OS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
Por: Augusto Fernandes • 16/4/2019 • Artigo • 15.462 Palavras (62 Páginas) • 152 Visualizações
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FUNDAÇÃO COMUNITÁRIA DE ENSINO SUPERIOR DE ITABIRA Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Itabira Curso de Engenharia Ambiental
SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS Apostila de Aulas Práticas
LABORATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL
Itabira
2016
SUMÁRIO[pic 2]
1 DETERMINAÇÃO DO OD, PH E CONDUTIVIDADE ELÉTRICA................................................. 1
2 DETERMINAÇÃO DA ALCALINIDADE TOTAL ............................................................................ 8
3 DETERMINAÇÃO DA DBO...............................................................................................................14
4 DETERMINAÇÃO DA DQO ..............................................................................................................21
5 DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS ......................................................................................................26
6 DETERMINAÇÃO DE NITROGÊNIO AMONIACAL.....................................................................31
7 DETERMINAÇÃO DE FOSFATO INORGÂNICO DISSOLVIDO ..................................................35
8 DETERMINAÇÃO DE COLIFORMES .............................................................................................39
9 REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................43
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Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira – Curso de Engenharia Ambiental[pic 3]
1 DETERMINAÇÃO DO OD, PH E CONDUTIVIDADE ELÉTRICA[pic 4]
1.1 Determinação do Oxigênio Dissolvido
Introdução
Todos os seres vivos dependem do oxigênio para manutenção dos processos metabólicos que produzem energia para crescimento e reprodução. No ambiente aquático, os processos aeróbios dependem da presença do oxigênio livre, e parte deste oxigênio é fornecido pela atmosfera. Todos os gases presentes na atmosfera são solúveis em água. O oxigênio e nitrogênio são classificados como pouco solúveis, e como eles não reagem quimicamente com a água, as solubilidades são diretamente proporcionais a suas pressões parciais.
A lei de Henry pode ser utilizada para calcular as concentrações de saturação a uma temperatura determinada. A solubilidade do oxigênio varia com a temperatura e salinidade da água, e com a pressão atmosférica. Para águas superficiais podem variar de 14,6 mg/L a 0 ºC até 7 mg/L a 35 ºC, a 1 atm de pressão e salinidade nula. A temperaturas elevadas, a solubilidade do oxigênio é mais baixa e as taxas de oxidação biológica são mais elevadas, o que torna estas condições de grande interesse para o Engenheiro Ambiental e Sanitarista, pois a demanda de oxigênio no corpo d'água é maior. A maioria das condições críticas relacionadas à deficiência de oxigênio dissolvido é observada em regiões onde a temperatura ambiente média é elevada, ou nos meses de verão, quando a solubilidade do oxigênio é mínima.
A baixa solubilidade do oxigênio é o fator mais importante na capacidade de autodepuração dos corpos d'água e na operação de sistemas de tratamento de águas residuárias por processos aeróbios, quando os custos de aeração serão dependentes da capacidade de incorporação do oxigênio à massa líquida.
Em águas residuárias, a oxidação biológica pode ser realizada por organismos aeróbios ou anaeróbios. No processo aeróbio, a oxidação de matéria orgânica e inorgânica utiliza o oxigênio livre que é reduzido levando à formação de água; na oxidação anaeróbia, sais inorgânicos tais como sulfatos e nitratos são reduzidos a espécies prejudiciais à qualidade da
água. Como ambos os tipos de organismos estão presentes na natureza, é muito importante
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Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira – Curso de Engenharia Ambiental[pic 5]
manter condições aeróbias nos corpos d'água, de modo a preservar sua qualidade. O monitoramento do teor de oxigênio dissolvido é importante em corpos d'água que recebem grande carga de poluição orgânica e também em sistemas de tratamento aeróbio, para manutenção de teores adequados de oxigênio.[pic 6]
Originalmente, o teor de oxigênio dissolvido em uma água era medido pelo aquecimento de amostras para liberação dos gases dissolvidos e análise quantitativa destes gases. Tais métodos exigiam grandes volumes de amostra, eram imprecisos e demandavam grande tempo para sua conclusão.
A concentração de oxigénio dissolvido pode ser medida por dois métodos: o método iodométrico ou método de Winkler, e suas modificações, e o método eletrométrico ou método de elétrodo de membrana.
O método iodométrico de Winkler é um método titrimétrico baseado no carácter oxidante do oxigénio. Esse método depende da oxidação do hidróxido manganoso (managnês bivalente) pelo oxigênio dissolvido na água, resultando na formação de um composto tetravalente. Quando a água contendo o composto tetravalente é acidificada, o iodo é liberado a partir da oxidação do iodeto de potássio (ou de sódio). O iodo é equivalente quimicamente a quantidade de oxigênio dissolvido presente na amostra e é determinado por titulação com uma solução padrão de tiossulfato de sódio.
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