Normas caldeiras

NORMAS

        A necessidade de seguir normas para a construção, manutenção e operação das caldeiras surgiu durante a revolução industrial, em 1905, diante de uma catástrofe ocorrida em Massachusetts/EUA. O primeiro código a ser criado foi o American Society of Mechanical Engineers (ASME), que é a principal referência normativa sobre caldeiras e vasos de pressão. (ALTAFINI, 2002).

        No Brasil, a norma que estabelece medidas de segurança quanto à operação de caldeiras e vasos de pressão é a Norma Regulamentadora 13. Esta norma teve sua primeira versão em 1978 e passou por revisões posteriormente. A NR- 13 representa segurança tanto para as pessoas quanto para o patrimônio da empresa, garantindo também, mais confiança nos equipamentos. Isto, se estes forem instalados, operados, inspecionados e reparados seguindo os padrões estabelecidos. (SOUZA, 2008)

        De acordo com NR-13, dando ênfase no item 13.4:

• Disposições Gerais

As caldeiras são classificadas em três categorias: categoria A são caldeiras cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960 kPA; categoria C incluem caldeiras que operam em pressões iguais ou inferiores a 588kPa; categoria B são as caldeiras que não se enquadram nas outras categorias.

        As caldeiras devem possuir: válvula de pressão de abertura ajustada; instrumento que informe a pressão do vapor acumulado; sistema de alimentação de água independente do principal para que evite o superaquecimento; sistema de drenagem rápida de água em caldeiras de recuperação de álcalis; sistema automático que controle o nível de água e evite o superaquecimento por alimentação deficiente.

        Toda caldeira deve possuir em seu corpo uma placa de informações contendo: nome do fabricante; número de ordem; ano de fabricação; pressão máxima de trabalho; pressão de teste hidrostático; capacidade de produção de vapor; área de superfície de aquecimento; código de projeto e ano de edição.

        O estabelecimento que possuir uma caldeira deve possuir a seguinte documentação: prontuário da caldeira, fornecido pelo fabricante; registro de segurança; projeto de instalação; projetos de alteração ou reparo; relatórios de inspeção; certificados de calibração dos dispositivos de segurança.

• Instalação de caldeiras a vapor

        O projeto de instalação das caldeiras deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos em normas. A instalação da caldeira deve ser feita em casa de caldeiras ou em um local específico, chamado de área de caldeiras.

Quando a instalação for em local aberto a área de caldeiras deve: estar afastada, no mínimo, três metros de outras instalações do estabelecimento, de depósitos de combustíveis, de propriedades de terceiros e de vias públicas; dispor de pelo menos duas saídas amplas; dispor de acesso fácil e seguro; possuir sistema de capitação e lançamento dos gases e material particulado; dispor de iluminação conforme normas; ter sistema de iluminação de emergência. Já em local fechado, a área de caldeiras deve: constituir prédio separado; dispor de pelo menos duas saídas amplas; dispor de ventilação apropriada; dispor de sensor para detecção de vazamento de gás; não ser usada para outro fim; possuir acesso fácil e seguro; ter sistema de capitação e lançamento dos gases e material particulado; dispor de iluminação conforme normas.

• Segurança na operação de caldeiras

Toda caldeira deve possuir manual de operação contendo: procedimento de partidas e paradas; procedimentos e parâmetros operacionais; procedimentos para situações de emergência; procedimentos de segurança, saúde e preservação do meio ambiente.

Os instrumentos e controles das caldeiras devem estar sempre calibrados e em condições para operar. Toda caldeira só será operada e controlada por um operador de caldeira, aquele que possuir um certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras e comprovar estágio prático.