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O Cráton Amazônico - Síntese Geotectônica

Por:   •  25/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.230 Palavras (5 Páginas)  •  188 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

IGEO – INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

COMPARTIMENTAÇÃO DO CRÁTON AMAZÔNICO

Boa Vista – RR

Maio de 2014

JOSÉ LOPES DE MACÊDO NETO

COMPARTIMENTAÇÃO DO CRÁTON AMAZÔNICO

Síntese da compartimentação do cráton amazônico para obtenção de crédito na disciplina GEO502 - GEOTECTÔNICA do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Roraima.

Profº. Dr. Cristovão da Silva Valério

Boa Vista – RR

Maio de 2014

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        4

2. COMPARTIMENTAÇÃO DO CRÁTON AMAZÔNICO        5

3. CONCLUSÃO        8

4. REFERÊNCIAS        9

1. INTRODUÇÃO

O Cráton Amazônico está localizado ao norte da Placa Sul-Americana e representa uma das principais unidades tectônicas da plataforma Sul-Americana, abrangendo dois escudos pré-cambrianos, o Escudo das Guianas, situado ao norte, e o Escudo Brasil Central, situado ao sul, ambos sendo divididos por uma faixa de cobertura Fanerozóica. É Considerada uma das maiores áreas cratônica do mundo, abrangendo cerca de 4.500.000 km2, é limitada pelas faixas orogênicas neoproterozóicas (Paraguai- Araguaia-Tocantins) e por faixa Orogênica Andina. Os estudos do Cráton Amazônico são baseados em duais linhas de pensamentos, a fixista, que considera o cráton uma grande plataforma continental arqueana, afetada por diversos episódios de retrabalhamento crustal e rejuvenescimento termal paleo e mesoproterozóicos, e mobilista, considerando que o cráton é composto por várias províncias crustais de idades arqueana a mesoproterozóica, tendo permanecido estável tectonicamente desde 1,0 Ga. Neste trabalho será mostrado, de forma sintetizada, as principais linhas de pensamentos sobre a evolução do Cráton Amazônico.

2. COMPARTIMENTAÇÃO DO CRÁTON AMAZÔNICO

Foram desenvolvidas duas principais linhas de pensamento para a evolução do Cráton Amazônico, a fixista e mobilista. A primeira, desenvolvida por pesquisadores como Amaral (1974), Almeida (1978), Issler (1977), Hasui et al (1984) e Costa & Hasui (1997). Esses autores defendem que a tectônica pré-cambriana do cráton fosse caracterizada por processos de reativação de plataforma e formação de blocos continentais por meio de retrabalhamento de crosta continental no Arqueano e Paleoproterozóico e durante o Mesoproterozóico teriam ocorrido apenas processos de reativação e retrabalhamento de crosta continental no Arqueano e Paleoproterozóico. Ainda segundo essa concepção, o cráton é dividido em doze blocos tectônicos que se aglutinaram através de colisões ao longo do Arqueano e Paleoproterozóico, formando parte de um supercontinente. Segundo os autores esses blocos são compostos predominantemente por complexos gnáissicos de médio grau metamórfico e sequências meta-supracrustais, caracterizando terrenos do tipo granito greenstone. Esses mesmos blocos seriam assinados por suturas colisionais, marcado pela gravimetria, que estariam associados a cinturões granulíticos ou por cinturões de cisalhamento, envolvendo cavalgamentos associados ou não a transcorrências tardias, igualmente condizentes com a tectônica colisional.

O modelo fixista baseia-se fundamentalmente em dados geofísicos, em interpretações de informações geológicas, em dados radiométricos e, principalmente, obtidos pelos métodos geocronológicos K-Ar e Rb-Sr. Para explicar o crescimento da plataforma continental durante o Arqueano e Paleoproterozóico os autores considerarão apenas o modelo colisional do tipo crosta continental vs. crostal continental. Entre tanto, os recentes estudos geológico sobre o cráton amazônico não apresentam sustentação a este modelo, pois indicam que a maioria dos blocos crustais é mais jovem que Arqueano-Paleoproterozóico, e ainda que acresção crustal juvenil relacionada a subducção representou um mecanismo fundamental de crescimento continental deste cráton.

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A outra linha de pensamento, a mobilista, defendida por Cordani et. al. (1979), seguida e modificada por Tassinari (1981), Cordani & Brito Neves (1982), Teixeira et al. (1989), Tassinari et al. (1996) e Tassinari (1996), baseia-se nos conceitos atualísticos das orogenias modernas, nas quais, durante o Arqueano, Paleo e Mesoproterozóico, teria ocorrido uma sucessão de arcos magmáticos envolvendo a formação de material juvenil, derivado do manto, como também processos subordinados de retrabalhamento crustal.

Segundo esta concepção, o Cráton Amazônico divide-se em províncias geocronológicas, onde foram definidas a partir de padrões geocronológicos, assembleias litológicas, trends estruturais e histórias geológicas particulares e distintas em relação às províncias adjacentes, exibindo resultados coerentes entre si. Desta forma, o Cráton Amazônico compreendem a Província Amazônia Central (> 2,5 Ga), compondo os núcleos arqueanos Carajás e Iricoumé, Províncias Maroni-Itacaiúnas (2,2 – 2,0 Ga), Província Ventuari-Tapajós (1,9 – 1,8 Ga), Província  Rio Negro-Juruena (1,8 – 1,55 Ga), Província Rondoniana-San Ignácio (1,55 – 1,3 Ga) e Província Sunsás (1,25 – 1,0 Ga).

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