Mapeamento de Risco
Por: Júnior Souza • 14/6/2018 • Abstract • 528 Palavras (3 Páginas) • 216 Visualizações
RESUMO: O crescimento desordenado dos centros urbanos associado à insuficiência de políticas públicas têm condicionado a população mais carente a ocupar as porções mais desvalorizadas das cidades, muitas dessas impróprias à habitação, resultando na formação de áreas de risco. Nessa conjectura se enquadra a capital paraibana, com 27 localidades passíveis à ocorrência de processos destrutivos de deslizamento, enchentes e inundações, dentre as quais a comunidade São Rafael. Nesse contexto, o diagnóstico das áreas de risco e o monitoramento constante são ações essenciais para a prevenção e mitigação das referidas ameaças. Sendo o mapeamento de risco uma ferramenta eficiente para tal finalidade. Em vista disso, foi elaborado o mapa de risco da comunidade São Rafael, baseando-se na metodologia adotada pelo Ministério das Cidades. Visando identificar o nível de vulnerabilidade do local, bem como os fatores condicionantes do risco geológico.
PALAVRAS-CHAVE: Área de Risco, Prevenção, Diagnóstico, Mapeamento, Risco geológico.
1 INTRODUÇÃO
O crescimento urbanístico das regiões metropolitanas brasileiras sofre, atualmente, uma grave crise social. São nesses grandes centros urbanos que as relações capitalistas para o trabalho são mais passíveis de geração de desigualdades sociais. Nesse contexto cria-se uma parcela da população que vive à margem das políticas habitacionais passíveis de soluções técnicas e assim passam a ocupar de maneira desordenada regiões de encostas urbanas sujeitas a escorregamentos, inundações, e enchentes.
Essas áreas são definidas, segundo o ministério das cidades, como sendo aquelas sujeitas a processos naturais e/ou induzidos que causem efeito adverso e que possibilitem a geração de danos físicos e materiais aos habitantes sujeitos a elas.
Um fator agravante nesse sentido são as condições climáticas. Nos períodos de chuva intensa ocorre a embebidação do solo das encostas e em decorrencia disso o movimento gravitacional das massas. No entanto essa é uma ocorrencia sazonal, pois ocorre em determinados períodos do ano o que possibilita margem de ação e planejamento no restanto do período de estiagem. (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2004).
No Brasil, essa situação é ainda mais grave devido a sua característica de país tropical, com grande ocorrencia de chuvas e desigualdade social acentuada
A cidade de João Pessoa, segundo Souza, nesse cenário, apresenta um clima temperado de altos índices pluviométricos (2.000 a 2.400 mm/ano). E possui 27 áreas de risco contabilizadas pelo órgão competente municipal, a Coordenadoria Municipal de Proteção da Defesa Civil de João Pessoa (COMPDEC).
Dentre essas, está a comunidade São Rafael, localizada na parte central da cidade, no bairro do Castelo Branco, está sobre altitudes médias a altas em relação à média da região. Essas condições são agravantes para o estudo, surgindo a necessidade de se investigar as áreas de risco a fim de obter resultados que auxiliem os órgãos competentes e a comunidade no controle e prevenção dos ricos geológicos do local (SOUZA, 2010).
Sendo assim, o artigo objetiva analisar os riscos dos locais segundo critérios de classificação específicos de agravamento,
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