O Mobile Learning

Aluno:

Matrícula:

Curso:

Polo:

“Mobile Learning: A tecnologia móvel na Educação” 

O que são tecnologias móveis?

Tecnologias móveis são aparelhos digitais, facilmente portáteis, que possui acesso à internet e permite um amplo número de ações, inclusive multimídias.

Como exemplo de tecnologias móveis, podemos citar: telefones celulares, tablets, leitores digitais (e-readers), aparelhos portáteis de áudio e consoles manuais de videogames. Dentre eles, os telefones celulares são os mais amplamente utilizados no planeta.

O que é aprendizagem móvel?

Aprendizagem móvel é um tipo de aprendizagem que envolve o uso de tecnologias móveis, isoladas ou combinadas a outras TIC^[1], como rádio, telefone e computadores, a fim de permitir a aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar. A seguir, exemplo de aprendizagem móvel com a utilização de tablets, na figura 1.

Figura 1: Aprendizagem móvel com a utilização de tablets[pic 2]

Utilização e desafios das tecnologias móveis

Embora muitas partes do mundo sejam pobres em escolas, livros e computadores, esses mesmos lugares são cada vez mais ricos em tecnologias móveis. Por isso, o principal desafio da utilização destas tecnologias na educação está relacionado à sofisticação de seu uso para fins pedagógicos, que só será alcançado através do entendimento e aproveitamento de seu poder.

Nesse contexto, a Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura (UNESCO) publicou em 2014 um guia com bons motivos e recomendações políticas para implantação das tecnologias móveis na sala de aula. O guia foi apresentado durante a Semana de Aprendizagem móvel, que ocorre anualmente, desde 2011, em Paris. Abaixo, os temas das quatro últimas edições do evento, apresentados pela tabela 1.

Ano	Tema
2018	“Habilidades para um mundo conectado”
2017	“Educação em crises e emergências”
2016	“Inovando para qualidade”
2015	“Aproveitando a tecnologia para capacitar mulheres e meninas”

Tabela 1: Tema das quatro últimas edições da Semana de Aprendizagem móvel da UNESCO.

Bons motivos para utilização das tecnologias móveis nas escolas

“Não usar tecnologias móveis é perder oportunidades educacionais muito ricas”. Rebeca Otero, Unesco. Por isso, a seguir, são apresentados benefícios das tecnologias móveis relacionados à questões de: alcance, qualidade, custo e segurança.

1.        Ampliação do alcance e equidade da educação, a exemplo da criação de redes de acesso à internet em instituições de ensino que não possuem conexões por meio de linhas fixas e do fornecimento de aparelhos móveis baratos, equipados com programas educacionais, como proposta de complementação de investimentos educacionais já existentes.

2.        Facilitação da aprendizagem individualizada, através da personalização de um mesmo conteúdo em diferentes formas de apresentação, tais como: manipulação de atlas com informações históricas em aparelho sensível ao toque e linha do tempo indicando eventos importantes, com links para vídeos e documentos.

3.        Fornecimento de retorno e avaliação imediatos, a exemplo da utilização de aplicativos matemáticos que fornecem o passo a passo de questões que possam estar erradas e permitem os estudantes localizar rapidamente problemas de compreensão, e de aplicativos que facilitam a distribuição, coleta, avaliação e divulgação de resultados de testes aplicados  por professores, a fim de acelerar ou eliminar essas tarefas logísticas, para dedicação de mais tempo ao trabalho direto com os estudantes.

4.        Permissão de aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar, possibilitada através da utilização de aparelhos móveis em locais que antes não eram propícios à educação e da flexibilidade de escolha do dedicado aos estudos, onde pode-se estudar por longas horas ou numa curta viagem de ônibus, por exemplo.

5.        Asseguramento do uso produtivo do tempo em sala de aula, a exemplo da visualização de aulas expositivas em aparelhos móveis fora da escola, a fim de aumentar o tempo dedicado à aplicação de conteúdos referentes às matérias, em vez de sua mera transmissão.

6.        Criação de novas comunidades de estudantes, através da utilização de sistemas de projetos colaborativos, como de leitura e comentário de contos em áreas onde há escassez de livros, que visam o engajamento nas interações sociais fundamentais à aprendizagem.

7.        Apoio a aprendizagem fora da sala de aula, como forma de maximização da compreensão, a exemplo da utilização de aplicativos que facilitam o aprendizado de diversas disciplinas, como história e química, proporcionando aos usuários passeios virtuais por cidades ou pelo habitat de determinadas plantas.

8.        Potencialização da aprendizagem sem solução de continuidade, através da utilização de “nuvem” e de softwares de sincronização, a exemplo do arquivamento de um trabalho desenvolvido em um aparelho móvel que foi continuado por softwares de sincronização, no computador.

9.        Criação de ponte entre a aprendizagem formal e a não-formal, através do acesso a materiais suplementares que facilitam o aprendizado na ausência do professor, como: a utilização de aplicativos de ensino de idiomas que “falam” e “ouvem” os alunos, por meio de alto-falantes e microfones embutidos nos telefones celulares.

10.        Minimização da interrupção educacional em áreas de conflito e desastre, devido à facilidade do conserto da infraestrutura móvel, a exemplo da utilização de aparelhos móveis para comunicação e estudo, mesmo quando as escolas e universidades estão fechadas ou não oferecem segurança.

11.        Auxílio a estudantes com deficiência física, auditiva, visual e de aprendizagem (como dislexia), através da utilização de aplicativos de criação e leitura de textos. Como exemplo desta tecnologia, podemos citar programas gratuitos que transformam um telefone celular equipado com uma câmera em um instrumento que lê textos em voz alta, para estudantes com deficiência visual.