osciloscópio obteve-se os seguintes resultados:
Quadro 1 | |||
V | Posição do Atenuador | Nº de divisões | V medido no osciloscópio |
2 | 1 | 2 | 2 |
5 | 2 | 2,5 | 5 |
8 | 2 | 4 | 8 |
10 | 5 | 2 | 10 |
17,6 | 5 | 3,5 | 17,5 |
Dado a proximidade entre o valor medido e a voltagem gerada pelo osciloscópio pôde-se verificar que o osciloscópio estava bem calibrado.
O mesmo procedimento de verificação usando uma fonte AC não foi possível dada a falta de uma fonte funcionando em perfeito estado, então logo após trocou-se a fonte DC por um gerador de sinais onde pôde-se observar as ondas senoidais e quadradas como nos quadros abaixo:
Quadro 2 | ||||
Onda Senoidal | ||||
f gerador | Posição da varredura | Nº de divisões | T | f |
100Hz | 1 ms | 10 | 10 ms | 100 Hz |
5kHz | 20 µs | 9,4 | 188 µs | 5,3 kHz |
Quadro 3 | ||||
Onda Quadrada | ||||
f gerador | Posição da varredura | Nº de divisões | T | f |
250Hz | 0,2 ms | 18,4 | 3,68 ms | 271 Hz |
1200Hz | 50 µs | 17 | 850 µs | 1176 Hz |
Os valores de frequência encontrado para ambas as ondas não foram tão precisos pois os botões do gerador de frequência estavam com pequenos defeitos que influenciaram na medição assim como observou-se que para a onda quadrada os cantos da onda não estavam tão quadrados o que significa que o osciloscópio já não está mais tão preciso para essa medição quanto estava para a onda senoidal que apresentou um desvio pequeno e apenas para uma das frequências.
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