NÍQUEL CARBONYL UTILIDADES APLICAÇÕES CARACTERISTICAS
Por: fabiossdias • 5/8/2020 • Resenha • 2.298 Palavras (10 Páginas) • 204 Visualizações
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIADO PARÁ.
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS
DISCIPLINA DE METALURGIA DOS MATERIAS NÃO FERROSOS
Artigo processo níquel carbonyl.
- INTRODUÇÃO
O níquel tem seu ponto de fusão em aproximadamente 1453°C, possuindo uma grande resistência à corrosão e oxidação. Deste modo o níquel é utilizado, tanto puro como em ligas, em aproximadamente 300 mil produtos para consumo, indústria, material militar, moedas, transporte/aeronaves e em aplicações voltadas para a construção civil.
Nos países industrializados o níquel tem aproximadamente 70% de utilização na siderurgia, sendo os restantes, 30%, divididos em ligas não-ferrosas, galvanoplastia etc. Tal utilização se dá seguindo, também, a uma categorização de classe I e classe II sendo:
Classe I: Derivados com grande pureza, com no mínimo 99% de níquel contido (níquel eletrolítico e "carbonyl pellets”) tendo assim larga utilização em qualquer aplicação metalúrgica. (aula não ferrosos)
Classe II: Derivados com conteúdo entre 20% e 96% de níquel (ferro-níquel, matte, óxidos e sínter de níquel) com grande utilização na fabricação de aço inoxidável e ligas de aço.
O foco deste artigo é o níquel de classe I, obtido pelo processo carbonyl pellets. A maior parte da conversão do matte de níquel em níquel de alta pureza é feito por lixiviação, purificação de solução e eletrowinning ou redução por hidrogênio. Mas cerca de um quarto da conversão do matte em níquel de alta pureza é feito pelo refino gasoso carbonyl. Esse processo é usado no Canadá, China, Rússia e Gales.
O primeiro princípio do refino do níquel carbonil é que o níquel tende a formar gás, enquanto outros metais não. Essa gaseificação permite que o níquel seja separado de outros metais e impurezas.
O segundo princípio do refino do níquel carbonil é que enquanto o níquel pode ser carbonilado para formar o níquel carbonil gasoso à baixa temperatura, ~50ºC, o níquel carbonil resultante pode ser decomposto para níquel metálico em alta temperatura, ~240ºC.
Cerca de 25% do sulfeto de níquel de conversor de matte é refinado para níquel de alta pureza (99,99% Ni) através dos seguintes passos:
- Oxidação do matte para óxido de Ni impuro
- Redução do produto óxido para liga impura de níquel
- Produção seletiva de Ni carbonyl gasoso, Ni(CO)4, proveniente da liga
- Decomposição do gás carbonyl para níquel de alta pureza, 99,99% Ni
A carbonilação é feita continuamente à pressão ambiente ou em lotes a aproximadamente 70 bar.
- OBJETIVOS
Este artigo tem por objetivo descrever como é produzido níquel através do processo Carbonyl pellets, abordando as peculiaridades deste método e características dos equipamentos presentes, bem como medidas para uma operação segura.
- MATERIAIS E MÉTODOS
Revisão bibliográfica do capítulo 22 do livro Extractive Metallurgy of Nickel, Cobalt and Platinum Group Metals do autor Frank Crundwell conforme Figura 1
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Figura 1 – Livro Extractive Metallurgy of Nickel, Cobalt and Platinum Group Metals Fonte: https://www.bookdepository.com/Extractive-Metallurgy-Nickel-Cobalt-Platinum-Group-Metals-Frank-Crundwell/9780080968094
E demais materiais citados na bibliografia
3.1- DESCRIÇÃO
Da maneira mais simples, o processo consiste na oxidação do matte, redução do produto oxidado para níquel metálico impuro e então descrito conforme os seguintes passos:
- Reação contínua do níquel metálico impuro com gás monóxido de carbono (~50ºC em pressão ambiente) para formar o níquel carbonil gasoso, Ni(CO)4, em forno rotativo.
- Remoção contínua de níquel carbonil gasoso e resíduos não reagidos do forno
- Transferência do resíduo para a planta de recuperação de metais
- Decomposição contínua de níquel carbonil gasoso para monóxido de carbono e níquel de alta pureza pelo contato com pellets quentes (240ºC) de níquel de alta pureza
- Remoção contínua de monóxido de carbono e aumento dos pellets de níquel do decompositor
- Resfriamento contínuo do monóxido de carbono e reciclando-o no forno de carbonilação
- Envio de pellets crescidos de níquel de alta pureza para o mercado.
3.2- QUÍMICA DO PROCESSO
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Um diagrama esquemático do fluxograma do processo é mostrado abaixo conforme Figura 2:
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Figura 22.1 - Fluxograma esquemático para refino de níquel carbonyl à pressão ambiente (como o usado na Clydach, Gales). O forno de carbonilação refrigerado e o decompositor de pellets quentes são notáveis. A refinaria de Clydach foi construída para produzir ~40.000 toneladas de níquel por ano.
(A inclinação do forno está exagerada na figura, na verdade é ~1º na horizontal) Níquel carbonil e monóxido de carbono são extremamente tóxicos e não devem escapar dentro do ambiente de trabalho.
3.3- Carbonilação industrial à pressão ambiente
O processo é contínuo, realizado a 50° C em fornos rotativos. A reação de carbonilação, equação (22.1), é altamente exotérmica, gerando cerca de 160 kJ/mol de Ni(CO)4. Como resultado, os fornos rotativos são refrigerados a água para manter a temperatura do forno a 50° C.
3.4 - Complexidade do forno
Um forno de carbonilação possui três entradas: (i) liga de níquel carbonila; (ii) gás monóxido de carbono; e (iii) água de refrigeração. Todos esses fluxos de entrada devem ser alimentados ao forno enquanto gira.
Existem também três saídas: (i) resíduo não carbonilado; (ii) gás composto por níquel carbonila e monóxido de carbono; e (iii) água quente de refrigeração.
Além disso, o gás níquel carbonila é extremamente tóxico. Isso significa que absolutamente nenhum gás pode ser permitido escapar do forno. Isso requer, isolamentos perfeitos entre os fornos rotativos e seus dispositivos estáticos de carga e descarga.
3.5 - Sulfidação da alimentação
Como pode ser observado a partir dos detalhes operacionais dados na tabela 22.1, a alimentação para o forno é sulfurada pela adição de gás sulfeto de carbonila, COS, ao gás de entrada do forno. Essa adição de sulfato de carbonila aumenta a taxa de carbonilação.
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