O Laboratório de Engenharia
Por: Karina Ueda • 27/9/2021 • Relatório de pesquisa • 1.792 Palavras (8 Páginas) • 86 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS-UFGD[pic 1][pic 2]
FACULDADE DAS ENGENHARIA-FAEN
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
Prática n° 5: Filtração
Trabalho realizado para fins de avaliação parcial da disciplina de Laboratório de Engenharia 2017, ministrada pelo Professora Drº. Raquel.
Sarah Mantovani
Raísa Crepaldi
Karina Ueda
Dourados, 16, Março, 2017.
- INTRODUÇÃO
A separação de partículas pode ser feita através de vários métodos e processos, dependendo do tipo de sólido desejado para a separação, viscosidade e tamanho da partícula da mistura sólido-liquido. Um desses métodos é a filtração, nela se estabelece uma diferença de pressão que faz que o fluido passe através de poros, que podem ser de vários tamanhos dependendo do sólido, que impedem a passagem das partículas, que na sua vez, se acumulam sob os poros, esse acumulo é chamado de torta.
A filtração nada mais é do que uma operação unitária, muito utilizada na indústria alimentícia. É uma das aplicações mais comuns do escoamento de fluidos através de leitos compactos (FOUST et.al, 1982).
Seus princípios são basicamente muito simples. Tudo que é envolvido é a separação de um sólido de um liquido, ou gasoso, por meio poroso com poros pequenos demais para permitirem a passagem de partículas sólidas. O meio filtrante pode ser papel ou um sólido poroso, como cerâmica ou camada de areia. O tamanho dos poros frequentemente é um pouco maior que o diâmetro médio das partículas a serem separadas (BLACKADDER, 2004).
A filtração industrial difere da filtração de laboratório somente no volume de material operado e na necessidade de ser efetuada a baixo custo. Assim, para ter uma produção razoável, com filtro de dimensões moderadas, deve-se aumentar a queda de pressão, ou deve-se diminuir a resistência ao escoamento, para aumentar a vazão. A maioria do equipamento industrial opera mediante a diminuição da resistência ao escoamento, fazendo com que a área filtrante seja tão grande quanto possível, sem que as dimensões globais do filtro aumentem proporcionalmente (FOUST et.al, 1982).
Existem vários tipos e formatos de filtros, dentre eles o filtro prensa. Estes filtros consistem em placas e bases alternadas com um filme filtrante a cada lado das placas. As placas têm incisões com forma de canais para drenar o filtrado em cada placa. A suspensão de alimentação se bombeia na prensa e flui através dos espaços vazios. O filtrado flui entre o filme filtrante e a superfície da placa, através dos canais e para o exterior, enquanto os sólidos se acumulam como torta nas bases.
O filtro prensa é projetado para realizar diversas funções, cuja sequência é controlada manualmente (FOUST et.al, 1982). Este tipo de filtro têm uma operação cíclica e por isso são mais empregados em produções em batelada e em processos de produções de tamanho mediano.
Filtros prensa são equipamentos para separação de sólidos -líquidos, e o modelo mais comum de filtro-prensa consiste em placas e marcos (Figura 1), que se alternam numa armação e que são comprimidos fortemente, uns contra os outros, por meio de um a prensa hidráulica. Para armar este filtro, as placas e os marcos são montados alternadamente nos trilhos laterais da prensa, mediante as linguetas laterais dos elementos. O meio filtrante é então suspenso sobre as placas, cobrindo as duas faces. O meio filtrante pode ser uma lona, ou um tecido sintético, ou papel de filtro ou tela metálica. No tecido, fazem-se furos para ajustarem-se aos furos dos canais nas placas e nos quadros. Uma vez fechada a prensa, o meio filtrante atua com o uma gaxeta, selando as juntas entre as placas e os quadros e formando um canal contínuo com os furos existentes em uns e outros destes elementos.
Uma suspensão flui contra os elementos filtrantes permeáveis, os quais só permitem a passagem de líquidos, retendo os sólidos. Deste fluxo, os sólidos retidos formam continuamente uma torta sobre as lonas de filtragem. A fase líquida da sus pensão continua fluindo através dos elementos filtrantes sendo drenada das placas com filtrado isento de sólidos. A lona de filtragem e a torta formam uma resistência ao fluxo. Com o aumento da espessura da torta, há necessidade de mais energia (pressão) para vencer a resistência gerada.
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Figura 1. Esquema do filtro prensa
- MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Materiais
Os materiais utilizados foram:
- agitador;
- balança semi-analítica;
- bandeja;
- béqueres;
- bombas elétricas;
- cronômetro digital;
- estufa;
- filtro prensa de marcos e placas;
-manômetro;
- panos filtrantes;
- tanque fiber-glass;
- carbonato de cálcio (CaCo3).
Para o experimento realizado em laboratório foi usado um filtro prensa de marco, conforme exemplificado na Figura 2.
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Figura 2. Marco e Placa de filtração para o filtro- prensa.
4.2 Metodologia do ensaio
A filtração foi realizada com uma suspensão de carbonato de cálcio (CaCO3) 2% e um filtro prensa de marcos. A bomba foi ligada até o sistema atingir a pressão de 1,5 kgf/cm2, sendo esta lida em manômetro. Essa pressão foi obtida e controlada através de um ajuste da válvula ligada à linha do by-pass. Durante a filtração, pressão fixa, iniciou-se a cronometragem do surgimento do filtrado, anotando-se o tempo toda vez que coletava-se 1L de água (medido em béquer),desta maneira pode-se obter a vazão de filtração e o acompanhamento de tempo por volume filtrado. Com a filtração finalizada fechou-se a válvula que controlava a alimentação do carbonato de cálcioe desligou-se a bomba.
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