O Diagrama de Ishikawa
Por: Riana Nunes • 13/4/2018 • Trabalho acadêmico • 1.423 Palavras (6 Páginas) • 961 Visualizações
Diagrama de Ishikawa
O Diagrama de Causa e Efeito, ou, Espinha de Peixe como é popularmente conhecido, é uma técnica de análise que foi desenvolvida por Kaoru Ishikawa no Japão em 1943 que utilizava está técnica em indústrias para a verificação da variação na qualidade dos produtos e dos processos. Esta ferramenta é estruturada em um modelo semelhante a uma espinha de peixe, conforme é mostrada na Figura 1 e no quadro 1 mostra-se como é caracterizada, onde as linhas verticais são as causas das deficiências no fluxo logístico, podendo ser seis origens geralmente caracterizadas por: medição, materiais, mão de obra, maquinas, métodos e meio ambiente e a linha horizontal é o efeito (FERROLI; LIBRELOTTO; FERROLI, 2010).
De acordo com Willians (1995), o diagrama de causa-efeito, é uma ferramenta simples muito utilizada em qualidade. É uma ferramenta que permite a identificação e análise das possíveis causas de variação do processo ou do acontecimento de um fenômeno, assim como a maneira que essas causas interagem entre si. Também é amplamente utilizada para análise de problemas organizacionais. Esta ferramenta se caracteriza como um instrumento para se aplicar no controle da qualidade, aplicável em atividades diversas, de modo que contribui na identificação de desvios no fluxo logístico, observando uma possível existência e localização dos gargalos na organização em que se aplicar a ferramenta da análise da espinha de peixe (ISHIKAWA, 1993)
A análise de processo é a análise que esclarece a relação entre os fatores de causa no processo e os efeitos como qualidade, custo, produtividade, etc., quando se está engajado no controle de processo. O controle de processo tenta descobrir os fatores de causa que impedem o funcionamento suave dos processos. Qualidade, custo e produtividade são efeitos ou resultados deste controle de processo. (ISHIKAWA, 1993)
Com a utilização do diagrama de causa e efeito é possível determinar as causas dos problemas para atacá-los da melhor forma possível.
Na Figura 1 a seguir é possível identificar o esquema mais conhecido do Diagrama da Causa Efeito, logo em seguida no quadro 1, podemos compreender melhor a estrutura do Diagrama.
Figura 1: Diagrama de Ishikawa e ilustração dos 6M
[pic 4]
Fonte: Campos, 1999
Quadro 1 – Característica do Diagrama de Ishikawa
[pic 5]
Fonte: Ishikawa (1993)
Construindo o Diagrama de Causa e Efeito
Segundo Hosken, alguns pré-requisitos são importantes para se elaborar um diagrama de causa e efeito, como “sugestões de possíveis causas do problema (Brainstorming) das pessoas envolvidas no processo” e uma “análise de Pareto, para revelar a causa mais dominante”. Com base nessas informações, defini-se o problema a ser analisado. O problema (efeito) é destacado com um retângulo e uma seta desenhada da direita para a esquerda (SEBRAE, 2005), como mostra a figura 2.
Figura 2 - Primeira etapa para construção do diagrama de causa e efeito
[pic 6]
Fonte: Sebrae.
Em seguida, classifique as causas encontradas no Brainstorming em famílias ou categorias de causas. Normalmente, costuma-se denominar essas famílias ou causas como “causas primárias potenciais” são escritos dentro de retângulos ligados diretamente ao eixo horizontal do diagrama, como representado na figura 3.
Figura 3 - Causas primárias
[pic 7]
Fonte: Sebrae
De acordo com Cantidio, as causas primarias potenciais podem ser definidas como fatores de manufatura ou 6 M s (Matéria-prima, Máquina, Medida, Meio ambiente, Mão-de-obra e Método). Em que:
Máquina: inclui todos os aspectos relativos às máquinas, equipamentos e instalações, que podem afetar o efeito do processo; Método: inclui todos os procedimentos, rotinas e técnicas utilizadas que podem inteferir no processo e, consequentemente, no seu resultado; Material: inclui todos os aspectos relativos à materiais como insumos, matérias-primas, sobressalentes, peças, etc, que podem interferir no processo e, consequentemente, no seu resultado; Mão de obra: inclui todos os aspectos relativos ao pessoal que, no processo, podem influenciar o efeito desejado; Medida: inclui a adequação e confiança nas medidas que afetam o processo como aferição e calibração dos instrumentos de medição; Meio ambiente: inclui as condições ou aspectos ambientais que podem afetar o processo, além disso, sob um aspecto mais amplo, inclui a preservação do meio ambiente. (CANTIDIO, S., 2009)
Segundo Hosken, as causas primárias potenciais também podem ser classificadas como 5W1H que representa as iniciais inglesas dos seguintes termos: What (o quê?); Who (quem?); When (quando?); Where (onde?); Why (por quê?) e How (como?). A figura 4 demonstra para cada causa primária identifique as subcausas que a afetam.
Figura 4: Acréscimo de subcausas ao diagrama[pic 8]
Fonte: Cantidio.
A última etapa consiste em analisar minuciosamente as inúmeras causas de cada efeito encontrado, e revisar todo o diagrama para verificar se nada foi esquecido. A riqueza de detalhes poderá ser determinante para qualidade dos resultados do projeto. Quanto mais informações sobre os problemas forem disponibilizadas, maiores serão as chances de solucioná-los (CANTIDIO, S., 2009).
Aplicações do Diagrama de Causa e Efeito
Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) divulgaram um estudo para a classificação das causas de geração de resíduos de construções, em três níveis, através de um diagrama de causa e efeito. Para isso os pesquisadores utilizaram como insumo uma revisão da literatura e brainstorming com especialistas na área de construção civil. Inicialmente, definiram como problema (efeito) “Geração de resíduos de construção” e para as causas primárias ou primeiro nível foi realizada uma adaptação das categorias (M's) padrões, na qual “Material" e “Máquina” foram tratados como um só item, “Materiais e Equipamentos”; “Meio Ambiente” foi definido como “Fatores Externos”; o item “Medida” foi substituído por “Gerenciamento”. "Design", que na opinião de alguns devia ficar fora de "Método", pois o impacto de suas decisões pode ser muito relevante para a questão de resíduos. (MELO, et al. 2016). Podemos observar na figura 5 abaixo.
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