O Concreto Auto Adensável

1. INTRODUÇÃO

O CAA foi desenvolvido na Universidade de Tóquio em 1986. O desenvolvimento do CAA se fez necessário devido à dificuldade de executar estruturas com formas complexas e altas taxas de armaduras, sem prejuízo da qualidade e durabilidade do concreto.

Havia também, a preocupação com a eliminação da poluição sonora, obtida com a ausência do uso de vibradores. Além disso o CAA traria redução de custos e de prazos de execução, que seria conseguida com a diminuição dos quadro de funcionários envolvidos nas atividades e melhor trabalhabilidade do concreto durante o processo de aplicação. A baixa trabalhabilidade dos concretos também dificultava o adensamento dos mesmos em elementos estruturais com formas complexas e com altas taxas de armaduras.

Na Suécia os projetos e pesquisas sobre CAA tiveram início a partir dos anos 90. Estudos sobre a utilização de diferentes tipos de fileres e critérios de bloqueio para agregados britados e seixos, em ensaios na caixa L, foram significativos.  

As propriedades do CAA fresco propõem preenchimento de todos os espaços das formas sobre o efeito apenas de seu próprio peso, passado por entre os obstáculos sem sofrer bloqueio, preenchendo todos os espaços das formas mesmo os mais confinados pela concentração de armaduras.

A capacidade de se auto adensar é obtida com o equilíbrio entre alta fluidez com grande mobilidade e moderada viscosidade e coesão entre as partículas de concreto fresco.

A alta fluidez é alcançada com a utilização de aditivos Superplastificantes de última geração e também aditivos minerais (METHA P.K.; MONTEIRO 2008).

A moderada viscosidade e coesão entre as partículas são conseguidas com o incremento de um percentual adequado de adição de mineral granulometria muito baixa. Além disso, um alto volume de pasta e um menor diâmetro característico máximo do agregado graúdo são fundamentais para obtenção de CAA.

O princípio mais importante para concretos fluidos e resistentes a segregação, incluindo o CAA, é o uso de aditivos Superplastificantes combinados com alto teor de materiais finos, sejam eles cimento Portland, adições minerais, filer de rochas (Calcário, Basáltico, granítico) ou areia fina.

Segundo Okamura, para o concreto fluir uniformemente através de barras de aço, a tensão de cisalhamento da argamassa deve ser pequena, esta tensão surge na argamassa, devido ao deslocamento das partículas de agregado graúdo.

Portanto na produção de concretos CAA, é praticamente obrigatório o uso de aditivos Superplastificantes e recomendável o uso de modificadores de viscosidade, o primeiro para aumentar a fluidez e o segundo para aumentar a viscosidade do concreto.

1. PROBLEMA DE PESQUISA:

Em obras de objetivo social, o que é mais viável estrutura convencional ou paredes de concreto auto adensável?

1. HIPOTESE:

• Muito se tem discutido a respeito da viabilidade do uso do concreto auto adensável nas obras, principalmente em paredes e Radier.  

Estão sendo feitas obras no Brasil, paredes em concreto auto adensável já com a cor no próprio concreto, pois fazendo isso, estamos economizando mão de obra e material, pois não se fará necessário a pintura dessas paredes, diminuindo então a poluição do meio ambiente.  

Um fator importante é que, mesmo com a adição de cores no concreto, o mesmo não perde nenhuma de suas características, continua atendendo as especificações das normas vigentes brasileiras.  

Com o uso dessa técnica construtiva, também podemos prever a diminuição do desperdício de materiais no canteiro de obras, pois quando se utiliza a alvenaria tradicional, perde-se muito material como argamassa e bloco, o que não acontece com o uso de CAA.  

Um problema que alguns profissionais da área têm questionado é com relação a paredes em concreto auto adensável é a seguinte:  

E se precisar cortar a parede para instalações elétricas? A resposta é bem simples, nesse sistema de construção não se faz necessário, pois todas as instalações elétricas são feitas em modo aparente, o que também termina em diminuição de tempo, mão de obra e aluguel de equipamentos, visto que a manutenção dessas instalações também será de custo menor.  

Sabemos que uso do concreto auto adensável nas obras, tem gerados muitas economias e vantagens para as empresas que aprendem a trabalhar com essa técnica, pois as vantagens são muitas, tem crescido a cada dia o número de empresas que estão aderindo tal forma de trabalhar.  

Veja algumas:  

• Durabilidade

• Resistência Estrutural

• Estanque idade  

• Conforto térmico e acústico  

• Imagem arquitetônica tradicional  

• Redução da mão de obra e do tempo de execução  

• Maior controle tecnológico dos materiais

• Redução dos materiais e equipamentos

• Eco eficiência  

Pesquisas Comprobatórias  

• Resistência a impactos de corpo mole e impactos de corpo duro

• Comportamento sob ação de cargas provenientes de peças suspensas

• Solicitações transmitidas ao sistema através dos ensaios de fechamento brusco e choque de abalo em portas.  

• Estanque idade de água proveniente de lavagem de piso  

• Avaliação de desempenho térmico de sistema construtivo  

• Avaliação do desempenho acústico de sistema construtivo

• Determinação de estanque idade a água em paredes  

Sendo assim, entendemos que o uso dessa técnica, irá ajudar muito nossas construções e também organizar o canteiro de obras, pois não será necessário o acumulo de materiais como Blocos, fazendo assim com que o ambiente seja mais limpo e seguro para os funcionários.

1. OBJETIVO

1. OBJETIVO GERAL

Neste trabalho foi analisada a viabilidade econômica do Concreto Auto Adensável (CAA), que tem como característica principal a grande fluidez e trabalhabilidade, dispensando o uso de vibradores de imersão e diminuindo a mão-de-obra envolvida nas concretagens.

1.  OBJETIVO ESPECÍFICO

O objetivo é apresentar um comparativo, entre a execução de paredes de estrutura convencional e de CAA, visando a viabilidade econômica do CAA em obras de objetivo social.

1. JUSTIFICATIVA

1. JUSTIFICATIVA ECONÔMICA

• Análise da viabilidade econômica do concreto auto adensável

No Brasil pesquisas mostram que erroneamente profissionais tomadores de decisões escolhem outro tipo de concreto por seu custo ser teoricamente mais baixo que o CAA, ou então, justificam que deixam de utilizar esse concreto já que algumas propriedades no estado endurecido podem comprometer o desempenho da estrutura, como o modulo de elasticidade.