O Risco Climáticos

Gestão do risco de enchentes em área urbana das microbacias contribuintes do Córrego Ipiranga

Ariele Aparecida Pires Domingos (1); Vinícius Martins Gail (2)

(1) Universidade Federal de Juiz de Fora, email: [e-mail];
(2) Universidade Federal de Juiz de Fora, email: [e-mail].

RESUMO

Este artigo pretende apresentar a conceituação de gestão de riscos de inundações e propor estratégias para o planejamento da mitigação das mesmas através de algumas das principais ferramentas de gerenciamento de crises hídricas baseando-se no componente urbano, para a melhoria da sustentabilidade e para o desejável aumento da resiliência dentro do município de Juiz de Fora, em especial na bacia do Córrego Ipiranga. Será realizada revisão de literatura sistemática utilizando sistemas de busca como a bases de dados o Google Acadêmico e o Periódicos CAPES. Espera-se uma análise da gestão de riscos de inundações e a implicação do planejamento urbano nesse contexto. A questão das inundações é tema mundial, porém são em países como o Brasil que a situação é mais latente e que produz consequências mais agudas, principalmente devido à falta de planejamento ao longo da bacia, a um tratamento de problemas pontuais e localizados, a falta de interdisciplinaridade nas discussões acerca do tema entre outros.

1. Palavras-Chave: Gestão de riscos. Mitigação. Córrego Ipiranga.

INTRODUÇÃO

A urbanização dos países periféricos é caracterizada pelo aumento de agrupamento de novos espaços, que estão atrelados ao crescimento das cidades e de suas populações, resultando em uma rápida substituição das paisagens. Dentre os elementos naturais impactados pela acelerada urbanização estão os recursos hídricos.

Silva e Travassos (2008) relatam a modificação da paisagem para demonstrar a relação entre recursos, pois quanto mais abundantes, mais rápido será o crescimento populacional, e com isso mais modificações na paisagem e mais implicação no ambiente:

Se, por um lado, esse aumento possibilitou um crescimento expressivo da população mundial em razão de uma maior abundância de recursos, por outro, foi responsável pela diminuição progressiva da capacidade de resiliência dos ecossistemas. Nesse processo, conflitos antigos foram acirrados e novos foram constituídos, tornando cada vez mais complexa a relação entre os assentamentos urbanos e sua base física (SILVA; TRAVASSOS, 2008:28)

Segundo Machado (2005) a utilização inadequada dos recursos, incluindo a falta de planejamento e gestão adequada de usos e ocupação do solo, acarreta graves problemas, especialmente no âmbito econômico e ambiental, principalmente em áreas urbanas.

O presente estudo tem como objetivo analisar a gestão de riscos na área da Bacia Hidrográfica do Córrego Ipiranga (BHCI). Esta bacia está localizada ao sul do município de Juiz de Fora (MG) e conforme Martins (2014) possui elevadas altitudes, chegando a apresentar 970m em seu ponto mais elevado. Além disso, possui declividades compreendidas, em sua maior parte, no intervalo de 0º a 30º, podendo chegar a mais de 45º em alguns pontos.

Os maus hábitos da população como o descarte dos resíduos sólidos, acarretam o colapso do sistema de drenagem pluvial da região do Córrego Ipiranga, devido ao aumento dos fluxos hidráulicos dentro dos sistemas de drenagem existentes e às reduções das seções de escoamento deles.

METODOLOGIA

O trabalho é composto por uma revisão bibliográfica sistemática na qual através de sistemas de busca como o Google Acadêmico e o Periódico Capes foi feita uma pesquisa contendo os descritores: gestão de risco, enchentes e mitigação. Após a análise da bibliografia encontrada foi selecionada a tese de doutorado de José Genivaldo do Vale Moreira, que tem como título: MÉTODO PARA ANÁLISE DE FREQUÊNCIA E DE GESTÃO DO RISCO DE CHEIAS, A PARTIR DA INFORMAÇÃO HIDROMETEOROLÓGICA, SOB A CONDIÇÃO DE NÃO-ESTACIONARIEDADE (2016); o artigo do Professor Doutor Pedro José de Oliveira Machado, publicado na Revista de Geografia – PPGEO que aborda JUIZ DE FORA E A URBANIZAÇÃO DO PARAIBUNA (2016); o artigo de José Rodolfo Scarati Martins, publicado pela Escola Politécnica, Universidade de São Paulo e tem como título GESTÃO DA DRENAGEM URBANA: SÓ TECNOLOGIA SERÁ SUFICIENTE?; o trabalho de conclusão de curso de engenharia civil realizados pelos alunos Vinícius Martins Galil, Vinícius Fossati Calcaterra e Weverton Gabriel de Oliveira Fernandes sobre IMPLEMENTAÇÃO DE METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DE DESCARGAS EM BACIAS HIDROGRÁFICAS (2020)