MRP II
Monografias: MRP II. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: ghuss • 7/4/2013 • 3.337 Palavras (14 Páginas) • 1.070 Visualizações
MRP II (Manufacturing Resources Planning)
1. INTRODUÇÃO
O MRP II ou planejamento de recursos para manufatura, é uma técnica aplicada nas grandes empresas desde os anos 80, é uma das técnicas componentes dos Sistemas de Administração da Produção (SAP), e baseia-se em diversas outras atividades que a compões, tal como o MRP e o MPS.
2. OBJETIVOS
Os objetivos dos sistemas de cálculo de necessidades são permitir o cumprimento dos prazos de entrega dos pedidos dos clientes com mínima formação de estoques, planejando as compras e a produção de itens componentes para que ocorram apenas nos momentos e nas quantidades necessárias, nem mais, nem antes, nem depois. Isso se aplica a dois tópicos que serão vistos no trabalho em questão (MRP, MRP II).
3. DEFINIÇÃO DE MRP II
Com a grande melhoria observada na produção proporcionada pelo cálculo de necessidades de materiais diversas pesquisas se seguiram para adaptar o MRP a situações práticas de produção, o que levou o uso da lógica de a ser utilizada para o planejamento de outros recursos de produção (como as necessidades de mão-de-obra e de equipamentos), além dos materiais.
om a extensão do conceito de cálculo de necessidades ao planejamento dos demais recursos de manufatura e não mais apenas dos recursos materiais e para que ficasse claro que se tratava apenas de uma extensão do conceito do MRP original, o novo MRP passou a chamar-se MRP II, com a sigla agora significando, de forma mais abrangente, manufacturing resources planning, ou planejamento dos recursos de manufatura, qu então abrangeria desde as necessidades das quantidades de produtos em estoque, como a necessiade fabricação de produtos finais, controla a alocação de chão-de-fábrica, recursos humanos e máquinas para elaboração de produtos visando melhorar a competitividade diminuindo o tempo de entrega e aumentado a qualidade dos produtos, com gastos menores.
Com uso da nova técnica então, pode-se por exemplo determinar que por exemplo que para se obter uma produção semanal X, serão necessários N trabalhadores em outras N bancadas executando turnos de 40 horas para se cumprir os prazos de produção. Daí podemos notar a maior abrangência dentro da produção do método MRP II. A seguir segue um gráfico exemplificando o cálculo efetuado no método MRP II para se definir as necessidades de recursos, onde OPi são as ordens de produção, OCi são ordens de compra e LT é o leadtime de cada material.
– figura 1 – Lógica do cálculo de necessidades de recursos produtivos.
Em termos práticos, foi acrescido um módulo para o cálculo de necessidades de outros recursos (chamados muitas vezes capacity requirements planning - CRP – ou planejamento das necessidades de capacidade (produtiva). Para que fosse possível calcular as necessidades áe outros recursos de manufatura que não simplesmente os materiais, informações adicionais tiveram que ser adicionadas à base de dados utilizada pelo MRP original, que só necessitava de informações sobre itens (dados cadastrais e tempos de ressuprimento), estruturas de produtos e posição dos estoques ao longo do tempo.
As novas informações necessárias referem-se a dados cadastrais sobre os recursos produtivos da fábrica, sobre os roteiros de produção (quais setores, máquinas, mão-de-obra e demais recursos são necessários para a execução das diversas atividades realizadas durante o tempo de ressuprimento de cada item) e sobre o consumo dos. diversos tipos de recursos na produção unitária de cada item.
Outro módulo que foi acrescido ao MRP original e é hoje parte integrante da maioria dos sistemas MRP II disponíveis no mercado (apesar de este módulo ser, talvez, o menos utilizado pelas empresas) é o módulo de controle de fábrica, ou shop floor control - SFC. Este módulo visa seqüenciar e liberar as ordens para a fábrica, assim como confrontar o que foi planejado com o que é executado na fábrica.
4. COMO FUNCIONA O MRP II
O MRP II é um sistema hierárquico de administração da produção, em que os planos de longo prazo de produção, agregados (que contemplam níveis globais de produção e setores produtivos), são sucessivamente detalhados até se chegar ao nível do planejamento de componentes e máquinas especificas.
Sistemas MRP II são, em geral, disponíveis no mercado na forma de sofisticados pacotes para computador. Estes são em geral, divididos em módulos, que têm diferentes funções e mantêm relações entre si.
O MRP II possui cinco módulos principais:
• Módulo de planejamento da produção (production planning).
• Módulo de planejamento mestre de produção (master production schedule ou MAS).
• Módulo de cálculo de necessidade de materiais (material requirements planning ou MRP).
• Módulo de cálculo de necessidade de capacidade (capacity requirements planning ou CRP).
• Módulo de controle de fábrica (shop floor control ou SFC).
Além destes, há os módulos de atualização dos dados cadastrais, que se ocupam de alterações quanto aos dados de itens de estoque, estruturas de produtos, centros produtivos, roteiros de produção, entre outros. Os módulos principais se relacionam conforme o esquema geral a seguir:
– figura 2 – Inter-relações entre os módulos principais de um sistema MRP II
4.1 Planejamento da Produção
O módulo de planejamento da produção ocupa-se de auxiliar a decisão dos planejadores quanto aos níveis agregados de estoques e produção período-a-período, baseando-se também em previsões de demanda agregada (níveis de demanda do conjunto de produtos). É o nível mais agregado de planejamento de produção e por isso, pela agregação e moderada quantidade de dados detalhados, presta-se ao planejamento de mais longo prazo, podendo chegar a alguns anos. Como se trata de dados agregados sobre a produção de produtos diferentes, a unidade usada no planejamento é muitas vezes monetária. As decisões referem-se a volumes vendidos, em unidades monetárias e níveis de estoques a serem mantidos também em unidades monetárias.
Os planos de produção desagregados, estabelecidos pelos demais módulos (MPS e MRP), devem ser consolidados e confrontados com o plano de produção para que o planejador tenha certeza de que suas decisões desagregadas e detalhadas
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