O Mapeamento com Drone
Por: Kalebe Vinicius Monteiro Cavalcante • 1/11/2022 • Artigo • 1.476 Palavras (6 Páginas) • 83 Visualizações
INTRODUÇÃO
A topografia enquanto uma ferramenta para coleta de dados, pode ser entendida de duas maneiras, uma dita como “convencional” outra “com suporte de vant”. Nesse sentido, a topografia “convencional” é aquela que realizada a aquisição através de equipamentos tais como: estação total, teodolito, e receptores gnss.
A Topografia com suporte de drone e receptores rtk para adquirir ponto de controle naquela determinada superfície, tal aquisição de dados, é uma obtenção indireta, pois o operador não vai naquele ponto para extrair os dados. Na topografia tradicional existem métodos que podem ser utilizadas em um levantamento topográfico por meio de alguns instrumentos, como as descritas no trabalho de Veiga (2007) que são 4 a poligonação, interseção a vant, irradiação e a Estação Total (instrumento utilizado no método tradicional de levantamento), o operador através dos drone adquiri imagens que são agrupadas e processadas, através dessas imagens que se obtém um ponto, essa tecnologia só existe graças ao avanço de sensoriamento remoto.
Dessa forma, este trabalho realizou uma coleta de dados planimétricos em um campus universitário do sudeste paraense (UNIFESSPA campus II).
LEVANTAMENTOS PLANIALTIMÉTRICOS UTILIZANDO A TOPOGRAFIA TRADICIONAL
Ao se comparar as novas tecnologias com os métodos mais tradicionais, podemos citar outros trabalhos que tiveram o mesmo propósito, como é o caso do trabalho Jeronymo et al. (2015) que comparou o levantamento realizado com a Estação Total, o escâner a laser e a fotogrametria terrestre.
Para a realização de levantamentos de grandes áreas com obstáculos, destacam-se tanto a utilização de drones, com ou sem pontos de controle GNSS (Global Navigation Satellite System), quanto dos drones RTK (Real Time Kinematic), que também podem ser utilizados com ou sem os pontos de controle GNSS.
O método de levantamento GNSS/RTK utiliza sistema geodésico de coordenadas para determinação de um ponto na superfície da Terra. Sendo que a sigla GNSS se refere ao sistema de cobertura de satélites utilizada pelo equipamento, sistema esse que utiliza vários outros sistemas, tais como, GPS, GLONASS (Global Navigational Satellite System), GALILEO e BEIDOU, citados como os principais. Já a tecnologia RTK permite ao operador saber sua posição em tempo real com precisão centimétrica, e com pós-processamento e correções, essa precisão pode ser milimétrica (EXTERCKOETTER, 2019).
A utilização dos drones para a topografia trouxe algumas mudanças, que são, segundo a Droneng (2019), a diminuição das equipes em campo e dos custos em equipamentos, além da facilidade na operação e maior velocidade de aquisição de dados em campos, tornando assim uma
vantagem em relação ao método tradicional com o uso do equipamento de estação total. Em outra comparação mais recente entre a topografia convencional e a topografia com drones, apresentado pela empresa Droneng (2020), durante a realização de uma coleta de dados no campo,
obtiveram a conclusão de que há três motivos principais para a utilização de drones durante o estudo em uma área de 31.000 m².
O primeiro motivo apontado pela Droneng (2020) é a produtividade, pois há uma grande diferença no tempo de execução. Com a utilização da topografia convencional, o tempo gasto em campo foi de 8 horas e 15 minutos, o processamento durou 30 minutos e mais 2 horas para gerar os
produtos, gerando um resultado de 628 pontos. Com a topografia com drones, o tempo em campo foi de 30 minutos, o tempo de voo durou 15 minutos e o processamento teve a duração de 5 horas e 9 minutos, gerando um resultado com mais de 1 milhão de pontos. E ressaltam que se o estudo tivesse
sido feito em uma área maior, a comparação dos números apresentaria uma maior discrepância e exemplificam como se tivesse sido feito em uma área 10 vezes maior, apenas comparando o tempo de campo base. Na topografia convencional o tempo gasto em campo resultaria em 82 horas e 15
minutos, enquanto a utilização de drones, o tempo gasto para o levantamento na mesma área seria em torno de 6 horas.
O Segundo motivo apontado pela Droneng (2020) é o nível de detalhamento do terreno, pois é obtida uma nuvem de milhares de pontos, sendo assim a representação é mais fiel ao terreno, trazendo maior qualidade ao seu produto final. E o terceiro motivo é o cálculo de volume mais preciso, pois devido ao detalhamento do terreno maior, o modelo apresentado da superfície do terreno é mais denso, sendo possível coletar nuances no terreno, enquanto a topografia convencional o detalhamento é de uma forma mais espaçada.
Metodologia
A primeira etapa para a realização do levantamento é a regulamentação da aeronave e do profissional que irá utilizá-la, ou seja, o piloto. Para isso é necessário que o profissional conheça e entenda todos os órgãos governamentais e as normas desenvolvidas por eles para a utilização dos drones.
No Brasil a utilização de drones é controlada por quatro órgãos principais: a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o Ministério da Defesa (MD).
PLANO DE VOO
Para a realização dessa etapa, muitas empresas como a PIX4D e a DroneDeploy desenvolveram programas que auxiliam o profissional a desenvolver um plano de voo que atenda ao projeto. Neste trabalho para adquirir mais informações desta etapa foi utilizado o software desenvolvido pela DroneDeploy (2020), pela facilidade de acesso tanto ao software quanto aos tutoriais que estão disponíveis para utilização no site da empresa. Para a utilização do software o local de levantamento foi o campus da universidade sudeste do Pará
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