O Escoamento Superficial
Por: Will Sharman • 18/3/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 1.077 Palavras (5 Páginas) • 344 Visualizações
EXERCÍCIO DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL
Determinar o escoamento superficial considerando os valores de uso e ocupação da bacia de 2003 e simular o escoamento considerando a possível adoção de dois tipos de ocupação da bacia para 2020: a) acréscimo na política de urbanização e b) acréscimo na política de conservação.
No Final construir gráficos para as 3 situações de Pe em função do TR e C em função do TR. Utilizar o método Curva Número ou CN desenvolvido pelo SCS - USDA, que é considerado o método mais utilizado para a estimativa do escoamento superficial em bacia hidrográfica (MACHADO, 2002). O método é baseado nas seguintes equações:
[pic 1] Eq. (1)
[pic 2] Eq. (2)
Onde:
Pe: escoamento superficial (mm);
P: Precipitação Máxima em dado Período de Retorno (mm);
S: Infiltração Potencial (mm)
CN: Número da Curva, admensional.
[pic 3]
Figura 1. Uso e ocupação na bacia do ribeirão Itaim ocorridas no período de 1986 a 2003.
Tabela 1. Classes de uso e ocupação na bacia do ribeirão Itaim nos anos de 1986 a 2003.
[pic 4]
O valor do Curva Número pode ser ponderado em função dos diferentes usos e ocupação (cobertura) do solo pela seguinte equação:
[pic 5]
Eq. (3)
Onde:
CNpond= Valor do Número da Curva ponderado, adimensional.
CNc = Valor do número da curva de cada classe de uso e cobertura do solo da bacia, adimensional.
Ac = Área de cada classe de uso e cobertura do solo da bacia em ha.
At = Área total da bacia, em ha.
Resolução
Para resolver esse exercício primeiro deve-se calcular o tempo de concentração da bacia.
[pic 6] |
Figura 2. Representação do Tempo de Concentração da bacia.
Refere-se ao tempo necessário para a água em ir do ponto mais distante até o exutório da bacia. Sua estimativa é baseada na velocidade média do escoamento superficial que é função do espaço a ser percorrido e da declividade equivalente, sendo calculado pela Equação 5 de Kirpich, conforme (TUCCI, 2000) e como se refere ao tempo a partir do qual toda a bacia estará contribuindo com a vazão, esta deverá ser máxima.
[pic 7] (Eq. 5)
Tc = Tempo de Concentração em minutos;
L = Comprimento do Talvegue (Km);
H = Desnivel entre a nascente mais distante e o exutório da bacia (m)
Tabela 3. Características Físicas da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Itaim
Características físicas | Itaim |
Área | 58,90 km² |
Perímetro | 48,30 km |
Comprimento do rio principal | 21 km |
Coeficiente de Compacidade | 1,70 |
Fator de Forma | 0,13 |
Ordem da Bacia | 4ª Ordem |
Densidade de Drenagem | 1,63 km/km² |
Densidade da Rede da Bacia Fluvial | 2.40 cursos/km² |
Extensão média do Escoamento Superficial | 0,15 km |
Altitude máxima | 1.060 m |
Altitude média | 680 m |
Altitude mínima | 577 m |
Declividade | 0,023 m/m |
Uma vez que se determine o Tempo de concentração o mesmo deve ser igualado ao tempo de duração da chuva, conforme demonstrado na Figura 2, somente assim se garante que haverá cheia. Assim escolhe-se as alturas de chuva máxima em uma tabela igual a Tabela 4. Como não estamos preocupados apenas com um tempo de retorno específico, devemos pegar todos os valores de chuva variando de 2 a 200 anos de retorno e tempo de duração igual ao tempo de concentração.
Tabela 4. Previsão de máximas alturas de chuva (mm) para Taubaté, SP em função do período de retorno e da duração da chuva
Duração t | Período de retorno T (anos) | ||||||||
(minutos) | 2 | 5 | 10 | 15 | 20 | 25 | 50 | 100 | 200 |
10 | 14,8 | 19,8 | 23,1 | 25,0 | 26,3 | 27,3 | 30,4 | 33,4 | 36,5 |
20 | 24,0 | 31,7 | 36,7 | 39,6 | 41,6 | 43,1 | 47,9 | 52,6 | 57,3 |
30 | 30,2 | 39,6 | 45,8 | 49,3 | 51,8 | 53,6 | 59,5 | 65,2 | 71,0 |
60 | 41,0 | 53,2 | 61,3 | 65,8 | 69,0 | 71,5 | 79,1 | 86,6 | 94,1 |
120 | 50,1 | 64,8 | 74,5 | 80,0 | 83,8 | 86,8 | 95,9 | 104,9 | 113,9 |
180 | 54,4 | 70,3 | 80,8 | 86,7 | 90,9 | 94,1 | 103,9 | 113,7 | 123,5 |
360 | 59,9 | 77,6 | 89,3 | 95,9 | 100,5 | 104,1 | 115,1 | 126,0 | 136,8 |
720 | 63,7 | 83,0 | 95,7 | 102,9 | 108,0 | 111,9 | 123,8 | 135,7 | 147,5 |
1080 | 65,4 | 85,6 | 98,9 | 106,4 | 117,7 | 115,8 | 128,3 | 140,7 | 153,1 |
1440 | 66,5 | 87,3 | 101,0 | 108,8 | 114,2 | 118,4 | 131,2 | 144,0 | 156,8 |
Fonte: Martinez Junior & Magni (1999).
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