O ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA NA UTILIZAÇÃO DE ENSAIO SPT EM OBRAS RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA NA UTILIZAÇÃO DE ENSAIO SPT EM OBRAS RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES

DISCENTE: EXPEDITO RAFAEL SILVA COSTA

JOÃO PESSOA-PB

17/10/2021

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................02

2 OBJETIVOS................. ........................................................................................04

2.2 Objetivo Geral.....................................................................................................04

2.3 Objetivos Específicos..........................................................................................05

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................06

3.1 FUNDAÇÕES.....................................................................................................06

3.2 SONDAGENS.....................................................................................................07

3.3 STANDARD PENETRATION TEST (SPT).........................................................08

3.4 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS ISOLADAS..............................................16

3.5 ORÇAMENTO....................................................................................................25

4 METODOLOGIA....................................................................................................26

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................34

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................39

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................40

1. INTRODUÇÃO

No contexto da engenharia civil, dentre todas as suas etapas construtivas, a concepção orçamentária se destaca por discriminar os custos da obra tornando atrativo ou não para quem a solicita. Para empresas ou particulares um orçamento incorreto ou incompleto pode resultar em falência e inviabilizar o projeto. A não observância de certos gastos ou a recusa de execução de alguma etapa, erroneamente considerada desnecessária, pode acarretar impactos não só financeiros como também jurídicos para quem toma a responsabilidade do gerenciamento da obra.

Rotineiramente é possível observar a recusa, com a simples premissa de economia, na execução de um estudo muito importante para o reconhecimento de solo intitulado standard penetration test ou simplesmente SPT. Contudo, segunda a NBR 6122/2019 que trata do projeto e execução de fundações, “As sondagens de reconhecimento à percussão são indispensáveis e devem ser executadas de acordo com a NBR 6484/2020, levando-se em conta as peculiaridades da obra em projeto. Tais sondagens devem fornecer no mínimo a descrição das camadas atravessadas, os valores dos índices de resistência à penetração (S.P.T) e as posições dos níveis de água.”

Segundo Brito (1987) apud Melhado et al (2002) “Fundações bem projetadas correspondem de 3% a 10% do custo total da edificação. Porém se forem mal concebidas e mal projetadas, podem atingir de 5 a 10 vezes o custo da solução mais apropriada para o caso”. De modo geral, na íris de um sub dimensionamento, mesmo não ocorrendo uma catástrofe imediata da edificação, é possível que venha a desenvolver patologias com o passar do tempo e na melhor das hipóteses um superdimensionamento implicaria em um gasto excessivo de materiais e mão de obra.

Com a alta dos preços de materiais da construção civil a minimização dos gastos e a correta alocação dos mesmos é de vital importância para se obter um resultado satisfatório e em acordo com as normas vigentes. Conforme Tisaka (2006), o sucesso ou fracasso de uma obra de engenharia depende da forma como estabelecemos a cobrança pelos serviços prestados ao cliente. Para tanto um refinamento nos gastos de produção implicaria em uma cobrança mais atrativa para o consumidor final.

O objetivo desse estudo será comparar o orçamento de uma fundação de uma residência unifamiliar com e sem utilização da investigação de solo cabível. O desenvolvimento dessa pesquisa é de bastante importância na questão da desmistificação e verificação de viabilidade na utilização do ensaio SPT em obras de pequeno e médio porte com intuito de evitar gastos desnecessários(superdimensionamento) e/ou posteriores manifestações patológicas ligadas a estrutura.

1. OBJETIVOS

1. OBJETIVO GERAL

Avaliar a variação no custo orçamentário na utilização de sondagem SPT em uma residência unifamiliar térrea e apontar a possível viabilidade da adoção desse ensaio.

1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Mostrar os tipos de fundações com foco em sapatas isoladas;
• Apresentar a sondagem SPT;
• Dimensionar as fundações rasas segundo as normas e posterior dimensionamento sem utilização de ensaio de solo;
• Desenvolver o levantamento orçamentário das opções;
• Expor a utilização da sondagem como prática viável.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. FUNDAÇÕES

Segundo Barros (2011) fundações são elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno as cargas da estrutura.

Consoante a NBR 6112/2019 as fundações são divididas em dois tipos: fundações (superficiais ou rasas) e fundações profundas. A escolha do tipo de fundação adotada varia de acordo com o tipo do solo estudado e a finalidade da construção.

FUNDAÇÕES RASAS

De acordo com NBR 6122/2019 as fundações rasas são elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno, predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, e em que a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. Incluem-se neste tipo de fundação as sapatas isoladas, os blocos, os radier, as sapatas associadas, as vigas de fundação e as sapatas corridas.

Ainda dentro da norma citada anteriormente diversos são os tipos de fundações rasas e essas, por sua vez, variam de acordo com a necessidade do terreno estudado e devem garantir, com certa margem de segurança, que as cargas da edificação sejam transmitidas ao solo.