Os Conceitos gerais de manutenção
Por: André Schnorr • 25/2/2018 • Resenha • 656 Palavras (3 Páginas) • 199 Visualizações
3.1 CONCEITO GERAL DE MANUTENÇÃO
Conforme a NBR 5462 de 1994, manutenção é a combinação de algumas ações, sendo elas técnicas e administrativas, as quais têm a finalidade de manter ou recuperar elementos necessários para execução de determinada tarefa, em boas condições, e de forma que eles possam realizar a função para os quais eles são requeridos.
De forma análoga, (DHILLON, 1982) define as funções que o elemento deve realizar para se considerar que o mesmo está preenchendo as condições operacionais satisfatoriamente, sendo “ativos” os elementos que ainda estão em operação.
Outros autores trazem definições muito semelhantes. (MOUBRAY, 1992) traz a mesma ideia de (DHILLON, 1982), abrangendo os “ativos” como os elementos a serem realizadas manutenções. (NUNES, 2001) traz sua definição fazendo a comparação entre a NBR 5462 do ano de 1975 e sua revisão de 1994, onde o seguinte texto "permanecer de acordo com uma condição especificada" foi substituído por "desempenhar uma função requerida", referindo-se à definição dos equipamentos abrangidos. Já em (MIRSHAWKA; OLMEDO, 1993), é levado em consideração que as atribuições que o equipamento possui quando é instalado devem ser mantidas, e o funcionamento deve permanecer o mesmo.
3.1.1 Histórico da Manutenção
Segundo (KENAI, 2011), a forma da organização da manutenção demonstra as particularidades do estágio de desenvolvimento industrial de um país. Quando ocorre o envelhecimento dos equipamentos e instalações, há uma necessidade de racionalização das técnicas e procedimentos de manutenção. Por terem seus parques industriais mais antigos, foram os países europeus e americanos que iniciaram a ideia de organização da manutenção.
Segundo (REVISTA MANUTENÇÃO Y QUALIDADE, 2004) a manutenção, de uma forma estruturada, surgiu juntamente com o desenvolvimento técnico-industrial, acentuado no fim do século XIX com o início da revolução industrial, que mecanizou a indústria. Com o início da produção em série, instituída por Henry Ford, aproximadamente no ano de 1914, foram necessários os primeiros reparos especializados nas máquinas operativas e que estes fossem realizados no menor tempo possível, surgindo assim um setor vinculado à operação apenas para esta atribuição, a manutenção.
Inicialmente o único objetivo era o reparo de equipamentos danificados no menor tempo possível, ou a chamada Manutenção Corretiva não programada. Na década de 30, com a Segunda Guerra Mundial e a necessidade do aumento da agilidade na produção de equipamentos, o setor foi descentralizado da Operação, e surgiu a preocupação de não mais apenas corrigir os defeitos que apareciam, mas também de preveni-los, de forma a diminuir a quantidade de paralisações não programadas dos equipamentos, surgindo assim a Manutenção Preventiva (TAVARES, 1999). A Figura 17 e a Figura 18 apresentam os organogramas com o posicionamento da manutenção em relação aos outros setores antes e depois da década de 30.
No final da década de 60 houve o surgimento de uma nova proposta das Investigações Russas definindo o conceito de “Ciclo de Manutenção”, sendo o intervalo entre duas “Revisões Gerais”, que são todos os reparos a serem feitos em um equipamento. O mérito dessas
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