O CÁLCULO DO POTENCIAL ELÉTRICO DE UM CONDUTOR CARREGADO
Por: lipei • 28/10/2021 • Projeto de pesquisa • 1.678 Palavras (7 Páginas) • 174 Visualizações
FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS – UNICAMP
ENGENHARIAS DE MANUFATURA E PRODUÇÃO
FÍSICA III
CÁLCULO DO POTENCIAL ELÉTRICO DE UM CONDUTOR CARREGADO
NOME: Gabriel Passos RA: 172351
NOME: Mariana Dias Pennone RA: 183717
INTRODUÇÃO
O potencial elétrico em um determinado ponto é a energia potencial que seria associada a uma unidade de carga nesse ponto. É por isso que o potencial é medido em joules por coulomb, ou volts. Não é necessário que exista uma carga em determinado ponto para que um V potencial exista nesse ponto.
É possível calcular o potencial elétrico conhecendo-se o campo elétrico de uma região, através da relação:
. (1)[pic 1]
Superfície equipotencial é uma superfície sobre a qual o potencial elétrico V permanece constante em todos os seus pontos. As linhas de campo elétrico e as superfícies equipotenciais são sempre mutuamente perpendiculares.
Caso o potencial seja conhecido, é possível calcular o campo elétrico da região, através da fórmula:
. (2)[pic 2]
Em cada ponto, o gradiente de potencial aponta no sentido para o qual V cresce mais rapidamente com a variação da posição. Portanto, em cada ponto, a direção e o sentido de correspondem à direção e ao sentido em que V decresce mais rapidamente.[pic 3]
OBJETIVO
Se considerarmos uma região com um ou mais condutores mantidos em potenciais fixos, é possível determinar o potencial em função da posição nessa região. Para isso, considera-se a propriedade que em uma região onde não existe nenhuma carga, o valor do potencial em um dado ponto é igual à média dos valores dos potenciais dos pontos de suas vizinhanças. Se for considerado que o potencial depende apenas das coordenadas x e y, é possível construir uma matriz de potenciais e realizar este cálculo através de iterações com os valores da própria matriz.
Dessa forma, para um ponto qualquer do espaço V(x,y), teremos que o potencial neste ponto é dado por:
(3)[pic 4]
Consideraremos uma caixa condutora muito longa com seção reta quadrada. Como dado na proposta do trabalho, o potencial nas bordas dessa caixa é zero, e a mesma apresenta em seu interior pontos com um potencial fixo que formam um “L”, como mostra a Figura 1.
[pic 5]
Figura 1 - Dimensões da caixa e regiões de potencial fixo.
O objetivo do projeto é calcular o potencial de cada ponto dentro da caixa e representar os resultados graficamente, bem como utilizar a definição (2) para calcular o campo elétrico da região.
CÁLCULO DO POTENCIAL E DO COMPO ELÉTRICO (MÉTODO NUMÉRICO)
Para se observar o comportamento do potencial elétrico na caixa uma rotina foi desenvolvida onde uma matriz de pontos que subdivide essa região foi idealizada. Já para o cálculo do gradiente do potencial, uma segunda função foi implementada, ela calcula o menos gradiente () de uma matriz. O algoritmo foi executado no software MATLAB. Seguem as rotinas utilizadas:[pic 6]
Cálculo do potencial:
%DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DO CONDUTOR.
u = 4; %Valor da unidade.
m = 30*u; %Define a altura do condutor como função de u.
n = 30*u; %Define a largura do condutor como função de u.
RA1 = 7; %Define o RA1.
RA2 = 1; %Define o RA2.
%CRITÉRIOS DE PARADA.
%Os cálculos são finalizados quando o máximo de iterações é atingido
%ou quando calculos consecutivos alcançam os mesmos resultados.
itmax = 80000; %Número máximo de iterações.
V = zeros(m+2,n+2); %Declaração da matriz que armazena os potenciais.
%Declaração do tamanho das matrizes auxiliares utilizadas para o cálculo da média dos vizinhos.
%SUP -> Translada os elementos de V uma linha para baixo(soma o vizinho superior)
%INF -> Translada os elementos de V uma linha para cima(soma o vizinho inferior)
%DIR -> Translada os elementos de V uma coluna para esquerda(soma o vizinho direito)
%ESQ -> Translada os elementos de V uma coluna para direita(soma o vizinho esquerdo)
SUP = V; INF = V; DIR = V; ESQ = V;
%DEFINIÇÃO DOS PONTOS FIXOS
%Definição dos índices da matriz V que armazenam potencial 0V (constante) das bordas.
borda = [[1:m,m*ones(1,n-2),ones(1,n-2),1:m];[ones(1,m),2:(n-1),2:(n-1),n*ones(1,m)]]';
%Translação dos pontos para adequação ao algorítmo(Soma 1 em cada índice).
borda = borda + 1;
%Definição dos índices que armazenam potencial 10V (constante) do L.
L = [(m/3+1):(m/3+RA1*u),(10*u+1)*ones(1,RA2*u);10*u*ones(1,RA1*u),(10*u+1):((RA2+10)*u)]';
%Translação dos pontos para adequação ao algorítmo(Soma 1 em cada índice).
L = L + 1;
%Concatenação dos pontos de potencial constante.
pontosVconst = [borda;L];
Vconst = [0*borda(:,1); 0*L(:,1)+10]; %Define potencial 0 para as bordas e potencial 10 para o L.
pontos = sub2ind([m+2 n+2], pontosVconst(:,1), pontosVconst(:,2)); %Define o elemento da matriz que é constante.
V(pontos) = Vconst; %Define o potencial de cada ponto constante na matriz V.
%A variável V_ant armazena a matriz V calculada na iteração anterior para comparação.
V_ant = V;
bar = waitbar(0,'Computando'); %Mostra barra de progresso.
%INÍCIO DOS CÁLCULOS
for k = 1:itmax %CRITÉRIO DE PARADA(Número máximo de iterações)
%DEFINIÇÃO DAS MATRIZES UTILIZADAS NO CÁLCULO DA MÉDIA.
s = V(2:m+1,2:n+1); %Seleciona a parte central de V.
...