Matriz de Criticidade

ENGENHARIA MECÂNICA

MATRIZ DE CRITICIDADE

Feira de Santana

2015

MATRIZ DE CRITICIDADE

Feira de Santana

2015

RESUMO

A criticidade de um determinado equipamento varia entre eles. As margens de erro em alguns parâmetros podem ser abrangentes, de forma que ocorra falha, porém, sem afetar significativamente a produção, segurança ou meio ambiente, como exemplo, pode-se citar equipamentos utilizados ocasionalmente ou que possuem redundância. Por outro lado, há máquinas que possuem restritos parâmetros de funcionalidade e que afetam decisivamente o processo que são os equipamentos críticos. A sua disponibilidade poderá acarretar a perda de vendas, perda de prazos para entregas, acidentes pessoais e danos ambientais. Os esforços da manutenção devem incidir prioritariamente nestes equipamentos. A partir da necessidade em determinar quais sistemas são críticos ou não, utilizamos a uma matriz de criticidade para definir a criticidade dos mesmos. Muitas são as opções de matrizes a utilizar, serão apresentadas alguns modelos.

1. INTRODUÇÃO

Desde a metade do século passado, em especial, desde o início da década de 1980, as empresas têm enfrentado enormes desafios devido às rápidas mudanças tecnológicas nos processos e equipamentos, além disso, a concorrência acirrada do mercado tem tornado a manutenção da carteira de clientes um trabalho de extrema dificuldade bem como, exigido das empresas um alto nível de competitividade. A atividade de planejar na manutenção deve começar pela elaboração da MATRIZ DE CRITICIDADE dos ativos, cuja responsabilidade é da engenharia de manutenção, porém, com a parceria do planejamento do PCM, em conjunto com a operação, programação de produção, segurança e meio ambiente.

2. CONCEITO

Ferramenta que qualifica os equipamentos em níveis diferentes de criticidade lastreado por parâmetros pré-estabelecidos.

Os aspectos utilizados para determinar tal nível são segurança pessoal, meio-ambiente, produção, qualidade do produto e custo de manutenção.

Ao concluir a etapa de avaliação do nível de criticidade dos equipamentos da empresa, é estabelecido ao menos três níveis. Estes, servirão para definir os tipos de serviços e a modalidade de manutenção, assim como a frequência de realização.

Os tipos de manutenção são divididos em manutenção preventiva, preditiva ou corretiva, assim como serviços como inspeção e avaliação dos equipamentos.

3. BENEFÍCIOS DA IMPLANTAÇÃO DA MATRIZ DE CRITICIDADE

Uma vez a matriz de criticidade elaborada de forma correta e com auxílios de outras ferramentas, como o PCM, pode-se observar certos benefícios, como redução de perda de produção, diminui a perda de qualidade dos produtos, evita acidentes, ameniza danos ao meio ambiente, auxilia no controle de custos da empresa, evitando que este aumente, diminui o tempo de execução das atividades de manutenção, melhora a organização dos trabalhos da manutenção e fornece indicadores para respaldar as prioridades dos equipamentos e setores.

4. MÉTODOS PARA ESTABELECER A CRITICIDADE

Sistema numérico Simples;

Sistema numérico combinado com letras;

Sistema de prioridade de atendimento por palavras;

Sistema de prioridade por importância de equipamentos.

4.1 SISTEMA NUMÉRICO SIMPLES

No sistema numérico simples as prioridades são definidas por 1, 2 e 3. No qual os equipamentos que forem classificados como 1 são qualificados como de maior importância, devendo ser despendido mais energia perante a este maquinário. As máquinas que são identificados como prioridade 2, necessita de uma atenção intermediária, inferior aos elementos de prioridade 1. Os ativos que forem atribuídos prioridade 3 são os de menores impactos na planta fabril onde deve-se ser atribuída menor importância comparada aos classificados como prioridade 1 e 2.

Tabela 1 - Sistema numérico Simples

4.2 SISTEMA NUMÉRICO COMBINADO COM LETRAS

I – Interfere na produção;

N – Não interfere na produção;

P – Parcialmente interfere na produção.

Tabela 2 - Sistema numérico combinado com letras

4.3 SISTEMA DE PRIORIDADE DE ATENDIMENTO POR PALAVRAS

Emergência: É a atividade de maior importância, justificando a pausa de outras atividades para saná-la;

Urgência: São as intervenções que podem ser alocadas nas atividades seguintes, sem que haja a necessidade de interrupção da tarefa em andamento;

Necessária: Critério de prioridade mais alto para as ordens de serviços normais e para as manutenções preventivas;

Desejável: Atividades que precisam serem feitas mas não estão nas três primeiras prioridades;

Prorrogável: Utilizados para serviços que podem ser executados imediatamente ou não, dependendo da disponibilidade de mantenedores.

Tabela 3 - Sistema de prioridade de atendimento