O BENEFICIAMENTO MINERAL
Por: cirilaraquel • 4/4/2018 • Projeto de pesquisa • 2.221 Palavras (9 Páginas) • 208 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - UFCG
CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS - CTRN
UNIDADE ACADÊMICA DE MINERAÇÃO E GEOLOGIA – UAMG
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA E MINERAL – PPGEPM
PLANO DE DISSERTAÇÃO
PROPOSTA DE OTIMIZAÇÃO DE UMA UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE FELDSPATO PEGMATÍTICO NO MUNICÍPIO DE PEDRA LAVRADA/PB COM ÊNFASE NAS ETAPAS DE BRITAGEM E MOAGEM
CANDIDATO: GERSON FERREIRA DA SILVA
ORIENTADOR: Prof. Dr. ELBERT VALDIVIEZO VIERA
LINHA DE PESQUISA: BENEFICIAMENTO MINERAL
CAMPINA GRANDE – PB
2016
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA E MINERAL – PPGEPM
PLANO DE DISSERTAÇÃO
OTIMIZAÇÃO DE UMA UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE FELDSPATO PEGMATÍTICO NO MUNICÍPIO DE PEDRA LAVRADA/PB COM ÊNFASE NAS ETAPAS DE BRITAGEM E MOAGEM
CANDIDATO: GERSON FERREIRA DA SILVA
ORIENTADOR: Prof. Dr. ELBERT VALDIVIEZO VIERA
De acordo com o plano de dissertação:
___________________________________________________________________
Gerson Ferreira da Silva
(Candidato)
___________________________________________________________________
Prof. Dr.Elbert Valdiviezo Viera
(Orientador)
1. INTRODUÇÃO
Os pegmatitos graníticos são uma importante fonte de minerais econômicos, tais como quartzo, feldspato, caulim, micas e gemas. São também fontes principais exclusivas de alguns elementos como Ta, Li, Cs contidos em minerais raros como tantalita, outros tantalatos, petalita, espodumênio, entre outros (Ref.).
A Província Pegmatítica da Borborema (PPB) é uma região de domínio de pegmatitos formados no final do ciclo Brasiliano (500-450 milhões de anos), abrangendo parte dos Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, com incidência de corpos mineralizados, principalmente em Ta-Nb, Be, Sn, Li. A atividade de mineração de pegmatitos na Mesorregião do Seridó teve início no ano de 1940, contando com incentivos resultantes da cooperação do governo brasileiro com as Forças Aliadas durante a Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, foi incentivada principalmente a produção de minerais como a scheelita, berílio, e elementos químicos como lítio e tântalo. Com o fim do conflito, houve uma queda de produção, mas firmou-se na região uma vocação mineira que é mantida até a atualidade (Ref.).
No Estado da Paraíba, as atividades mineiras que ocorrem nas cidades de Pedra Lavrada e Nova Palmeira, concentram-se principalmente na extração e beneficiamento de minerais de pegmatitos, que vêm sendo explorados na região desde meados do século passado. Na execução da lavra nos garimpos, e nos processos de beneficiamento, são gerados rejeitos em grande quantidade, e geralmente tem destino final inadequado, apresentando um enorme desperdício de material e degradação ambiental. Esses poderiam ser aproveitados em aplicações especiais nas indústrias de transformação.
Observa-se que o crescimento socioeconômico implica em maior consumo de bens minerais, tornando importante garantir a disponibilidade dos recursos demandados pela sociedade. Assim, é notório, que sem a mineração, o crescimento e modernização das cidades não seria possível. Por isso, é indispensável que as empresas mineradoras realizem suas atividades de forma racional e sustentável e que outorguem contrapartidas compatíveis com o inevitável impacto ambiental.
As cooperativas COOMIPEL, localizada no município Pedra Lavrada, Estado da Paraíba foi selecionada para este trabalho, devido a sua importância para economia da região, e a possibilidade de propor uma alternativa técnica para melhoramento do beneficiamento desses pegmatitos, em particular o mineral feldspato.
Neste trabalho pretende-se realizar um estudo focando o melhoramento do processamento mineral nas operações unitárias de britagem, moagem, peneiramento e classificação, em uma unidade localizada nessa região. Ainda é previsto propor um modelo piloto de beneficiamento, com intuito de otimizar a produção de feldspato para atender as especificações demandadas pelo setor industrial.
2. PEGMATITOS: ASPESTOS GERAIS
A designação pegmatito foi mencionada inicialmente pelo mineralogista francês Hauny no início do século XIX para designar o que se conhece atualmente por granito gráfico (Jahns,1955). Posteriormente, o vocábulo tornou-se mais abrangente, incluindo rochas de granulometria muito grosseira, onde o granito gráfico constitui uma parte delas.
Os pegmatitos são rochas ígneas, de granulometria variável, alcançando em alguns casos, grãos com tamanho, de centímetros até decímetros, e que a textura associada se chama pegmatítica. Esses corpos têm os mesmos constituintes minerais que o granito (quartzo, feldspato e mica), porém os tamanhos dos cristais são maiores. Apresentam composições variadas (dioriticas, gabroícas ou graníticas), sendo os pegmatitos graníticos os mais frequentes (Ref.).
Os minerais oriundos desses pegmatitos, como feldspato, quartzo, mica, tantalita, berilo, e outros, quando há possibilidades de aproveitamento, são destinados ao mercado interno. Embora provenientes dos pegmatitos, cada bem mineral produzido tem propriedades diferentes e, consequentemente aplicações e mercados específicos, sendo utilizados na indústria cerâmica, e na construção, que são transformados em pisos, tintas, porcelanato, e louças sanitárias (Ref.).
Para a província Pegmatítica da Borborema, os pesquisadores propuseram classificações desses pegmatitos, de acordo com alguns critérios. Dentre os autores estão Scorza (1944), Johnstan Jr (1945a,1945b), Rolff (1945,1946b) e Roy et al. (1964)
Scorza (1944) agrupou os pegmatitos da região, de acordo com a presença de minerais de valor econômico, como: cassiterita, berilo, tantalita e columbita, em:
(A) Pegmatitos que contêm cassiterita.
(B) Pegmatitos que contêm minérios de cobre.
(C) Pegmatitos que não contém cassiterita nem minerais de cobre.
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