Risco Ambiental Decorrente Do Uso De Fluido De Corte

3. Riscos Ambientais da Utilização de Fluidos de Corte

São inegáveis os benefícios dos fluidos de corte as atividade manufatureiras, porem existem aspectos ambientais que devem ser levados em conta, os fluidos de corte podem ser apontados como um dos principais fatores causadores de impactos ambientais negativas relacionados à indústria metal mecânica.

Fluidos de corte e outros agentes auxiliares utilizados em processos de usinagem como óleos lubrificantes, óleos hidráulicos, graxas, etc., possuem potencial altamente perigoso de poluição ao solo, ar, água, alem de serio risco à saúde do operados.

Figura 8 - Principais interações dos fluidos de corte com o meio ambiente[2].

A partir do processo de preparação para aplicação, um grande número de inconvenientes atinge os fluidos de corte de várias formas e fontes, o que pode determinar o tempo de vida útil deste produto e também aumentar as responsabilidades da empresa.

Além das causas existentes na preparação, a utilização dos fluidos de corte em processos de usinagem torna-o susceptível ao ataque de microorganismos, bactérias e fungos e do próprio operador quando da sua higiene. O manuseio incorreto, por exemplo, pode gerar resultados desagradáveis que vão desde problemas no processo de fabricação e ataques à saúde dos operadores até o descarte prematuro deste produto[5].

Figura 9 – Causas geradoras de efeitos nocivos nos fluidos de corte[5].

Pesquisas apontam que o contato direto com os fluidos de corte e seus subprodutos pode causar doenças de diversos tipos, como doenças de pele, doenças pulmonares e até mesmo alguns tipos de câncer. Alem dos fatores nocivos a saúde humana existem também os fatores nocivos ao meio ambiente, o momento em que se deve descartar os produtos após serem deteriorados pela sua utilização, em via de regra, sempre provocam algum tipo de impacto ao meio ambiente.

Um tratamento inadequado dos fluidos de corte durante o seu período de vida, além de prejudicar o desempenho de suas propriedades, pode agravar o processo de emissões e resultar em perdas através de:

• formação de gases;

• formação de espumas;

• formação de névoas;

• formação de neblina e precipitados;

• oxidação dos fluidos;

• lançamento de fluidos para fora do sistema circulador.

Figura 10 - Emissões de Fluidos de corte[5].

3.1 – Risco à Saúde do Operador

O contato do operador com os fluidos de corte seja através de respingos, inalação de vapores ou nevoa no ambiente de trabalho pode causar uma serie de problemas relacionados a saúde. A presença de materiais como aditivos, bactericidas, fungicidas e impurezas pode por exemplo causar doenças de pele como:

• Dermatites;

• Inflamações;

• Reações alérgicas;

• Irritações;

• Hiperpigmentação.

A inalação e exposição à fluidos de corte ou subprodutos através de nevoas e vapores, pode causar grande variedade de doenças:

• Doenças respiratórias;

• Irritações nas mucosas do nariz;

• Irritações na garganta;

• Irritações nos olhos.

Alguns aditivos usados na formulação de fluidos de corte são suspeitos de serem carcinogênicos. Os vapores são gerados, sobretudo, no contato dos fluidos de corte com superfícies quentes da peça trabalhada, da ferramenta ou do cavaco quente e alem de empobrecer a qualidade do ar oferecem riscos de propagação de incêndios.

A presença de compostos organoclorados nos aerossóis, resultantes da atomização mecânica e condensação dos vapores formados durante a usinagem, devido às suas propriedades físico-químicas, estão propensos ao transporte e deposição através do ar a longas distancias, quase sempre resultando em contaminações do ambiente e risco a saúde humana em locais distantes da indústria[2].

3.2 – Contaminação do Solo e da Água

As perdas de fluidos de corte durante a operação de usinagem podem chegar a marca de 30% do total utilizado. Os principais meios de perdas do fluido de corte são:

• Perdas devido à presença no cavaco;

• Perdas devido à presença na peça;

• Perdas